Mundo Corporativo: coragem para experimentar depois dos 50 anos

 

 

“O mais importante é buscar autoconhecimento, fazer as reflexões do que eu gosto e no que eu sou bom para que essa experiência de testar outras possibilidades possa lhe trazer algo útil; se você não reflete, a experiência passa e você não faz nada com ela”. A sugestão é do consultor Rafael D’Andrea que tem se dedicado a cuidar de profissionais que, após os 50 anos, precisam estar prontos para enfrentar o processo de transição de carreira.

 

Na entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, D’Andrea foi explicou que é fundamental que se tenha coragem de experimentar: “o medo da mudança é talvez o principal fator que nos causa esse sofrimento com relação a mudança; é muito mais o medo que causa o sofrimento do que a própria mudança. É a angustia que nos dá esse sofrimento, que acaba nos impedindo de alcançar resultados melhores nessa transição”.

 

O Mundo Corporativo vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, e tem a colaboração de Juliana Causin, Rafael Furugen e Débora Gonçalves.

Mundo Corporativo: Eva Hirsch diz por que somos resistentes às mudanças

 

 

“Quando a gente se agarra demais às certezas da gente, a gente não evolui, a gente não progride”. A afirmação é da coach Eva Hirsch que alerta para o risco de tomarmos decisões sem estarmos conscientes dos fatores que influenciam estas escolhas. Em entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, Hirsch ressaltou que boa parte das decisões, na vida pessoal e profissional, contém erros sistemáticos.

 

Um dos vieses cognitivos que impactam nossas ações é o do status quo que, segundo Hirsch, é a base da nossa resistência às transformações: “ele nos faz enxergar as desvantagens de sair da posição atual ao invés de perceber os benefícios da mudança”. Na entrevista, a professora convidada da Fundação Dom Cabral também citou os vieses da confirmação, da similaridade, do ponto cego e da disponibilidade.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, quartas-feiras, 11 horas, no site e no Facebook da rádio CBN. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, 11 da noite, em horário alternativo. Colaboraram com o programa Débora Gonçalves, Rafael Furugen e Juliana Causin.

De terror, mudança e Era de Aquário

 

Por Maria Lucia Solla

 

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Desde o final dos anos 1960, nossa consciência empreende incríveis mudanças e avanços, todos os dias, a toda hora. Quase banal; mas valores que eram até então respeitados vêm sendo estraçalhados. Criança, menino e menina, tem boca mais suja que pau de galinheiro, tem comportamento de marginal e sem sombra de dúvida aprende em casa o que exibe na rua. Só para começar a descrever o panorama.

 

Valores? Mas o que são valores?

 

Nada que se possa comprar com o vil metal, meu caro. Valores são o verdadeiro luxo: nossos talentos, a moral e a ética, que parecem ter ido para a cucuia, como dizia meu pai.

 

Educação Moral e Cívica não dá para encomendar da China pela internet. Sorry, não dá! Esse valores é o que a gente aprendeu em casa e na escola, ricos e pobres, matéria obrigatória em todas elas. Antes de entrar para as salas de aula, os alunos se agrupavam em forma de coro, respeitosamente, em silêncio, a bandeira era hasteada e o Hino Nacional Brasileiro cantado por todos, todos! a plenos pulmões. E era nesse clima que começávamos o dia de estudos de verdade, e a equipe da escola, seu dia de trabalho.

 

Hoje, uma imitação grosseira do civismo se casou com a intolerância e deram à Luz o terrorismo, o ódio e muita morte, muita violência física, moral e de todo tipo que se possa imaginar hoje, porque amanhã nascerão outras. Infelizmente.

 

Incrível como é simples matar um humano e impossível matar uma ideia…

 

O vil metal é o único que continua reinando soberano. Mentira, fuxico, violência e roubalheira formam o hit do momento; um hit fétido e incompreensível.

 

Não sinto que haja um embate entre os que podem mais e os que podem menos; entre os que sabem mais e os que sabem menos, os que ganham mais e os que ganham menos. Sinto que existe uma força nos fazendo acreditar nisso, para tirar vantagem. Conheço o tipo.

 

Mas é o fim do mundo?

 

Nananinanão; é só o começo, meu bem, da limpeza, do expurgo, da desinfecção dos órgãos de dentro e aqueles de fora, para que a gente possa viver e respirar melhor. Nós todos, toda gente, de todo tipo, de toda cor, de todo tamanho e feitio. Toda gente de toda religião, de todo gosto, de expressões únicas e intransferíveis. E respeito, respeito e mais respeito.

 

Eu gostaria de ver, antes de partir desta vida, o povo em paz, sem medo um do outro, sem a diária intenção de desarmonia entre os que invejam tua alegria. Sem a disputa malvada, inescrupulosa e peçonhenta que vemos fermentar. Na Era de Aquário, que vem chegando, devagar, mas vem, tudo isso será História, e as pessoas nem vão acreditar no que vão ler nos seus aparelhinhos, que nem posso imaginar como serão.

 

A tarefa de preparo para que isso tudo aconteça ainda melhor do que podemos imaginar é tua e minha, dele e dela, nossa e deles. Igualmente. Vamos arregaçar as mangas! É em casa que se começa.

 

#éemcasaquesecomeça

 

Pensa nisso, fica com Deus, e até a próxima.

 

Maria Lucia Solla é professora de idiomas, terapeuta, e realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Escreve no Blog do Mílton Jung

“Mudança, Já”, fica pra depois!

 

Massao

 

Comecei a acompanhar eleições como jornalista na era pré-computador, quando o voto ainda era uma cédula e a urna, uma caixa de papelão. A apuração exigia das empresas de comunicação esforço hercúleo (expressão que uso apenas para ficar naquela mesma época), na tentativa de antecipar ao seu público o resultado do pleito. Uma legião de pessoas era contratada para coletar as informações nas zonas eleitorais, onde os votos eram contados, e transmitir o mais rápido possível para as centrais que somavam tudo e projetavam os resultados que somente seriam confirmados dias depois pelo Tribunal Superior Eleitoral. No fim das contas, acertar os vencedores era quase tão importante quanto cobrir os fatos jornalísticos em torno da eleição, que incluam denúncias de propaganda irregular, boca de urna indevida, santinho despejado no chão, dinheiro encontrado no carro, tentativa de compra de voto, além da tradicional correria em busca de pronunciamentos pouco significativos dos principais candidatos.

 

Neste domingo estive fora do ar, na CBN. Pela escala de plantão, fui preservado para o segundo turno quando, então, apresentarei o Jornal da CBN. Mesmo assim, por força da profissão e da consciência cidadã, acompanhei de perto as notícias que movimentaram a programação da rádio e os portais na internet, além de alimentar nossos perfis nas redes sociais. Não é preciso muito apuro para perceber que poucas coisas mudaram na forma como candidatos, cabos eleitorais e eleitores se comportam num dia como esse. Desde o mesário que preferiu ficar dormindo até o cidadão que não mede esforços para votar, pouca ou nenhuma novidade apareceu. Ouvi sobre candidato que levava eleitor para votar, cabo eleitoral que levava dinheiro para eleitor, e eleitor que se levava pela conversa fiada de todos eles. Novidade mesmo foram as reclamações à biometria -usada pela primeira vez em grande escala – que não funcionou em alguns casos. Ou seja, o que mudou foi a tecnologia, apenas. Porque os defeitos nas máquinas, assim como as urnas com problema já tínhamos no passado.

 

O que mais me incomoda, porém, não é a mesmice dos fatos. É a do resultado. E escrevo antes de termos os dados finais, pois não será necessário esperar o último voto para entender que a onda de mudança proposta pela sociedade, durante os protestos juninos, no ano passado, morreu na urna eletrônica. Deixadas de lado as exceções que estão aí para confirmar as regras, é bem provável que teremos nos Executivos e, bem pior, nos Legislativos, mais do mesmo. Nomes consagrados ou de famílias consagradas se repetirão e grupos políticos permanecerão no poder, o que nos faz prever que as políticas públicas se manterão para atender os mesmos de sempre. Os movimentos sociais que estiveram à frente das manifestações, por característica própria, mantinham hierarquia horizontal, sem líderes que despontassem diante dos demais e sem alguém para canalizar as reivindicações. Os partidos e políticos ensaiaram discursos propondo mudanças, mas preferiram seguir a cartilha que os trouxe até aqui, assim não corriam riscos. O sistema eleitoral, que restringe o debate de ideias, limita as campanhas e permite a interferência do poder econômico, beneficia quem já ocupa cargos nos parlamentos.

 

A “Mudança, Já”, exigida aos gritos e cartazes, fica para depois, quem sabe na próxima, talvez daqui a algum tempo, por que não depois, ou até que surja uma nova explosão social.

Mundo Corporativo entrevista Frederico Porto sobre como estar pronto para mudanças na carreira

 

 

“Não tem como a empresa garantir que ele vai estar naquele lugar para sempre, entendendo isso todos nós temos de ter uma perspectiva de médio, longo prazos de onde queremos chegar, quais etapas queremos galgar, e temos de ter a capacidade de lidar com as mudanças nas várias fases pelas quais vamos passar”. A sugestão é do médico Frederico Porto, entrevistado pelo jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Porto é psquiatra, nutrólogo e professor convidado da Fundação Getúlio Vargas (SP) e da Fundação Dom Cabral (BH). Na entrevista sobre gestão do capital humano, ele traça características do comportamento de executivos dentro das empresa e como os profissionais devem se preparar para as mudanças que são inevitáveis na carreira.

 

O Mundo Corporativo vai ao ar, às quartas-feiras, 11 horas, e pode ser assistido, ao vivo, no site da Rádio CBN (www.cbn.com.br). Os ouvintes-internautas participam com perguntas enviadas pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelos Twitters @jornaldacbn e @miltonjung (#MundoCorpCBN). O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN.

Mundo Corporativo: Irene Azevedo ensina a planejar mudanças de cargos ou emprego

 

 

Profissionais dispostos a mudar de função dentro da sua organização ou interessados em trocar de empresa devem fazer uma viagem interior e determinar para onde querem se movimentar. A orientação é da diretora de negócios da LHH/DBM Irene Azevedo em entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Especialista em mobilidade de talentos, a consultora também apresenta soluções para as empresas dispostas a valorizar seus colaboradores.

 

O Mundo Corporativo vai ao ar às quartas-feiras, às 11 horas da manhã, e pode ser assistido pelo site da rádio CBN (www.cbn.com.br). Os ouvintes participam com perguntas pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br ou pelos Twitters @jornaldacbn e @miltonjung (#MundoCorpCBN). O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN.

Mundo Corporativo: estratégias para uma transição sem crise

 

“A mudança é tudo aquilo que vai acontecer externamente na vida do indivíduo; e transição, aquilo que vai precisar acontecer de transformação dentro dele: valores, crenças, hábitos. E essa é a parte mais difícil para viver, tanto quando você tem de se transformar dentro da mesma empresa, como quando você vai de uma para outra empresa. As pessoas não resistem tanto a mudanças, resistem mais a transição”. É o que diz o consultor Rogério Chér, autor do livro “Todo novo começo surge de um antigo começo” (Editora Évora), em entrevista ao programa Mundo Corporativo, da rádio CBN, na qual apresenta estratégias que podem ajudar o profissional a enfrentar processos de transformação.

 

 

O Mundo Corporativo vai ao ar às quartas-feiras, às 11 horas, no site da rádio CBN, com participação dos ouvintes-internatuas pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelo Twitter @jornaldacbn. O programa é reproduzido aos sábados no Jornal da CBN.

De Einstein

 

Por Maria Lucia Solla

 

 

O exercício de desapego e escolha me leva a recomeçar mais uma vez. Não quero dizer com isso que vá tentar apagar a vida vivida para recomeçar do zero, porque é impossível; bom motivo para nem tentar. Gosto de cada
minuto que tenho vivido, e não pretendo virar as costas para nem um desses minutos. Nem dos claros, nem dos escuros. É a vida, dizia a mamãe, a cada acontecimento.

 

Sei que sou, também, o resultado de tudo o que vivi e de como vivi, e gosto de quem sou. A vida tem me levado a rir a chorar, e tenho aprendido com os dois movimentos dela, que às vezes são rápidos demais para eu
absorver e crescer, e outras vezes um arrastar sem fim, quando sinto que remo sem parar, e não saio do lugar. Mas, enquanto há vida, há chance de viver de peito aberto, de aprender e crescer. De aproveitar a viagem. E
assim vou atrás do estar-bem. Do meu e do mundo que me cerca.

 

Ainda envolvida com o este-vai-este-fica de papéis e livros, espirro, lavo as mãos um exagero de vezes e rasgo pilhas, em tiras e mais tiras. Não os livros, é claro. Num dos papéis encontrei um texto com minha letra de menina, escrito com tinta verde, com a caneta que ganhei do meu pai quando entrei no ginásio, sem fazer o quinto ano. Tinha um exame chamado muito propriamente de Exame de Admissão, logo depois do quarto ano primário. A gente passava por uma tensão parecida com a do vestibular, e eu passei direto. Ganhei uma Sheaffer e usei tinta verde, por muito tempo. Mas enfim, o texto era um fragmento do livro “Como vejo o mundo” de Albert Einstein, lançado em 1953.

 

Fala o mestre!

Educação em vista de um pensamento livre

Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma
máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um
sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,
daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se
assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado
do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida.

Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas
angústias, para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus
próximos e à comunidade.

 

Se você quiser ler o texto todo, encontrei o livro inteirinho disponibilizado na Biblioteca Virtual Espírita.

 

Dá para guardar na biblioteca do seu leitor de livros. Encontrei o trecho que copiei em priscas eras, como diria minha amiga Maryur, na página 16 do livro.

 

É isso.

 

Bom domingo, bom feriado, diminue a velocidade nas curvas, e até a semana
que vem.

 


Maria Lucia Solla é professora de idiomas, terapeuta, e realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Aos domingos escreve no Blog do Mílton Jung

De mudança de vento

 

Por Maria Lucia Solla

 

 

Grande parte do tempo percebo pelo menos dois estratos de realidade. O que parece nascer de dentro e o que eu poderia jurar que vem de fora. Pulso em todas as latitudes e longitudes, é verdade, mas não alcanço tantas nuances. Sinto no escuro. Entrego à minha essência boa porção do meu ego, mergulho no roteiro e acredito na trama. Ou não. Sinto-me carimbada por eventos que se originam num ponto onde moram presente, passado e futuro. Pulso na herança genética e na dosagem de cada ingrediente da minha receita. Minha pele se expressa, e meus olhos confessam.

 

meu sangue corre
e tropeça em obstáculo
feito de tudo que comi
pensei
falei
bebi
senti
ouvi
vivi
vi

 

É viciante, contorcer-se para se adaptar ao reino do Senhor do Tempo, onde regem em triunvirato presente, passado e futuro.

 

será desviver
?
prova perdida
no aceno de largada

 

resistir ao conviver
?

 

É possível ficar menos e ao mesmo tempo mais resistente, se me entende. Menos espaço, mais gente; mais violência, menos compaixão. Acreditei que vivia um tempo de cada vez. Hoje posso adaptar o colorido do passado ao formato e disposição do destino desenhado. Escolho quem retoca o som, a cor e a imagem da tela do meu tempo, e vou em frente.

 

Sou cara e sou coroa, sou verso e reverso, côncavo e convexo. Lady e vagabundo, bela a fera. Ser e não-ser.

 


Maria Lucia Solla é professora, realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Aos domingos escreve no Blog do Mílton Jung

Mundo Corporativo: O caminho é investir no conhecimento

 

Trabalho é um recurso fácil e disponível, assim como o capital, o que se tornou crítico foi o conhecimento, devido as constantes mudanças no mundo, afirma o consultor Celson Hupfer, da Havike Consulting, entrevistado no Mundo Corporativo, da rádio CBN. Especialista em liderança organizacional, ele alerta que as empresas têm de estar abertas a novos métodos, dispostas a entender as diferenças e prontas para serem questionadas. Em outro aspecto avaliado, Hupfer comenta que muitos profissionais ainda não perceberam estas mudanças e, apesar de terem acesso às informações, não são capazes de desenvolver habilidades para enfrentar este cenário de permanente transição. Sofrem do que poderia ser chamado de analfabetismo funcional.

 

 

O Mundo Corporativo vai ao ar às quartas-feiras, 11 horas, no site da rádio CBN, com participação de ouvintes-internautas pelo e-mail mundocorporativo@cbn.com.br e pelo Twitter @jornaldacbn. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN