Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: sete maneiras de sabotar sua própria marca

Prometer e não cumprir, ignorar o cliente, mudar o que deveria ser preservado e agir como se uma marca fosse indestrutível são caminhos certos para levá-la à ruína. Foi sobre isso que tratou o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, no Jornal da CBN, com Jaime Troiano e Cecília Russo, que desta vez inverteram a lógica da construção de marca para alertar: muitas empresas estão falhando justamente por não perceberem os erros que elas mesmas provocam.

“A primeira grande falha é não ter uma identidade clara. Quando a marca não sabe o que quer significar, ela pode ser qualquer coisa”, alertou Cecília Russo. Ao lado disso, ela destacou a incoerência na comunicação — desde o silêncio até a mudança constante de tom verbal ou visual — e o distanciamento em relação ao consumidor: “Criar produtos sem entender as dores do cliente é fatal”.

Na sequência, Jaime Troiano apontou que o problema vai além da falta de coerência e entra no campo da frustração: “Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão”. Para ele, marcas que prometem e não cumprem quebram a confiança e perdem espaço sem chances de retorno. Além disso, Troiano listou ainda o descaso com o atendimento e a resistência às mudanças. “Tão perigoso quanto mudar o tempo todo é não mudar nunca e perder o bonde da história”, explicou, lembrando que a inovação deve respeitar o ritmo e a essência de cada setor — especialmente no caso de restaurantes, onde pratos icônicos são parte da marca.

Em um tom provocativo para ironizar práticas comuns de má gestão de marca, Jaime sugeriu, por exemplo, que se você quer mesmo sabotar sua marca, basta “reduzir o investimento em comunicação” ou “mudar constantemente de agência”. Cecília completou com outras atitudes igualmente prejudiciais, como jogar fora os elementos tradicionais da identidade, ignorar pesquisas e recorrer ao improviso amador no design. “Você sempre tem uma sobrinha com um Mac em casa…”, disse com humor crítico.

O jogo dos sete erros

  1. Falta de identidade clara: A marca não sabe o que quer significar. Sem clareza, transmite confusão e não gera expectativa consistente no público.
  2. Incoerência na comunicação: Mudança constante de tom verbal, identidade visual, mensagens desencontradas ou mesmo o silêncio comprometem a credibilidade da marca.
  3. Desconexão com o consumidor: Criar produtos ou campanhas sem entender as dores e desejos dos clientes mina a relevância da marca e impede a criação de vínculos duradouros.
  4. Promessas não cumpridas: Entregar menos do que o prometido destrói a confiança. Como disse Jaime: “Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão.”
  5. Descaso com o atendimento Ignorar feedbacks, demorar para responder ou tratar mal o cliente gera prejuízo imediato e ecoa negativamente nas avaliações públicas.
  6. Resistência à inovação (ou mudança sem critério) Marcas que não se atualizam perdem relevância. Por outro lado, mudar tudo sem preservar elementos essenciais prejudica a identidade.
  7. Desvalorização da marca como ativo estratégico Cortar investimento em comunicação, ignorar pesquisas, improvisar no design e não cultivar relacionamentos duradouros com agências leva ao esquecimento e ao sucateamento progressivo da marca.

A marca do Sua Marca

O programa desta semana defendeu que mais importante do que saber o que fazer é reconhecer o que não deve ser feito. A marca do comentário é o alerta direto: erros aparentemente pequenos ou decisões econômicas equivocadas podem causar prejuízos profundos e irreversíveis à reputação de uma empresa.

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o poder que sai da boca do cliente

A propaganda mais eficiente pode não estar nas mãos de grandes agências ou nas telas mais caras, mas sim na fala espontânea de um cliente satisfeito. A persistência do velho e conhecido “boca a boca” é tema do Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, apresentado por Jaime Troiano e Cecília Russo, no Jornal da CBN.

Cecília relembrou que o termo “marketing boca a boca” começou a ser estudado academicamente na década de 1960 e ganhou corpo nos anos 1970 com o psicólogo George Silverman, que criou grupos de aconselhamento entre médicos. “Ele percebeu que as opiniões positivas de alguns influenciavam os demais”, contou. A comentarista destacou que a prática existe informalmente desde os tempos antigos, mas só mais recentemente passou a ser estruturada como estratégia de negócio. “Hoje é a base de muitos negócios que só existem por conta de indicações, recomendações estruturadas ou informais”, afirmou.

Do informal ao estruturado, o marketing boca a boca se modernizou, incorporando ferramentas digitais e se multiplicando em formatos como os vídeos de unboxing, em que consumidores mostram seus produtos e embalagens em redes sociais. “Aquilo que antes era só desembrulhar, agora vira conteúdo e gera desejo”, exemplificou Cecília.

Para Jaime Troiano, a força do boca a boca permanece mesmo diante da inteligência artificial. “IA é, entre aspas, um grande boca a boca de informações coletadas de várias fontes”, observou. No entanto, ele faz uma distinção importante: “A mágica do boca a boca original está na base confiável. Quando alguém nos dá uma dica espontânea, a gente acredita”.

Além da confiança, Jaime chamou a atenção para outro fator: a vaidade humana. “Quando você pergunta para alguém alguma coisa, o cara se sente o máximo, um professor. Isso alimenta o ego e o status daquele que está dando a informação”. Segundo ele, o baixo custo dessa cadeia de comunicação também torna o boca a boca especialmente valioso: “Vale muito a pena”.

A marca do Sua Marca

Alimentar o boca a boca é uma estratégia acessível e potente, capaz de conectar marcas e consumidores com legitimidade, custo reduzido e alto potencial de retorno.

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O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: a força da cultura brasileira na construção de marcas

Durante décadas, marcas brasileiras se moldaram pela lógica da cópia — de filmes publicitários a estratégias de posicionamento — numa tentativa de reproduzir modelos estrangeiros como se a receita funcionasse universalmente. Mas esse cenário começa a mudar. A apropriação legítima da cultura nacional tem ganhado espaço no universo do branding. É o que apontam Jaime Troiano e Cecília Russo no comentário desta semana do quadro Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, no Jornal da CBN.

Jaime Troiano relembra um tempo em que era comum replicar campanhas internacionais, sob a falsa premissa de que o sucesso em um lugar lá fora garantiria o mesmo resultado no Brasil. “A sensação era de que tudo serve para tudo, e não é verdade”, afirma. Ele cita o economista Eduardo Giannetti para explicar a tensão entre o comportamento mimético — o que copia — e o profético — o que nasce das raízes culturais. E vê sinais de reequilíbrio: “Quando eu entro numa loja da Farm ou penso na Embraer, no Itaú, no Boticário, sinto um forte sopro de brasilidade”.

Cecília Russo acrescenta exemplos da valorização da identidade nacional no varejo, na gastronomia e nas expressões culturais. Menciona a marca Misci, que traduz no vestuário o ‘suco do Brasil’, e o caso do chocolate Dengo, que transforma o cacau brasileiro em símbolo de identidade e sofisticação. “A nossa cultura está invadindo o espaço do branding”, diz ela, reforçando que “as marcas se alimentam dessa mesma raiz e do sentido de orgulho que elas inspiram”.

A força dessa mudança está também nas figuras públicas que atuam como marcas vivas da cultura nacional — como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Raíssa Leal, Rebeca Andrade, Isaquias Queiroz e Bia Haddad. “Essas pessoas são hoje expressões do Brasil que impactam o mundo e inspiram o fortalecimento de marcas com alma brasileira”, afirma Cecília.

A marca do Sua Marca

Marcas que mergulham na cultura brasileira e a celebram genuinamente constroem identidade sólida e alimentam o orgulho coletivo de ser brasileiro.

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O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o risco de perder vendas no atendimento final

Photo by Andrea Piacquadio on Pexels.com

Uma compra que estava praticamente garantida foi abandonada por causa do mau atendimento na ponta final. A experiência, vivenciada pelo próprio Jaime Troiano, contada no Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, revela como marcas correm o risco de perder tudo no último elo da cadeia de distribuição, desperdiçando investimentos e estratégias cuidadosamente elaboradas.

A experiência negativa aconteceu quando Jaime tentou comprar duas dúzias de garrafas de champanhe para o casamento da filha. Ele havia pesquisado preços e escolhido uma loja específica, mas desistiu diante do descaso da vendedora, que, sequer buscou alternativas para garantir a venda. “Marcas vivem sofrendo na linha de frente. De que adianta o que a rede de lojas diz que faz, se na prática não cumpre?”, questionou Jaime Troiano ao relatar o episódio.

Cecília Russo complementou a crítica, destacando como as falhas internas prejudicam não apenas vendas, mas também o prestígio das empresas. “Ou os funcionários são treinados para serem, de fato, colaboradores, ou então a empresa e suas marcas perdem uma parte substancial do que investiram antes”, afirmou Cecília. Para ela, investir na capacitação interna é crucial, já que o atendimento ao cliente define se uma marca prospera ou fracassa diante da concorrência.

A marca do Sua Marca

A marca central deste comentário é a importância do treinamento interno e da coerência entre o que a empresa promete e o que efetivamente entrega no ponto final da relação com o consumidor. Sem essa atenção, empresas podem até conquistar clientes inicialmente, mas dificilmente conseguem mantê-los.

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O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Avós: novos tempos, novas regras

Martin Henkel

CEO da SeniorLab e Professor de Marketing 60+ na FGV

A imagem da avó dedicada integralmente aos netos, um arquétipo arraigado no imaginário popular, está sendo drasticamente reformulada. Um estudo da SeniorLab Mercado e Consumo 60+, com base em dados de 18.604 homens e mulheres 60+ de todo o Brasil cadastrados na Maturi, revela que “cuidar dos netos” ocupa apenas a 18ª posição na lista de hobbies preferidos das mulheres dessa faixa etária. Essa descoberta não apenas desafia estereótipos, mas também sinaliza uma mudança crucial no comportamento do consumidor sênior, com implicações significativas para o mercado. O mito da avó totalmente dedicada à família obscureceu por muito tempo a individualidade e os desejos das mulheres 60+. A pesquisa evidencia uma mudança de paradigma: essa persona está se transformando em um consumidor com novas demandas, aspirações, foco no seu cuidado e limites.

A longevidade crescente e a melhoria da qualidade de vida criaram um novo segmento de consumo: mulheres 60+ que buscam autonomia e realização pessoal. A aposentadoria, antes vista como um declínio, agora é percebida como uma oportunidade para investir em experiências e atividades que proporcionem bem-estar e prazer. A atividade física lidera o ranking de hobbies, seguida por viagens, culinária e atividades sociais. Esse perfil de consumo busca produtos e serviços que promovam saúde, bem-estar e experiências enriquecedoras onde a tecnologia desempenha um papel fundamental na vida das mulheres 60+, conectando-as ao mundo e abrindo novas oportunidades de consumo. A internet e as redes sociais são canais essenciais para alcançar esse público, oferecendo informações, produtos e serviços personalizados.

A mudança de prioridades das avós exige uma revisão das estratégias de marketing quando o ponto de interesse é a família. O foco não deve ser apenas nos produtos e serviços para netos, mas também nas necessidades e desejos das avós como consumidoras independentes. O mercado de produtos e serviços para o envelhecimento ativo e saudável está em franca expansão. As mulheres 60+ são um público-alvo promissor para empresas que oferecem soluções para saúde, bem-estar, lazer e educação. O novo Luxo da Consumidora 60+ é oautocuidado e o bem-estar. As empresas que oferecem produtos e serviços que promovam a autoestima, a saúde mental e a beleza têm um grande potencial de crescimento nesse mercado.

As marcas que desejam se conectar com o público 60+ precisam quebrar estereótipos e adotar uma nova narrativa, que valorize a autonomia, a individualidade e a diversidade das mulheres nessa faixa etária. A maturidade feminina é diversa e multifacetada. As empresas precisam adotar estratégias de marketing personalizadas, que primeiramente entendam e depois atendam às necessidades e desejos específicos de cada segmento. A mídia e o marketing têm um papel fundamental na reafirmação e consolidação de novas narrativas sobre a maturidade feminina. É preciso dar voz às mulheres 60+, mostrando suas histórias, seus desafios e suas conquistas.

As empresas que desejam se destacar no mercado 60+ precisam adotar uma postura de responsabilidade social e inclusão, oferecendo produtos e serviços acessíveis e adaptados às necessidades desse público. O futuro do mercado 60+ é gigante e trilionário, com um grande potencial de inovação e oportunidades. As empresas que forem bem orientadas e aprenderem a compreender as necessidades e desejos desse público estarão à frente da concorrência. Ao adotar práticas inclusivas e valorizar a diversidade, as empresas contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

O conceito de “Aging in Market” emerge como um pilar fundamental neste momento de redefinição estratégica para o mercado 60+. À medida que a sociedade evolui e os estereótipos tradicionais se desfazem, torna-se imperativo ajustar bússolas, narrativas e mensagens para refletir a realidade multifacetada desse público. Não se trata apenas de reconhecer o envelhecimento populacional como um fato, mas de compreender as nuances desse processo e como ele molda o comportamento do consumidor sênior e o quanto a indústria criativa ainda se baseia em preconceitos disfarçados de percepções. Ao adotar uma abordagem centrada no Marketing 60+ as empresas podem aperfeiçoar criar produtos, serviços e campanhas de marketing que ressoem autenticamente com o público 60+, construindo relacionamentos duradouros e impulsionando o crescimento.

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o que o fenômeno Ozempic ensina sobre marcas

Um medicamento criado inicialmente para controlar o diabetes tipo 2 virou assunto obrigatório em conversas sobre saúde e comportamento, invadindo redes sociais e ganhando destaque em reportagens. Esse fenômeno, representado pela marca Ozempic, foi tema do Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, apresentado por Jaime Troiano e Cecília Russo, que analisaram por que o remédio conquistou tamanha relevância no mercado e o que outras marcas podem aprender com isso.

Jaime e Cecília apontam que parte fundamental do sucesso está no próprio nome Ozempic, porque permite diferentes interpretações, facilitando conexões pessoais com o público. Cecília Russo explica: “Nomes bons são aqueles que permitem que a gente construa histórias a partir dele”. É exatamente o que ocorre com Ozempic, cujo nome remete tanto a uma aplicação simples (“pic”) quanto à ideia olímpica de saúde (“ozem”).

Outro fator relevante destacado por Cecília é a forma como o medicamento expandiu sua utilidade, indo além do diabetes tipo 2 ao ser aprovado também para o tratamento da obesidade, aumentando significativamente seu alcance no mercado. A inovação na apresentação em forma de caneta também ajudou a diminuir o desconforto e aumentar a adesão ao tratamento pelos pacientes, um desafio conhecido na indústria farmacêutica.

Jaime Troiano chama a atenção ainda para outro ponto-chave: o valor percebido pelo consumidor. Apesar do preço elevado, “a percepção de valor é tão alta que o preço até que se justifica”, diz ele. Ozempic conseguiu atingir um patamar raro no mercado: o de ser visto pelos consumidores não como custo, mas como investimento.

Além disso, Jaime observa que Ozempic não apenas vendeu mais medicamentos, mas criou e lidera uma nova categoria. Ele reforça essa vantagem lembrando uma máxima do especialista em branding Washington Olivetto: “Aquele que ocupar primeiro o topo da montanha tem uma posição muito mais privilegiada”. 

As lições que fizeram do Ozempic uma marca forte

  1. Um nome que conta histórias 
  2. Expansão estratégica do público-alvo 
  3. Inovação prática e acessível 
  4. Valor que supera o preço 
  5. Pioneirismo estratégico

A marca do Sua Marca


A marca principal deste comentário é justamente mostrar que o sucesso de um produto depende diretamente da combinação entre valor percebido, inovação, posicionamento estratégico e identificação emocional com o público.

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O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: a lição da Osesp e o maestro das marcas

Uma orquestra sem maestro pode se tornar um caos sonoro. No mundo das marcas, o risco é o mesmo quando a comunicação não tem direção. Esse foi o tema do comentário desta semana no quadro Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, apresentado por Jaime Troiano e Cecília Russo no Jornal da CBN.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) serviu de metáfora para a construção e gestão de marcas. Segundo Jaime Troiano, assim como os músicos precisam seguir a regência para alcançar a harmonia, as empresas precisam de um maestro para integrar os diversos canais de comunicação. “Cada instrumento tem um papel, uma partitura que precisa obedecer à regência do maestro”, afirmou. Sem essa coordenação, o resultado pode ser o mesmo dos momentos iniciais de uma apresentação, quando os instrumentos ainda estão sendo afinados.

Cecília Russo destacou o equilíbrio necessário entre virtuosidade e humildade, tanto na música quanto na gestão de marcas. “A contribuição de cada instrumento está a serviço do protagonismo de uma coisa maior, da obra que está sendo executada como um todo”, explicou. No universo das marcas, isso significa que cada ponto de contato com o público – da fachada de uma loja ao post no Instagram – precisa estar alinhado a uma comunicação integrada e coesa.

A marca do Sua Marca

A lição desta edição foi clara: no branding, não basta se encantar com um único instrumento de comunicação, mas sim com a sinergia do conjunto. Marcas bem-sucedidas funcionam como uma orquestra: cada peça tem seu momento, mas é a harmonia que constrói a identidade forte e duradoura.

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Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o crescimento das marcas próprias no Brasil

Photo by Dario Solano on Pexels.com

As marcas próprias das redes varejistas estão se consolidando como estratégias de negócio cada vez mais relevantes no Brasil. Criadas e comercializadas por supermercados, farmácias e lojas de diversos segmentos, essas marcas oferecem alternativas de custo-benefício e fidelizam consumidores. Esse é o tema do comentário de Jaime Troiano e Cecília Russo no quadro Sua Marca Vai Ser Um Sucesso.

“O que se busca com essas iniciativas é trazer um custo-benefício ao consumidor, oferecendo uma proposta de valor diferenciada das opções tradicionais”, explica Cecília Russo. Em alguns casos, a marca própria leva o nome da rede varejista; em outros, é criada uma identidade independente, com logotipo e visual descolados da empresa-mãe. No exterior, essa prática é ainda mais desenvolvida: “Redes na Europa chegam a faturar mais de 60% do total das vendas com produtos de suas próprias marcas”, destaca Cecília.

O mercado brasileiro, ainda em estágio de maturidade inferior ao de Estados Unidos e Europa, tem expandido a adoção dessas estratégias por três principais motivos: “Elas são uma arma de negociação contra marcas mais fortes, ampliam a lucratividade e fortalecem a fidelização dos clientes”, diz Cecília. “Se a marca própria é boa, o consumidor volta para comprá-la e acaba adquirindo outros produtos na mesma loja.”

Jaime Troiano complementa com exemplos concretos. “O Grupo Koch, maior rede de supermercados de Santa Catarina e décima maior do Brasil, tem a marca BonTraz, que abrange diversas categorias de produtos, de pão de queijo a papel toalha”, afirma. Ele também cita experiências passadas: “Trabalhamos com Taeq, do Pão de Açúcar, e criamos as marcas Go New e All 4 One para a Netshoes”. Nos Estados Unidos, o exemplo mais expressivo é o atacadista Costco, cuja marca própria faturou 56 bilhões de dólares em 2023, superando marcas globais como Nike e Coca-Cola.

A marca do Sua Marca

A expansão das marcas próprias é uma oportunidade para varejistas, mas também um desafio. “Qualidade deve ser sempre uma condição essencial. Afinal, é a própria marca do varejo que está em jogo”, alerta Cecília. Criar uma marca própria exige uma mentalidade diferente da simples comercialização de produtos de terceiros. “Aquilo que pode ser vantajoso também pode se tornar uma armadilha”, conclui.

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O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após as 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo

Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: a influência das marcas italianas no Brasil

Valentino é uma das marcas de expressão na moda italiana

A relação histórica entre Brasil e Itália vai além dos laços de sangue e cultura; ela também se reflete fortemente nas marcas que moldam os hábitos de consumo dos brasileiros. Esse foi o tema central do Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, apresentado por Jaime Troiano e Cecília Russo, no Jornal da CBN.

No comentário, Jaime e Cecília destacaram como as marcas italianas deixaram sua marca no Brasil, tanto no comércio quanto na identidade cultural. “A Itália tem um papel enorme nas marcas, nos nossos padrões de consumo e na nossa identidade de consumo”, afirmou Cecília. Jaime completou: “Algumas dessas marcas são tão próximas a nós que parece que já são brasileiras porque vivem aqui entre nós há muito tempo.”

O programa abordou segmentos como alimentação, automóveis, moda e bebidas, onde marcas italianas têm presença expressiva. Na alimentação, o destaque foi para a Barilla, empresa que não apenas exporta para o Brasil, mas também possui produção local. No setor automotivo, ícones como Ferrari e Fiat ilustram extremos de público e vocação, enquanto clubes de futebol como Palmeiras e Juventus reforçam a herança italiana nos campos brasileiros.

Na moda, nomes como Prada, Valentino e Armani surgem como símbolos de um design único e de atenção aos detalhes. “Essas marcas ensinam muito sobre cuidado com os ingredientes, a matéria-prima e o design”, pontuou Cecília. Jaime ainda lembrou de marcas clássicas como Ferrero Rocher, produtora da famosa Nutella e dos Kinder Ovos, e Pirelli, sinônimo de pneus no imaginário popular. “Você passa perto da Ferrero e sente o cheiro de avelã no ar”, comentou.

A Marca do Sua Marca

O comentário deixou como marca principal a lição que as marcas italianas transmitiram ao mercado brasileiro: a importância do cuidado com os detalhes, a seleção criteriosa de matérias-primas e a força de um design bem elaborado. Essa combinação é um dos legados culturais e comerciais da Itália no Brasil.

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Mundo Corporativo: Thaís Nicolau conta como ousadia e IA conectaram Will Smith à Nomad

Thaís no estúdio do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti/CBN

“Se você só é criativo por ser, quando isso não está linkado aos objetivos de negócio, a criatividade vira legalzice.”

Thaís Souza Nicolau, Nomad

Convencer Will Smith a protagonizar sua primeira campanha publicitária foi apenas o início de uma estratégia que colocou a Nomad, fintech brasileira, no centro das atenções no mercado de finanças. A empresa, fundada há apenas quatro anos, apostou em ousadia, criatividade e inteligência artificial para se destacar em um setor competitivo. Essa abordagem, segundo Thaís Souza Nicolau, diretora de marketing da startup, foi fundamental para consolidar a marca. O tema foi destaque no programa Mundo Corporativo, da CBN.

Criatividade que gera resultados

Para Thaís, a criatividade não é um fim em si mesma, mas um meio para atingir objetivos concretos de negócio. “Você pode utilizar a criatividade para gerar uma emoção nas pessoas, para gerar conversa, mas ela precisa estar alinhada aos desafios e metas da empresa,” afirmou. Essa visão orientou o desenvolvimento da campanha com Will Smith, que não apenas deu visibilidade à marca, mas reforçou sua mensagem central: a Nomad é a maior aliada dos consumidores no uso de contas internacionais e investimentos no exterior.

A campanha se destacou tanto pela escolha do astro de Hollywood quanto pelo uso de inteligência artificial. Em uma iniciativa inovadora, a tecnologia foi usada para fazer Will Smith falar português fluentemente no comercial, além de outros idiomas, como espanhol e japonês. “Queríamos materializar o conceito de que a Nomad rompe barreiras, assim como o dinheiro dos nossos clientes”, explicou Thaís.

Um passo além na comunicação

Para alcançar relevância no mercado, especialmente com recursos limitados, a estratégia da Nomad focou em campanhas potentes que gerassem conversa. Thaís relembra sua experiência no Burger King, onde aprendeu que ousadia e criatividade podem compensar um orçamento limitado. “Não ter a maior verba de mídia do mercado exige conceitos criativos que reverberem e atraiam a atenção do público de forma consistente.”

Outro destaque na estratégia de Thaís foi o engajamento interno. Antes do lançamento da campanha, a equipe da Nomad foi a primeira a conhecê-la, garantindo alinhamento e entusiasmo entre os colaboradores. “Esse tipo de co-criação ajuda a refinar o conceito, com base em diferentes perspectivas, sem perder a essência original”, disse.

Assista ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã, pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast.

Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves, Letícia Valente e Priscila Gubiotti.