Mundo Corporativo: Ângelo Vieira Jr, da Lúmen, defende a diversidade como motor estratégico das empresas

Reprodução da gravação do Mundo Corporativo

“Ou eu olho para a diversidade como um fator estratégico ou eu vou perder estas camadas que são importantes para a sustentabilidade do meu negócio.”

Ângelo Vieira Jr, Lúmen

A diversidade, muitas vezes vista como pauta social ou política, é cada vez mais uma questão de sobrevivência empresarial. A presença de equipes plurais nos ambientes corporativos está diretamente relacionada à inovação, ao lucro e à longevidade das organizações. Esse é o argumento defendido por Ângelo Vieira Júnior, estrategista-chefe da Lumen Strategy, em entrevista ao programa Mundo Corporativo.

Durante a conversa, Ângelo enfatizou que “diversidade não é só uma questão ética, ela é também uma questão de crescimento, de desenvolvimento, seja ele econômico, cultural ou político.” E lembrou que organizações com diversidade levada a sério podem alcançar até 25% a mais de lucro.

Diagnóstico, políticas e liderança diversa

Segundo o especialista em inovação, é necessário começar com um diagnóstico realista da diversidade existente nas empresas. “Muitas vezes a gente tem uma falsa narrativa… até que ponto essa voz é tão diversa como o executivo imagina?”, questiona. Na sequência, é preciso estabelecer políticas claras e ativas, “que sejam da porta para dentro e da porta para fora”, indo até onde estão os grupos sub-representados.

Ângelo defende que essa transformação não pode ser apenas institucional. “Eu sou uma colcha de retalhos: nordestino, ex-estudante de escola pública, negro, abertamente gay. Isso está comigo, e eu batalho diariamente para democratizar essas realidades.” Sua vivência pessoal reforça a urgência de lideranças que compreendam essas camadas da experiência humana — não como exceção, mas como parte da estratégia.

Ele cita ainda a importância dos grupos de afinidade e treinamentos contínuos, além de um “letramento cultural pela diversidade, letramento racial e letramento digital inclusivo”, que considera o novo alfabeto da liderança contemporânea.

Inovação, consumo e o desafio da omnicanalidade

A entrevista também explorou como a diversidade se conecta à inovação e ao comportamento do consumidor. Ângelo argumenta que as novas gerações compram de marcas com políticas inclusivas: “80% dos millennials levam isso em consideração antes de adquirir um produto”. Ele destaca que a pluralidade no time interno é fundamental para entender esse cliente — que, segundo ele, “começa a consumir o conteúdo do produto muito antes de pegá-lo fisicamente”.

Ao abordar omnicanalidade, criticou empresas que dizem colocar o cliente no centro, mas o tratam como coadjuvante: “Se eu só olho a eficiência e esqueço a experiência, não tenho omnicanalidade.” Para ele, o caminho envolve escuta ativa, humanização e fluidez entre os canais digitais e físicos — sempre com foco real nas necessidades humanas.

Assista ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Mundo Corporativo: na Electy, Paula Klajnberg quer simplificar o acesso à energia limpa

Reprodução do vídeo do Mundo Corporativo com Paula Klajnberg

“Adoro um ‘não’.”

Paula Misan Klajnberg, Electy

O que leva uma empreendedora a insistir em um mercado altamente regulado e resistente à mudança? Para Paula Misan Klajnberg, CEO e cofundadora da Electy, a resposta é simples: cada negativa recebida foi um incentivo para provar que era possível criar um novo modelo no setor de energia. Transformar desafios em oportunidades foi essencial para estruturar a primeira plataforma digital que conecta consumidores e geradores de energia limpa no Brasil. Essa jornada de inovação e resiliência foi tema da conversa no Mundo Corporativo.

Construindo um novo modelo de negócios

A proposta da Electy nasceu da necessidade de simplificar a adesão ao mercado livre de energia, tornando-a acessível para consumidores residenciais e empresas. “O desafio inicial foi lidar com o excesso de ‘nãos’. Nos diziam que vender energia digitalmente não era possível, que não haveria energia disponível. Mas descobrimos que a dificuldade estava no fato de que isso nunca tinha sido feito antes”, contou Paula.

Além dos desafios técnicos e regulatórios, outro obstáculo foi a estrutura organizacional das startups que atuam nesse setor. Segundo Paula, a hierarquia reduzida e a proximidade da liderança com a equipe são fundamentais para a inovação. “Para inovar, para ser ágil nesse mercado, a gente tem que ter essa proximidade com quem está na ponta, porque a gente corrige rápido. Não dá para ter um nível hierárquico muito longo, senão você demora muito a perceber isso.”

A presença feminina no setor de energia

Embora tradicionalmente dominado por homens, o setor de energia tem visto um crescimento significativo na presença feminina em posições de liderança. Paula destaca que as mulheres que atuam nesse mercado têm desempenhado um papel fundamental na inovação e na transformação do setor. “As mulheres da energia fazem algo que raramente vi em outros mercados: elas se apoiam. Essa rede de colaboração tem sido essencial para superar desafios e impulsionar novas ideias”, afirmou. Com lideranças femininas à frente de grandes comercializadoras e geradoras, a diversidade tem sido um fator determinante na evolução do mercado energético.

O futuro do mercado de energia e a importância da tecnologia

A Electy aposta na digitalização para facilitar a migração dos consumidores para o mercado livre de energia. Com a abertura desse mercado prevista para os próximos anos, a possibilidade de escolher o fornecedor de energia se tornará uma realidade para milhões de brasileiros. “Hoje, o consumidor já pode economizar de 10% a 30% na conta de luz, dependendo da região e da oferta disponível”, explicou a executiva.

Paula também destacou que o setor energético ainda tem um longo caminho a percorrer na adoção da inteligência artificial. “A geração de energia já está dominada, mas as startups que tiverem foco em automação de processos e experiência do consumidor terão muitas oportunidades. Inteligência artificial ainda está começando a ser explorada no setor.”

Com uma estratégia baseada em parcerias e na tecnologia, a Electy se projeta para ser uma referência na democratização do acesso à energia limpa no Brasil. “A Electy será a plataforma de energia para todo mundo. Nosso objetivo é centralizar as soluções e personalizar as ofertas para cada consumidor”, afirmou Paula.

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Mundo Corporativo: Marcelo Godoy, da Volvo, prevê que o carro do futuro será um celular com rodas

Registro da gravação no YouTube do Mundo Corporativo com Marcelo Godoy

“Hoje o tempo de decisão tem que ser muito mais rápido. O tempo de decisão, de implementação e de execução. Essa agilidade é o grande diferencial.” – Marcelo Godoy

Marcelo Godoy, Volvo Car Brasil

A transformação da indústria automobilística nunca foi tão acelerada. Com mudanças tecnológicas constantes, exigências ambientais crescentes e um consumidor cada vez mais conectado, as montadoras precisam reinventar seus processos, produtos e estratégias. No Brasil, esse cenário exige não apenas inovação, mas uma nova forma de liderar. Esse foi o tema da conversa com Marcelo Godoy, presidente da Volvo Car Brasil e da Associação Brasileira de Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), no programa Mundo Corporativo.

A nova dinâmica da indústria automobilística

A digitalização e a eletrificação dos veículos não apenas alteram os produtos, mas também o perfil dos profissionais que atuam no setor. “Se antes era preciso ter uma formação técnica muito específica, hoje você precisa entender de todos os processos e tomar decisões rapidamente”, afirma Godoy. Ele destaca que os ciclos de desenvolvimento de veículos, que antes levavam até seis anos, hoje precisam ser concluídos em menos da metade desse tempo.

Esse ritmo acelerado também impõe novos desafios para as montadoras. “O carro do futuro será um celular sobre rodas”, diz Godoy, ressaltando a crescente integração entre tecnologia e automóveis. Para ele, essa revolução não se limita apenas ao produto final, mas também às expectativas dos consumidores, que já estão habituados a dispositivos tecnológicos cada vez mais intuitivos e conectados.

A liderança no novo cenário

Para liderar nesse ambiente de constantes transformações, Marcelo Godoy defende uma gestão baseada na diversidade de opiniões e na tomada de decisões ágeis. “Indiferentemente do cargo, todo mundo tem a sua opinião. Algumas coisas vão ser aceitas, outras não. Mas se, de cada dez casos, um input de uma pessoa mais nova fizer a diferença, isso já vale muito”, explica.

Godoy enfatiza que sua estratégia de gestão envolve a formação de equipes multidisciplinares, onde a hierarquia cede espaço para a troca de ideias. “Quando tenho um assunto crítico, monto um time de trabalho que pode incluir diretores, gerentes e até estagiários. Essa mistura de experiências gera soluções mais inovadoras.”

Ele também ressalta que um dos grandes desafios da indústria automobilística é garantir que os times estejam alinhados ao propósito da empresa, especialmente em meio a transformações tão rápidas. “Se você acredita na sua estratégia, pode passar um mês sem resultado, o segundo mês sem resultado, mas uma hora ele virá. Porque as decisões certas levam tempo para se refletirem nos números.”

O impacto da eletrificação

A Volvo tem apostado fortemente na eletrificação de sua frota e na criação de uma infraestrutura de carregamento para popularizar os veículos elétricos. A empresa já investiu R$ 70 milhões na instalação de carregadores rápidos em diversos pontos do país. “Quando decidimos instalar mil carregadores, optamos por disponibilizá-los para todos os carros elétricos, não apenas para os da Volvo. Queremos educar e criar esse mercado”, afirma Godoy.

Essa estratégia também envolveu a adoção de uma nova política de cobrança pelo uso dos carregadores por veículos de outras marcas. “No dia em que anunciamos a cobrança para clientes não-Volvo, nossas redes sociais foram invadidas de mensagens de apoio. Os clientes entenderam que estamos investindo na infraestrutura para beneficiar quem confia na nossa marca.”

Para além da eletrificação, a Volvo tem adotado outras iniciativas de sustentabilidade, como a redução da pegada de carbono e a implementação de materiais recicláveis em seus veículos. “O EX30, nosso mais recente lançamento, tem a menor pegada de carbono da história da Volvo, com diversos itens reciclados e recicláveis.”

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Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves, Malu Mões e Letícia Valente.

Conte Sua História de São Paulo: os inovadores ‘Gilda’, cidadãos paulistanos dos trilhos

Por Rubens Cano

Ouvinte da CBN

Foto do bonde Gilda reproduzida do site São Paulo Antiga

No Conte Sua História de São Paulo, o ouvinte da CBN Rubens Cano de Medeiros destaca a cidade inovadora desde os tempos dos bondes:

Nenhum bonde, do primeiro a rolar até o último agonizante, foi tão bonito, confortável e moderno quanto os setenta e cinco Huffliner Cars, vindos da Broadway nova-iorquina. em 1947, para uma incipiente CMTC. E que haveriam de tornar-se cidadãos paulistanos dos trilhos por vinte anos de árduo trabalho.

Em nossa pauliceia, havia quem passasse a referi-los como Centex – do inglês Central Exit, pela portal central de saída. Outra alcunha: “Gilda”. Uma homenagem à beleza da personagem de Rita Hayworth, sucesso do cinema da época. Moleque, ouvia chamarem de “GiRda”, com erre. Para mim, era o “bonde Avenida Angélica”, da linha 36. Lembro de seus assentos de elegante palhinha trançada e dispostos como os de ônibus, de dois lugares.

Nos trilhos da internet, remanescem imagens das décadas de 1950 e 1960, nos arredores do Paiçandu, a Broadway paulistana. Largas avenidas, carros em profusão, multidões de pessoas, feérica iluminação e, sobretudo, cinemas.

Diz a lenda que um Gilda estava justamente a passar onde ocorria aquela “cena de sangue num bar d’Avenida São João”. E Paulo Vanzolini, sentado juntinho à janela, teria visto tudo. Tudinho.

Rita Hayworth, a diva que inspirou o apelido do bonde, soube do episódio depois, em meio a jornais paulistanos traduzidos na banca da Ipiranga. E talvez, como dizem, tenha descido do “Gilda” discretamente no cine Metro, para ver a si mesma na tela grande.

“Gilda, a diva… que virou bonde.”

Ouça o Conte Sua História de São Paulo

Rubens Cano de Medeiros é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Escreva seu texto e envie para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos da nossa cidade, visite meu blog miltonjung.com.br ou o podcast do Conte Sua História de São Paulo.

((os textos originais, enviados pelos ouvintes, são adaptados para leitura no rádio sem que se perca a essência da história))

Conte Sua História de São Paulo: a cidade pioneira no combate a Covid-19

Por Sérgio Slak

Ouvinte da CBN

Imagem: Agência Brasil

No Conte Sua História de São Paulo, o ouvinte da CBN, Sérgio Slack, destaca a cidade na vanguarda da ciência:

Sempre frequentei o Paço das Artes, dentro da USP, e amava as exposições e eventos culturais naquele belo e agradável espaço. Em 2016, o governo do Estado determinou sua mudança para dar lugar a um novo complexo do Instituto Butantan. Confesso que na época, fiquei muito chateado, pois o Paço era um dos meus locais favoritos. 

Eu mal sabia o quanto essa mudança seria importante.

Em 2019, surgiram as primeiras notícias sobre a Covid-19. Em 26 de fevereiro de 2020, foi confirmado o primeiro caso no Brasil. A doença trouxe internações e mortes, e uma grande agonia tomou conta de mim. Muitos duvidavam da rapidez para se produzir a vacina. 

O Butantan, com histórico exemplar, especialmente contra o vírus da influenza, se uniu a um laboratório chinês e, em 20 de dezembro de 2020, começou a produzir a vacina. Menos de um mês depois, em 17 de janeiro de 2021, eu vi a enfermeira Monica Calazans receber a primeira dose no Brasil, um momento emocionante pois sabia que a batalha contra a Covid começava a ser vencida. 

Tomei minha primeira dose em 29 de abril, e agradeci a enfermeira Janaína que me aplicou a vacina. Embora não fosse a do Butantan, senti alívio e gratidão. Desde então, sigo me vacinando e, toda vez, lembro da cena pioneira em São Paulo, símbolo da esperança na vida dos brasileiros.

Ouça o Conte Sua História de São Paulo

Sérgio Slack é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Escreva seu texto agora e envie para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos da nossa cidade, visite meu blog miltonjung.com.br ou o podcast do Conte Sua História de São Paulo.

((os textos originais, enviados pelos ouvintes, são adaptados para leitura no rádio sem que se perca a essência da história))

Mundo Corporativo: Thaís Nicolau conta como ousadia e IA conectaram Will Smith à Nomad

Thaís no estúdio do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti/CBN

“Se você só é criativo por ser, quando isso não está linkado aos objetivos de negócio, a criatividade vira legalzice.”

Thaís Souza Nicolau, Nomad

Convencer Will Smith a protagonizar sua primeira campanha publicitária foi apenas o início de uma estratégia que colocou a Nomad, fintech brasileira, no centro das atenções no mercado de finanças. A empresa, fundada há apenas quatro anos, apostou em ousadia, criatividade e inteligência artificial para se destacar em um setor competitivo. Essa abordagem, segundo Thaís Souza Nicolau, diretora de marketing da startup, foi fundamental para consolidar a marca. O tema foi destaque no programa Mundo Corporativo, da CBN.

Criatividade que gera resultados

Para Thaís, a criatividade não é um fim em si mesma, mas um meio para atingir objetivos concretos de negócio. “Você pode utilizar a criatividade para gerar uma emoção nas pessoas, para gerar conversa, mas ela precisa estar alinhada aos desafios e metas da empresa,” afirmou. Essa visão orientou o desenvolvimento da campanha com Will Smith, que não apenas deu visibilidade à marca, mas reforçou sua mensagem central: a Nomad é a maior aliada dos consumidores no uso de contas internacionais e investimentos no exterior.

A campanha se destacou tanto pela escolha do astro de Hollywood quanto pelo uso de inteligência artificial. Em uma iniciativa inovadora, a tecnologia foi usada para fazer Will Smith falar português fluentemente no comercial, além de outros idiomas, como espanhol e japonês. “Queríamos materializar o conceito de que a Nomad rompe barreiras, assim como o dinheiro dos nossos clientes”, explicou Thaís.

Um passo além na comunicação

Para alcançar relevância no mercado, especialmente com recursos limitados, a estratégia da Nomad focou em campanhas potentes que gerassem conversa. Thaís relembra sua experiência no Burger King, onde aprendeu que ousadia e criatividade podem compensar um orçamento limitado. “Não ter a maior verba de mídia do mercado exige conceitos criativos que reverberem e atraiam a atenção do público de forma consistente.”

Outro destaque na estratégia de Thaís foi o engajamento interno. Antes do lançamento da campanha, a equipe da Nomad foi a primeira a conhecê-la, garantindo alinhamento e entusiasmo entre os colaboradores. “Esse tipo de co-criação ajuda a refinar o conceito, com base em diferentes perspectivas, sem perder a essência original”, disse.

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Mundo Corporativo: Lucia Mees, da IPM, fala de cuidados no uso da IA e a inovação no setor público

Lucia Mees nos bastidores do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti/CBN

“Pensa e analise muito bem a situação atual do seu mercado. Entenda profundamente o presente para que, então, você consiga criar soluções para o futuro.”

Lucia Mees, IPM

A transformação digital já deixou de ser uma tendência e passou a ser uma exigência no ambiente corporativo. Mas será que estamos aplicando as ferramentas certas para isso? Segundo Lucia Mees, vice-presidente da IPM Sistemas, há um perigo em tratar a inteligência artificial como a solução para todos os problemas. “Talvez a IA não seja a grande ideia”, alerta. Essa reflexão sobre o uso exagerado da IA, sem entender seu real valor para o negócio, foi o ponto central de sua participação no programa *Mundo Corporativo*, da CBN.

Lucia, que atualmente está cursando um MBA em Stanford, compartilhou sua experiência à frente da IPM, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para o setor público. Ela destacou que, apesar do potencial da inteligência artificial, “não dá para simplesmente adotar a tecnologia sem entender profundamente o seu modelo de negócio e o que o cliente realmente precisa”.

O erro comum ao implementar IA nas empresas

Durante a entrevista, Lucia trouxe um dado revelador: apenas 50% dos projetos que utilizam IA conseguem sair do protótipo para o lançamento. “Isso significa que ainda tem muito dinheiro sendo perdido, e muitas vezes nem percebido”, explicou. O problema, segundo ela, não é a tecnologia em si, mas a falta de preparação das empresas e dos líderes para entenderem como aplicá-la corretamente.

Lucia também apontou que um dos maiores erros das companhias é tratar a IA como uma solução universal. “Muitas vezes, as empresas usam a inteligência artificial como um martelo procurando pregos, mas não é assim que funciona. Precisamos analisar o que realmente pode ser resolvido com IA e o que pode ser feito com soluções mais simples e já conhecidas”, afirmou.

Ela sugere que, antes de investir pesado em novas tecnologias, as empresas precisam entender se possuem os dados e a estrutura necessária para isso. “Será que é isso que o meu cliente quer, ou será que ele só queria uma interface mais amigável?”, questiona.

Inovação no setor público e a importância do erro

Lucia também abordou o impacto da inovação no setor público, onde a IPM Sistemas atua, criando soluções que melhoram a eficiência e a gestão dos serviços públicos. “O desafio maior é como criar um ambiente que estimule a inovação sem medo de errar”, disse. Segundo ela, a inovação verdadeira só acontece quando as empresas permitem que os funcionários errem e aprendam com os erros.

Ela destacou que as empresas devem criar um espaço seguro para a discussão e o questionamento, onde seja possível discordar e explorar diferentes perspectivas. “Errar faz parte do processo de inovação. Se os líderes não entenderem isso, vão continuar tendo equipes com medo de propor ideias novas”, ressaltou.  

A IA que torna mais fácil a vida do cidadão

A IPM desenvolveu um serviço de inteligência artificial chamado Dara, voltado para simplificar a interação do cidadão com o setor público. Utilizando uma interface amigável via WhatsApp, Dara permite que o cidadão resolva questões como o agendamento de consultas médicas de forma automatizada e eficiente, sem a necessidade de navegar por menus complexos ou acessar diversos sites. “Com o Dara, estamos oferecendo uma experiência simplificada e mais prática para o cidadão, que pode resolver suas demandas diretamente do celular, como se estivesse conversando com um amigo”, destacou Lucia Mees. Segundo ela, essa inovação já está proporcionando uma economia significativa no setor público, além de melhorar a experiência do usuário.

De acordo com Lucia, existem outras soluções inovadoras que já impactam positivamente a gestão pública, como o sistema ERP em nuvem que integra todas as áreas da administração municipal, permitindo acessibilidade e agilidade no processamento de dados. Um exemplo prático é o uso da inteligência artificial preditiva para identificar potenciais problemas de saúde pública, como prever o risco de infartos e diabetes em determinados grupos da população, com 18 meses de antecedência, a partir de dados rotineiros. “Nossa tecnologia permitiu, por exemplo, reduzir filas no SUS e melhorar a alocação de recursos de forma mais eficiente, gerando uma economia de até R$ 6 bilhões anuais”, explicou Lucia.

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Conheça minha Certificação de Comunicação Profissional, em parceria com a WCES

Minha certificação internacional de comunicação profissional, em parceria com a WCES, está à sua espera. Depois do evento de lançamento, realizado semana passada em São Paulo, que me deixou bastante impactado pela adesão de pessoas e pela participação de profissionais de diversas áreas, líderes empresariais, além de colegas e amigos, agora abrimos as inscrições oficialmente. Aqueles que se inscreverem neste período de pré-venda assistirão a duas aulas on-line e ao vivo ainda em outubro. As aulas on-line e gravadas estarão disponíveis em novembro.

No evento em que a certificação foi apresentada, tive o privilégio de receber Milton Beck, diretor-geral do LinkedIn, que destacou a importância da comunicação no desenvolvimento profissional. Em uma lista das 10 habilidades mais procuradas no Brasil para 2024, segundo pesquisa do LinkedIn, a comunicação aparece em primeiro lugar. Entre as demais habilidades, ao menos cinco — como trabalho em equipe, negociação e liderança — exigem domínio da comunicação para serem realizadas com excelência.

Faço coro com meu parceiro de certificação, Thiago Quintino, fundador da WCES, que acredita na ideia de que “comunicação é coisa séria”. E, para tornar essa ideia uma realidade, tive o prazer de contar com a presença de profissionais renomados que participam como professores-convidados em ao menos quatro masterclasses: o filósofo Mário Sérgio Cortella, a futurista Martha Gabriel, a fonoaudióloga Leny Kyrillos e o professor franco-brasileiro de escutatória Thomas Brieu. Nessa jornada, em breve, poderei anunciar mais dois convidados que trarão ainda mais conteúdo para essa certificação.

As aulas seguem uma estrutura própria com tempo aproximado de 10 minutos cada uma, sempre trazendo casos, conceitos e considerações para que você aplique na prática e imediatamente os conhecimentos trabalhados. Nas masterclasses, com até uma hora de duração, nossos professores-convidados nos ajudam com reflexões sobre estratégia, tecnologia, ética, comportamento humano e relacionamento profissional, a partir do uso apropriado da comunicação.

Conheça e faça agora sua inscrição na certificação “Comunicação Estratégica no Ambiente Profissional” acessando esta página, onde você terá todas as informações do curso e a relação completa das aulas.

Vai ser muito bom compartilhar o conhecimento que acumulei ao longo dos 40 anos que me dedico ao tema da comunicação.

Serviço

Curso: “Comunicação Estratégica para o Desenvolvimento Profissional”

Formato: On-line

Período: Primeira turma aberta

Investimento:R$ 799,00 à VISTA OU R$ 890,45 EM ATÉ 10X NO CARTÃO 

Inscrições: https://www.wces.education/comunicacao

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: a relevância dos mascotes

O cachorro ‘linguiça’ da Cofap é um dos mascotes de sucesso Foto: divulgação

“Se têm coisas que as marcas precisam hoje em dia é isso: memória, afeto e relacionamento”

Cecília Russo

Os mascotes, uma estratégia clássica no marketing, ainda são eficazes em um mundo digital ou se tornaram obsoletos? Jaime Troiano e Cecília Russo trouxeram essa discussão para o”Sua Marca Vai Ser Um Sucesso”, no Jornal da CBN. Oportunidade em que lembraram de alguns mascotes que entraram para a história das marcas.

Cecília Russo destaca a controvérsia do tema: “Há quem diga que em tempos digitais, em que a comunicação de marcas e consumidores se faz de forma direta, a presença de mascotes como intermediários desse diálogo se tornou dispensável.” Ela não concorda com essa tese. E argumenta que mascotes, quando bem criados e usados, proporcionam uma interação única, gerando “memória, afeto e relacionamento”.

Russo relembra personagens icônicos como o cachorrinho da Cofap e o Ronald McDonald, que conseguiram criar uma conexão emocional duradoura com os consumidores. Há outros tantos que devem estar na memória do leitor: o Zé Gotinha, como ‘garoto-propaganda’ da vacina, o Lequetreque, o galinho da Sadia, os Mamíferos da Parmalat, e o Assolino, da marca Assolan, também são referências importantes.

Jaime Troiano reforça o ponto de vista, afirmando que a criação de mascotes pela própria marca oferece um controle maior sobre a imagem e a mensagem transmitida. Quando se prefere adotar um personagem que já existe e, por tanto, tem de passar pelo processo de licenciamento, tem-se a vantagem dele ser conhecido pelo público, porém reduz-se a autonomia da marca sobre o mascote. 

Um bom exemplo da flexibilidade que a marca tem sobre o próprio mascote é a mudança feita pelas Casas Bahia. Inicialmente, a rede de lojas  mantinha um personagens com características nordestinas. Depois de a figura já estar consagrada, decidiu redesenhá-la com linhas mais próximas de um adolescente moderno, chamado CB, refletindo a necessidade de atualização e alinhamento com os tempos atuais.

A marca do Sua Marca

O comentário destaca que, bem utilizados, os mascotes podem reforçar o posicionamento de uma marca e criar um vínculo duradouro com os consumidores. O importante é estar alinhado com o posicionamento da marca e ter coerência em sua utilização. 

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Mundo Corporativo: inovação e adaptação são o caminho do sucesso para o consórcio, diz Tatiana Reichmann, da Ademicon

Tatiana Reichmann no estúdio de gravação do Mundo Corporativo Foto: Letícia Valente

“Nós vendemos um produto que tem 60 anos, mas que é super moderno.”

Tatiana Reichmann, Ademicon

A liderança no mercado de consórcios requer inovação constante e adaptação às mudanças. Tatiana Schuchovsky Reichmann, CEO da Ademicon, sabe bem disso. À frente de uma das maiores empresas do segmento no Brasil, ele enfatiza a importância de estar sempre atualizada e aberta a novas ideias. Na entrevista ao Mundo Corporativo, da CBN, a empresária lembra que o produto que comercializa, apesar de ter 60 anos, é movido por conceitos bastante atuais: “(consórcio) é compartilhar, coisa que recentemente começou a ser feita”.

Transformando a tradição em inovação

Tatiana ressalta que a atualização e o pensamento aberto são cruciais para a evolução no mercado de consórcios. “A gente não pode estar estacionado, a gente tem que estar sempre atualizado, aceitar que as mudanças nos fazem evoluir”, afirma. Com cerca de 200 lojas licenciadas espalhadas pelo Brasil, a Ademicon investe fortemente em treinamento e capacitação de seus consultores, preparando-os para atender de forma eficaz e moderna as necessidades dos clientes.

A CEO também destaca a importância do consórcio como uma ferramenta de investimento, indo além da simples aquisição de bens. “Nós trouxemos a palavra conhecimento para o consórcio e fomos pioneiros em falar de consórcio como investimento”, explica Tatiana, ressaltando que isso ampliou o público-alvo e as possibilidades de uso do consórcio.

Expansão e licenciamento

A expansão da Ademicon tem sido orgânica e Tatiana explica que o licenciamento de lojas é uma estratégia que permite um crescimento sustentável e abrangente. “Nós devemos abrir mais 250 lojas nos próximos cinco anos”, revela. Esse modelo permite que consultores se tornem empresários locais, criando um vínculo mais forte com a marca e oferecendo um atendimento personalizado aos clientes.

Sobre a importância da liderança feminina, Tatiana diz que “me orgulho muito de conseguir ser referência para muitas mulheres e eu busco isto cada vez mais para mostrar que é possível, que é só a gente se dedicar.”

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