Características essenciais para ser um líder comunicador e o caminho para o diálogo qualificado

 

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“O grande líder é aquele que exerce papel transformador. A força verdadeira da liderança é a capacidade de promover e multiplicar mudanças positivas. E, para isso, é preciso gerar laços de confiança — com suas equipes, pares, gestores e clientes -, que são desenvolvidos através de um instrumento básico: a comunicação” — Claudia Sender, presidente Executiva da TAM

 

A obsessão por fazer da comunicação um instrumento de transformação das pessoas e a crença de que os novos líderes necessariamente terão de desenvolver esta habilidade, levaram a fonoaudióloga Leny Kyrillos e eu a escrever o livro “Comunicar para liderar” (Contexto), que ganhou o prefácio de Claudia Sender, da TAM.

 

Com a ideia de compartilhar com você parte deste conhecimento, aproveito o espaço para reproduzir trecho de um dos capítulos no qual tratamos da importância de ser líder e apresentamos dicas para desenvolver um diálogo qualificado e as características para quem pretende ser um líder comunicador:

 

Temos a convicção de que a comunicação é arma poderosa e definidora para o tipo de líder que você pretende ser. Encontramos sustentação para essa ideia no pensamento do historiador Plutarco que, ao traçar o perfil de personalidades grego-romanas, na obra Vidas Paralelas, escreveu:

 

“Muitas vezes uma pequena coisa, a menor palavra, um gracejo ressaltam melhor um caráter (éthos) do que combates sangrentos, batalhas campais e ocupações de cidades”.

 

Ele conseguia entender muito mais o líder pelos sinais que emitia do que pelas vitórias que conquistava. Precisamos, portanto, desenvolver nossa capacidade de se comunicar, emitindo os sinais certos e adaptando-os ao estilo de liderança que buscamos, tendo como prioridade obter o comprometimento dos liderados por meio da autoridade e não apenas pelo poder. Seja um líder comunicador!

 

O diálogo está na base deste modelo de liderança que defendemos e precisa ser entendido em sua plenitude. É comum traduzi-lo como sendo a conversa a dois. Os dicionários assim o definem mesmo porque passou a ter esse significado.

 

Na sua origem grega, porém, temos “diálogos”, sendo que “dia” — que também se encontra em dialética — significa “através”, “passagem” ou “movimento”. Enquanto logos é “palavra”, “razão” ou “verbo”. Conclui-se que diálogo é uma corrente de sentidos e significados que são compartilhados na busca de algo em comum. E compartilhados não apenas a dois, mas com todos.

 

Lembre-se: jamais traduza diálogo por duelo. Pelo diálogo, devemos encontrar convergência na equipe e capacitá-la a alcançar os objetivos traçados, movê-la em um mesmo sentido, ou seja, motivá-la.

 

FAÇA VOCÊ MESMO

 

O caminho por um diálogo qualificado:

 

1. Reaprender a ouvir
2. Ouvir é tão importante quanto falar
3. Exercitar a paciência
4. Saber perguntar
5. Não demonstrar pressa
6. Atenção na linguagem não verbal
7. Identificar as necessidades do outro
8. Buscar pontos em comum
9. Criar vínculos que fortaleçam as relações

 

O ambiente corporativo ensina que a busca pela motivação passa pela forma como os líderes enxergam as intenções dos seus funcionários em relação a empresa. Por exemplo, é preciso entender que as pessoas lutam pelo seu próprio sucesso. Então, você tem de mostrar o que elas ganharão se estiverem motivadas.

 

Max Gehringer, consultor de carreira e comentarista da rádio CBN, diz que é errado imaginar que os empregados serão convencidos a trabalhar mais e melhor porque o sucesso da empresa resultará no sucesso deles. É o contrário: o sucesso de cada um dos profissionais é que fará o sucesso da empresa. Portanto, mude seu discurso, troque a ordem de sua fala e você mudará a forma das pessoas agirem. É isso mesmo! A comunicação oral influência fortemente o ambiente de trabalho, os relacionamentos pessoais e o negócio em si.

 

Apesar de as facilidades proporcionadas pelas ferramentas eletrônicas, estas jamais serão tão eficientes quanto a comunicação pessoal, cuja abrangência envolve não somente o sujeito, mas também todo o ambiente corporativo.

 

A oralidade está na essência de uma comunicação interna eficiente, pois permite a troca de olhar, a cumplicidade e um entender que não se concretiza, por exemplo, no e-mail. Apesar desse ganho, a comunicação oral é muito mais difícil de controlar, pois depende basicamente da subjetividade dos interlocutores.

 

O mais importante, diante dessa verdade, é termos noção de como nosso estilo próprio, nossas características pessoais são fundamentais para constituir a imagem de líder. Reforçar nossos pontos positivos, tirar partido deles e corrigir ou atenuar os negativos é o caminho para definirmos nosso estilo, e é isso que realmente se valoriza hoje em dia.

 

Agora, temos de compreender que algumas qualidades são desejáveis e, se não as identificarmos em nosso perfil, temos de incluí-las no processo de aprendizagem que nos transformará em um líder comunicador:

 

FAÇA VOCÊ MESMO

 

Características essenciais para um líder comunicador:

 

1. Conhecimento do tema a ser tratado
2. Criatividade
3. Poder de síntese
4. Voz bem colocada
5. Clareza na articulação
6. Uso adequado dos recursos vocais
7. Bom vocabulário
8. Postura e atitude pró-ativa
9. Boa expressão corporal e facial
10. Uso adequado dos gestos

 

O livro Comunicar para liderar está disponível também em e-book e pode ser encomendado na página da Editora Contexto

Mundo Corporativo: quem não comunica, não lidera

 

“O processo de liderança é pautado pela habilidade de comunicação de quem vai liderar. É preciso, sim, uma formação técnica e conhecimento para que a pessoa assuma papel de líder, mas sem a comunicação ela não é nada, não consegue influenciar, dirigir um trabalho e envolver grupos”. A opinião é do professor de comunicação e presidente do Instituto Passadore de Educação Corporativa, Reinaldo Passadori, entrevistado do programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Métodos e estratégias a serem desenvolvido, além de armadilhas que surgem no caminho da mensagem, fazem parte desta entrevista, na qual Passadore apresenta algumas da histórias que estão no livro recém-lançado “Quem não comunica, não lidera” (Editora Atlas).

 

 

O Mundo Corporativo vai ao ar às quartas-feiras, 11 horas, no site da rádio CBN, com participação, ao vivo, dos ouvintes-internautas pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelo Twitter @jornaldacbn. O programa é reproduzido aos sábado, no Jornal da CBN.

Mundo Corporativo: no comando de uma multinacional antes dos 40

 

“Uma boa estratégia para mudar de ramo é ampliar sua rede de relacionamento, construir redes com perfis diferentes, não apenas no seu mercado. Quanto mais diversa e multifacetada, mais você se enriquece e mais esta rede identificará em você competências que podem ser usadas em outros setores”. Esta é uma das dicas do empresário Sérgio Chaia, ex-presidente da Nextel , que após ver sua carreira de jogador de futebol frustrada decidiu que chegaria ao comando de uma empresa multinacional antes de completar 40 anos. A estratégia que usou para alcançar esta meta, Chaia conta na entrevista ao programa Mundo Corporativo, da CBN. Recentemente, Sérgio Chaia lançou o livro “Será que é possível – Aprendizados, historias e resultados na busca da harmonia entre vida profissional, pessoal e espiritual”, pela Editora Integrare.

 

 

O Mundo Corporativo vai ao ar às quartas-feiras, 11 horas, no site da rádio CBN, com participação dos ouvintes pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelo Twitter @jornaldacbn. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN

Mundo Corporativo: Tá na hora da catástrofe

 

Toda mudança é uma catástrofe, mas a catástrofe nem sempre é um desastre, como está no imaginário das pessoas. Quem chama atenção é o consultor Hector Rafael Lisondo, especializado em preparar empresas e pessoas para os processos de transformação que podem ocorrer desde a chegada de um novo chefe até a venda da companhia para outro grupo.

Lisondo é engenheiro e psicólogo, especialidades que se uniram no trabalho desenvolvido com algumas das grandes corporações brasileiras. Recentemente, ele lançou o livro “Mudança sem catástrofoe, catástrofe sem mudança – liderando pessoas para processos de mudança”.

Acompanhe a entrevista dele ao Mundo Corporativo, da CBN: