Mundo Corporativo: aumente as vendas com marcas licenciadas

 

 

Licenciamento de marcas é, basicamente, tomar emprestado uma marca e pagar um aluguel pelo seu uso. Com esta estratégia, muitos empresários brasileiros já conseguem alavancar seus negócios. O Brasil é o quinto mercado mundial em licenciamento de marcas com faturamento anual de R$ 7,6 bilhões. No programa Mundo Corporativo da CBN, o diretor de licenciamento da Warner Bross Consumer Products no Brasil, Herbert Greco, fala dos cuidados devem ser adotados e os benefícios que este sistema pode gerar às empresas e aos produtos. Na entrevista, Greco fala quais são os personagens que mais faturam no Brasil e explica porque a Penélope Charmosa se transformou em um caso especial no país.

 

O Mundo Corporativo vai ao ar às quartas-feiras, 11 horas, no site da Rádio CBN (www.cbn.com.br), com participação dos ouvintes-internautas pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelo Twitter @jornaldacbn. O programa é reproduzido aos sábados no Jornal da CBN.

A incoerência no licenciamento de veículo

 

Por Julio Tannus

 

Voltando para São Paulo no final de 2011, num sábado lá pelas 15h pela Rodovia Washington Luiz, minha viagem foi subitamente interrompida por um policial militar rodoviário. Estava distante de SP um pouco mais de 400 km, próximo de São José do Rio Preto. Após apresentar a documentação de praxe – CNH e Certificado de Propriedade – fui solicitado a entrar no Posto de Polícia Rodoviária e incontinenti me informaram que o licenciamento estava vencido. Em consequência, o meu carro seria guinchado, levado para algum local na cidade de São José do Rio Preto por meio de um guincho de empresa terceirizada, e que, na segunda-feira, eu deveria me dirigir nessa cidade a um posto de Poupatempo para pagamento da dívida pendente.

 

Incrédulo, argumentei que deveria estar ocorrendo algum equívoco, pois sou absolutamente rigoroso com minhas contas. Após constatar no terminal de computador que efetivamente meu licenciamento estava vencido, lembrei-me que na época de renovação do licenciamento estava totalmente absorto em questões médicas de pessoa da família.

 

Foi assim que iniciei um longo processo de questionamento junto aos policiais presentes.

 

Resumidamente:

 

– Por que não posso pagar agora o valor devido e ter meu carro liberado?
– Por que não posso ir até uma cidade próxima e num caixa eletrônico saldar a dívida e ter meu carro liberado?
– Por que não é lavrada uma multa devido ao não pagamento do licenciamento e assim ter meu carro liberado?
– Por que não fui alertado que o meu licenciamento estava vencido?
– Por que um cidadão que sempre honrou com suas obrigações, é obrigado a ficar a pé quilômetros de distância de seu domicílio?
E, finalmente:
– Como pode uma lei exigir que uma autoridade policial deixe um cidadão a pé na beira da estrada, distante 400 km de sua moradia, por não ter pagado uma obrigação no valor de R$ 59,33?
– Como pode essa mesma lei não possibilitar que esse cidadão pague no ato a quantia exigida, possibilitando assim que prossiga sua viagem até o distante destino?

 

Por que então não manter a coerência?


 

– deixou de pagar a conta da Eletropaulo: a luz é cortada sem aviso prévio

– deixou de pagar a conta da Comgás: o gás é cortado sem aviso prévio

– deixou de pagar a conta da Telefônica: o telefone é cortado sem aviso prévio

– deixou de pagar a conta da Sabesp: a água é cortada sem aviso prévio

- deixou de pagar o IPTU: só entra em casa quando pagar e sem aviso prévio da penalidade

– deixou de pagar o licenciamento do carro: o carro é guinchado e o proprietário é colocado na beira da estrada, a noite, sem condução e a centenas de quilômetros de sua residência, sem aviso prévio da penalidade

 


Ou seja, a lei “olho por olho, dente por dente”

 


Julio Tannus é consultor em Estudos e Pesquisa Aplicada e co-autor do livro “Teoria e Prática da Pesquisa Aplicada” (Editora Elsevier). Às terças-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung

Medos privados em lugares públicos

 


Por Carlos Magno Gibrail

Estradas e aeroportos poderiam despertar gostos e desgostos similares dos brasileiros. Poderiam, mas ao que se depreende das recentes reportagens na mídia não é o que vem acontecendo.

Embora carros e aviões tenham tido frotas cada vez maiores, as avaliações das normas, das condições e das fiscalizações de estradas e aeroportos tem sido mais favoráveis às rodovias do que aos aeroportos.

Não sabemos se devido ao velho medo de voar, ou a questão da capacidade de interpretação e entendimento dos fatos por uma parcela da população, ou ainda a preferência nacional pelo automóvel.

A revista VEJA SP publicou reportagem sobre fiscalização nas estradas paulistas, ressaltando o aplauso dos usuários à aplicação rigorosa da legislação sobre os cidadãos inadimplentes diante do fisco.

João Carlos Rodrigues ficou sem o seu carro por atraso no licenciamento e, segundo a matéria, ficou feliz: “Eu acho bom eles serem rígidos”.

Outro motorista estava com duas crianças e tentou sensibilizar os policiais, que irredutíveis disseram para ele procurar outro meio de ir para casa.

A professora Márcia Felix ia visitar o marido no hospital, mas teve seu veículo retido por atraso no licenciamento. Não há na VEJA nenhuma crítica dela nem de ninguém pelo fato de ficar sem o carro e sem nenhum meio de transporte convencional para sair do posto policial.

A leitora Jessica Costa, entusiasmada, teve sua mensagem publicada na edição desta semana: “É muito bacana ver as leis sendo cumpridas com seriedade”

Outro comentário publicado sobre a reportagem, também não ressaltou o fato de ficar sem o carro e sem opção formal de transporte. André Pedrosa diz: “Acho correta a atuação da Polícia Rodoviária que resulta em apreensões por falta de pagamento. Considero, porém, inadmissíveis a qualidade do serviço e o tratamento dado ao cidadão que após esse infortúnio busca regularizar a situação do veículo.”

Coincidentemente, na semana anterior da reportagem citada, o ouvinte-internauta Julio Tannus enviou e-mail relatando ter seu veículo rastreado e parado por falta de pagamento no valor de R$ 59,00. Às 21hs de sábado, a 400 km da capital, onde reside, foi informado pelos policiais rodoviários que deveria deixar seu carro e providenciar transporte. Precisaria também aguardar a segunda-feira e se dirigir a cidade próxima para efetivar o pagamento, pois este não pode ser feito no posto policial, somente em repartição autorizada para tal.

Passado o medo, mas não o inconformismo, Tannus pergunta: “Por que não posso pagar no ato e ter meu carro devolvido, ou ir até um caixa eletrônico pagar e ter a liberação, ou levar a multa devida e sair com o carro, ou ter sido avisado do valor não pago?”

Por quê?

Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e escreve às quartas-feira no Blog do Mílton Jung

Dúvidas sobre a taxa da inspeção veicular

 

Motoristas com direito a receber de volta a taxa da inspeção veicular seguem a espera do dinheiro. Outros tentaram conversar por e-mail com a prefeitura e não conseguiram uma resposta sequer. Há os que precisaram da segunda via do comprovante da inspeção porque a qualidade do certificado é ruim e os dados desapareceram. E os que querem saber o que acontecerá com aqueles que não realizaram a inspeção no ano que vem.

A quantidade de dúvidas e reclamações em relação a inspeção veicular e a devolução da taxa – que não vai mais ocorrer em 2010 – é enorme, muitas dessas expressas em e-mails enviados ao CBN SP. Por isso, hoje conversamos com o coordenador do Programa de Inspeção Veicular da Prefeitura de São Paulo.

Ouça a entrevista com Márcio Schettino, do programa de Inspeção Veicular, em São Paulo

Quanto ao bloqueio do licenciamento dos carros que não passaram pela inspeção veicular em 2009, assunto que causou controvérsia durante o CBN SP de hoje após informações divulgadas em entrevista pela Secretaria Estadual da Fazenda (veja post anterior), a Controlar fez contato por e-mail para esclarecer as dúvidas:

“Os veículos que não fizeram a inspeção do exercício 2009 foram bloqueados. Para saírem desta situação irregular os veículos terão até 30/01 para passar pela vistoria. O bloqueio ocorreu independentemente da prorrogação do prazo. Quem não levar o veículo para realizar a inspeção vai continuar com o carro bloqueado. Quem optou por licenciar antecipado este ano(2010) só irá conseguir licenciar se fez a inspeção (2009) e passou no teste”.

Portanto, se o licenciamento estiver bloqueado, não se surpreenda. Pode ser que você tenha esquecido de fazer a inspeção veicular em 2009.