Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o que explica a força das marcas que atravessam um século

Foto de Zak Chapman no Pexels

Algumas marcas não atravessam apenas décadas; atravessam histórias pessoais e familiares. Elas estão na gaveta da cozinha, na lembrança das grandes viagens ou nas primeiras experiências financeiras. Quando chegam aos 100 anos, não carregam apenas um número redondo: carregam o testemunho de que coerência e qualidade são escolhas diárias, não acasos. Esse movimento de resistência ao tempo motivou Jaime Troiano e Cecília Russo a analisarem o desempenho de empresas que alcançaram a condição de centenárias — marcas que seguem relevantes apesar das transformações culturais, tecnológicas e de consumo.

No Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, Jaime e Cecília trouxeram algumas das lições aprendidas com o levantamento feito para o Prêmio Marcas Mais, do Estadão. Na edição de 2025 foi criado um ranking com empresas que ultrapassaram os 100 anos de existência. Foram avaliadas 19 marcas — brasileiras e globais — com base em lembrança, preferência, conhecimento e associação a atributos de qualidade. O topo da lista reúne três nomes que despertam sensações distintas nos consumidores: Tramontina, Mercedes-Benz e Banco do Brasil.

Cecília Russo explica que, no caso da Tramontina, há um vínculo emocional profundo: “Tramontina é uma marca que gera muito orgulho para os brasileiros, sinônimo de qualidade e confiança transmitida por gerações”. Para ela, a combinação entre tradição e inovação ajuda a explicar por que a marca mantém sua identidade mesmo ao ampliar suas categorias de produtos.

Jaime Troiano destaca elementos que se repetem entre as líderes: “Começo por aquilo que vejo nas três marcas citadas: qualidade. Sem isso, nenhuma delas estaria aqui e nem seria tão longeva”. No caso da Mercedes-Benz, ele lembra que o consumidor sabe exatamente o que esperar: há previsibilidade, segurança e um claro componente aspiracional — o tipo de carro que simboliza trajetória e conquistas. Sobre o Banco do Brasil, Jaime observa o papel histórico da instituição, afirmando que “é a marca que quase se confunde com quem somos”, presente em diferentes momentos do país e referência para milhões de brasileiros.

A marca do Sua Marca

Coerência e qualidade aparecem como os pilares que sustentam a longevidade de empresas que atravessam gerações. Não se trata de um legado construído no fim da vida de uma marca; é um processo contínuo, iniciado desde seus primeiros passos.

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Guga Kuerten no país de oportunistas

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

guga-1432926467

 

As conquistas de Guga,  iniciadas há 20 anos em Roland Garros, têm servido para estimular gerações de jovens. Esportistas ou não. Novak Djokovic ao vencer no ano passado repetiu o gesto de Guga em cima de um coração desenhado no saibro francês. Este ano, vários tenistas de ponta por ocasião das homenagens prestadas ao 20º aniversário da vitória, explicitaram a influência do brasileiro em suas carreiras.

 

Os franceses, público e dirigentes, têm reagido com reverência e referência a Gustavo Kuerten, que certamente criou um invejável legado de esportividade e competência naquela terra.

 

E no Brasil?

 

A imagem de Kuerten é bem referendada: pelas conquistas, pela simplicidade e por um punhado de outras qualificações. Mas, assim como Maria Esther Bueno, outro expoente do tênis mundial, não conseguiu arrebatar seguidores. Hoje, Guga assiste à mesma presença brasileira no ranking do tênis através dos anos. Dois a três tenistas no grupo dos 100 primeiros colocados. E só.

 

De um lado, é claro que o tênis por exigir comedimentos de comportamento que não estão em esportes como futebol e vôlei, não pode ter expectativa de expansão popular. Entretanto, pela população o número de profissionalização está abaixo.

 

Em função certamente das poucas oportunidades oferecidas. 

 

E, nesse quesito, o próprio Guga já se referiu que estamos num pais de oportunistas e não de oportunidades. Motivado talvez pela insensatez do Fisco, ao cobrar dele mais de R$ 7 milhões, por discordar do fato dos prêmios dos títulos serem compartilhado com a equipe. Como se fosse possível um tenista sem equipe ganhar torneios.

 

É ligar a TV e conferir.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

Legado da Rio2016 nas artes e na moda

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

Gisele-Bündchen-e1470676505298

 

A abertura das Olimpíadas do Rio, espetáculo de apurada criatividade, entrará definitivamente para a nossa história de grandes eventos. Tema, cenografia, música, roteiro e vestuário foram impecáveis. Santos Dumont no ar tecnológico e Gisele Bündchen na passarela de Ipanema foram destaques à altura do show.

 

Gisele foi ainda agraciada com notas sobre a velocidade que imprimiu no desfile e o processo de criação do seu vestido. Se o andar foi mais lento, segundo Fernando Meirelles, o talento de moda foi superior.

 

“Gisele sabe exatamente o que fica bom nela, o que facilitou muito meu trabalho …”

 

“Ela esteve presente em todo o processo e me deu dicas importantes. Pensamos juntos. Ela fez alterações importantes. Parte do meu processo criativo foi escutar e ajustar o vestido para que ela ficasse satisfeita”.

 

Alexandre Herchcovitch ao site americano da revista VOGUE.

 

 

Maria Prata, jornalista de moda corporativa da CBN, entusiasmada pelo clima olímpico, saiu do escritório e entrou nos campos e nas quadras. Na sexta-feira, informou que para o futebol foram lançadas chuteiras cujo material repele a água que forma a lama. Na ginástica foi desenvolvido  tecido que estica pelos quatro lados, permitindo os movimentos sem limitações. Para o atletismo, surgiu um tecido com o frescor dos chicletes, com a função de diminuir a temperatura do corpo.

 

No restrito mundo da alta moda, a seleção brasileira de equitação na modalidade de saltos foi brindada pela aristocrática Hermès (centenária empresa que se iniciou como selaria), com a criação exclusiva de seus uniformes. Ralph Lauren e Lacoste fizeram o mesmo para americanos e franceses. Na natação, vários competidores estão usando enormes casacos de inverno.

 

 

A Nike, fornecedora de uniformes aos atletas brasileiros e mais 13 delegações, apresentou o tecido chamado de Aeroswift, fabricado em poliéster reciclado, com a função de diminuir o peso, e o processo Aeroblade aplicado em áreas especificas, reduzindo o atrito gerado nas roupas e, consequentemente, aumentando a velocidade – com isto a performance dos atletas poderá melhorar.

 

Segundo a empresa há quatro anos esta vantagem era obtida para tempos mais curtos, mas agora é possível manter o rendimento por distâncias mais longas.

 

Outra novidade da Nike é um sistema que impede o contato do suor com a pele.

 

Como vimos, as artes e a moda já têm legado da Rio 2016. Resta saber se o Rio terá o seu. Esperamos que tenha.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.