Conte Sua História de SP: Dos tempos da rádio-patrulha

 

Nascido em 1933 na cidade de São Paulo, Domingos Sérgio Barone, morou na rua Fortunato, no bairro de Santa Cecília, região central. No depoimento gravado pelo Museu da Pessoa e reproduzido no Conte Sua História de São Paulo, seu Domingos lembra dos tempos em que fugia da rádio-patrulha. Seu crime, quebrar as vidraças das casas vizinhas.

 

Ouça Domingos Barone, em gravação sonorizada pelo Cláudio Antônio e editada pela Juliana Paiva

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar aos sábados, logo após às 10 e meia da manhã, dentro do programa CBN SP. É resultado de parceria da rádio com o Museu da Pessoa que coleta depoimentos a partir de gravações em áudio e vídeo. Para você contar mais um capítulo da história da nossa cidade, agende uma entrevista no site do Museu da Pessoa. Ou envie um texto para milton@cbn.com.br.

Conte Sua História de São Paulo: Brincadeira de rua

 

As ruas de terra batida se transformavam em campos de futebol e para tanto bastavam alguns pedaços de pau que ganhavam o formato de gol e o desejo da criançada se divertir. É deste tempo que o ouvinte-internauta Sebastião Martins Vieira lembra em trecho do depoimento que foi ao ar no Conte Sua História de São Paulo. Seu Sebastião, pauslistano, nascido em 1941, gravou suas histórias no Museu da Pessoa.

 

Ouça a história de Sebastião Martins Vieira, sonorizada pelo Cláudio Antônio

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar aos sábados, a partir das 10 e meia da manhã, no CBN São Paulo. Você pode contar mais um capítulo da nossa cidade enviando texto para milton@cbn.com.br ou agendando entrevista em áudio e vídeo no site do Museu da Pessoa.

Conte Sua História de SP: De pai para filho

 

Por João Rodrigues Neto
Ouvinte-internauta

 

Ouça este texto que foi ao ar no Conte Sua História de São Paulo, sonorizado pelo Cláudio Antônio

 

Durante 25 anos meu pai foi motorista de ônibus urbano, depois de aposentado dirigiu táxi por mais cinco anos. Dizia-se dono da cidade:

 

– Quem mais pode ser dono dessa cidade além de mim, e outros companheiros que fazem da peregrinação pelas ruas, oficio para ganhar o pão?

 

-Não somos andarilhos, somos artesãos, praticamos a arte de descobrir cada pedacinho desse imenso país ou mundo chamado São Paulo.

 

-Conhecendo a região central e a periferia, cada bairro, cada vila, descobrindo ruas, vielas, praças, prédios e monumentos.

 

-Em cada viagem uma novidade, a cada instante uma surpresa, vendo coisas, conhecendo gente, respirando progresso, o coração pulsando no mesmo ritmo.

 

É! Pode parecer exagero, mas meu pai tinha um grande amor por São Paulo, e transmitia isto constantemente para familiares e amigos. Sempre que viajávamos lá ia ele falando: preste atenção ali é a praça da Sé, com sua majestosa catedral, mais adiante o Largo São Francisco, com a maior faculdade de direito do Brasil.
Pátio do Colégio o berço da cidade, Rua Direita, Largo São Bento, Praça da República, Praça Ramos de Azevedo, Avenidas São João e Ipiranga que depois foram cantadas por Caetano e tantos outros. Insistia para que guardássemos o nome de cada rua.

 

Palcos de alegrias como o desfile de escolas de samba no carnaval que era feito na São João. Chuva de papéis picados em momentos de festa, ruas iluminadas com pisca-pisca todo fim de ano. Alegrias do povo nativo, ou imigrantes, que nesta cidade são bem recebidos, que vivem, se divertem, trabalham e se realizam.

 

Povo forte, povo feliz, povo corajoso e solidário, dispostos a enfrentar quaisquer situações, como escassez de transporte, trânsito caótico, tempestades e enchentes. Os incêndios do Andraws e do Joelma consternaram toda uma população. Há crianças de pés no chão, moradores de rua abrigando-se debaixo de viadutos, GENTE sem teto, sem dinheiro e sem esperança.

 

Cidade dos contrastes misturando o feio e o belo, onde luxo e pobreza caminham lado a lado. Se Ouro Preto é considerado patrimônio da humanidade, São Paulo deveria ser considerado patrimônio da divindade, foi aqui que DEUS juntou tudo que é povo. E como homem do povo quero viver esta cidade em todos os momentos e circunstâncias.

 

Cantar suas belezas, rir com suas alegrias, chorar com suas tristezas.
Acima de tudo quero fazer minha parte para um São Paulo melhor, exercer plenamente minha cidadania, ser fraterno e solidário para com esse povo que é o maior patrimônio deste torrão.

 

E continuar passando aos meus filhos os valores que recebi do meu pai, ao caminhar por nossas ruas irei cantando seus nomes e descrevendo suas belezas.

 

Parabéns São Paulo pelos 458 anos.

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar, aos sábados, logo após às 10 e meia da manhã, no CBN São Paulo. Você pode participar enviando texto para milton@cbn.com.br ou agendando uma entrevista no site do Museu da Pessoa

Conte Sua História de SP: Uma cidade tranquila

 

A tranquila São Paulo dos anos de 1940 deixa saudades no baiano Xexonias Alves Peixinho, registradas em depoimento ao Museu da Pessoa. Ele nasceu em 1919 e trocou a lavoura em sua terra natal pela metalurgia na capital paulistana. Nesta semana, graças as suas lembranças, foi personagem do Conte Sua História de São Paulo.

 

Ouça o depoimento de Xexonias Alves Peixinho, sonorizado pelo Cláudio Antonio

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar, aos sábados, logo após às dez e meia da manhã, no CBN São Paulo. Você pode participar deste quadro escrevendo texto para milton@cbn.com.br ou agendando uma entrevista em áudio e vídeo no Museu da Pessoa.

Conte Sua História de SP: De gravata no cinema

 

A gravata era peça obrigatória para quem pretendia ir ao cinema de São Paulo, nos anos de 1940, e o comerciante José Leite da Silva, mesmo quando não tinha uma disponível, encontrava um jeitinho de se vestir a rigor. Pernambucano, nascido em 1922, ele falou sobre esta curiosidade paulistana ao Museu da Pessoa em depoimento que foi ao ar no Conte Sua História de São Paulo, em homenagem aos 458 anos da cidade.

 

Ouça o depoimento de José Leite da Costa, sonorizado por Cláudio Antônio

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar, aos sábados, a partir das 10 e meia da manhã, no CBN São Paulo. Para participar deste quadro, você pode enviar um texto para milton@cbn.com.br ou marcar uma entrevista, em aúdio e vídeo, no site do Museu da Pessoa.

Conte Sua História de SP: Susto no cemitério da Consolação

 

Trabalhar próximo do Cemitério da Consolação causou alguns sustos em Luciano Strami que, em depoimento ao Museu da Pessoa, falou dos tempos de adolescente em que entregava carne para o açougue do pai, em Higienópolis. Luciano é paulistano, nascido em 1929, e acrescentou mais um capítulo no Conte Sua História de São Paulo, em homenagem aos 458 anos da cidade.

 

Ouça o depoimento de Luciano Strami, sonorizado pelo Cláudio Antônio

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar no CBN SP, aos sábados, logo após às dez e meia da manhã. Você pode participar enviando um texto para milton@cbn.com.br ou agendando entrevista em áudio e vídeo no site do Museu da Pesoa.

Conte Sua História de SP: Os bondes elétricos

 

Os bondes elétricos eram grandes atrações nos anos de 1940, em São Paulo, e incentivaram Manoel Rodrigues da Cruz a trocar a roça pelo sonho de ser motorneiro. No depoimento gravado pelo Museu da Pessoa e que fez parte da série do Conte Sua História de São Paulo, em homenagem aos 458 anos da cidade, Manoel relembra este momento. Ele nasceu em Pernambuco de Triunfo, em 1926.

 

Ouça o depoimento de Manoel rodrigues da Cruz, sonorizado pelo Cláudio Antônio

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar no CBN São Paulo, logo após às dez e meia da manhã. Para você participar deste quadro, mande seu texto para milton@cbn.com.br ou agende uma entrevista em áudio e vídeo no Museu da Pessoa.

Conte Sua História de SP: O cotidiano das enchentes

 

As chuvas que incomodam neste verão fazem parte da história do paulistano e de todos aqueles que já moraram por aqui. Em um dos capítulos do Conte Sua História de São Paulo, em homenagem aos 458 anos, a marroquina Custódia Santos Marcondes, descreve os três dias de enchente que foi submetida, no início dos anos de 1950.

 

Ouça o depoimento de Custódia Santos Marcondes, sonorizado pelo Cláudio Antônio

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar, originalmente, aos sábados, logo após às dez e meia da manhã, no CBN SP. Os depoimentos são gravados pelo Museu da Pessoa e você pode agendar uma entrevista em áudio e vídeo no site www.museudapessoa.net. Se quiser, pode enviar um texto para milton@cbn.com.br.

Conte Sua História de SP: O lampião de gás

 

Nos 458 de São Paulo, estamos levando ao ar uma série de fatos sobre a capital paulista contados por pessoas que moram ou moraram na cidade, a partir de depoimentos que foram gravados pelo Museu da Pessoa. A partir desta segunda, vou reproduzir aqui no Blog alguns capítulos do Conte Sua História de São Paulo e começarei com os lampiões de gás que iluminavam o comerciante Álvaro Lopes, nascido na capital em 1925.

 

Ouça a história de Álvaro Lopes, sonorizada pelo Cláudio Antônio

 

O Conte Sua História de São Paulo vai ao ar, originalmente, aos sábados no CBN São Paulo. Para contar a sua história da cidade, envie um texto para milton@cbn.com.br ou marque uma entrevista, em áudio e vídeo, no Museu da Pessoa.

Conte Sua História de SP: Minha roupa suja

 

A professora Gianny Silva nasceu em São Paulo em 1973 e considera que tem um problema de DNA (na linguagem coloquial, Data de Nascimento Antiga). Em setembro de 2008, ela contou ao Museu da Pessoa uma de suas memórias de infância: o dia em que descobriu o poder de chantagear os irmãos mais velhos. Um segredo que ela guardava até então. Seu texto foi apresentado, agora, no Conte Sua História de São Paulo.

Ouça o texto de Gianny Silva com sonorização de Cláudio Antônio

Nasci e cresci na cidade de São Paulo, mas, por uma questão de DNA, sou do tempo em que ainda se brincava na rua, existiam muitas árvores, muita brincadeira, e é claro muita arte!

Na década de 1970, mudei-me para o Conjunto Residencial Ingaí. Naquela época, só existiam os sobrados do conjunto. Hoje em dia, existem os sobrados do conjunto Fábio e os prédios do Parque dos Pássaros. Ocorre que, na época, onde hoje estão essas novas residências, existia um, digamos, bosque. E um grande muro que ia do início da atual rua Robert Bird até onde hoje está a EMEI Ingai. Atrás do muro existia uma “vacaria” e um bambuzal. A brincadeira da turma era subir ao muro e descer suavemente de bambu!
Eu queria brincar, mas por problema de idade, era a mais nova, e tamanho, os mais velhos não deixavam. Até a hora que eu ameacei contar para a mamãe! Fui colocada no muro e uma amiga, a Edna, brincava que iríamos cair! Resultado… caímos mesmo!
Eu fui escorregando pelo curral das vaquinhas, em cima de todo aquele estrume!

Arranhei-me toda e fiquei muito limpinha. Fui para casa chorando, tomei banho e os arranhões ardiam até dizer chega. Mas eu não podia dar um “pio”, pois minha mãe ficaria muito brava!

A roupa, cheia de cocô de vaca, foi escondida dentro do guarda-roupas durante todo o fim de semana. E minha mãe tentando descobrir o que estava provocando o cheirinho desagradável no quarto!

Na segunda-feira, dei a roupa para a Francisca, uma mocinha muito gracinha que trabalhava em casa, e a coitada ficou por uma semana lavando a roupa para tirar as manchas!

Você também pode contar mais um capítulo da sua cidade. Marque uma entrevista ou envie um texto para o site do Museu da Pessoa. Se quiser mande o texto para mim, milton@cbn.com.br, vou ficar bem feliz de conhecer a sua história. Aqui no meu blog, o Blog do Mílton Jung, você encontrará vários casos curiosos sobre a cidade de São Paulo, registrados pelos ouvintes-internautas da CBN.