Avalanche Tricolor: quem se importa !?

 

Grêmio 1 x 2 Canoas
Gaúcho – Olímpico Monumental

 

A garotada gremista teve a oportunidade de voltar a jogar no estádio Olímpico Monumental, do qual nos despedimos oficialmente ano passado, na última partida do Campeonato Brasileiro. Alguns poucos torcedores que estiveram por lá, neste início de noite, aproveitaram para guardar lembranças em suas máquinas de fotografia. Pareciam mais interessados em curtir cada cena que o estádio nos proporciona do que assistir ao jogo, pois, convenhamos, não dá para nos importarmos com estes compromissos enquanto temos o time principal envolvido em sua primeira decisão na temporada. Aliás, chega a ser difícil de entender como o Grêmio que esteve em campo, ontem, em Quito, no Equador, para disputar a Libertadores, hoje já estava pronto para uma partida pelo Gaúcho, em Porto Alegre. Sei que já fomos expostos a situações ainda mais incríveis como em 1994 quanto tivemos de jogar três vezes no mesmo dia, façanha que cumprimos de maneira invicta e colocou nosso nome no Guiness Book – o livro dos recordes. Mas é impossível querer o mesmo empenho, a mesma determinação, por mais que os meninos que têm nos representado nos compromissos estaduais se esforcem. Apesar da derrota, voltamos a perceber que há valores importantes que podem, em breve, brilhar na equipe principal, basta que saibamos trabalhar com estes novos talentos, sem nos precipitarmos. E sem nos influenciarmos por quem esteja apenas querendo criar polêmica onde não existe, como alguns colegas que se dedicam a questionar a reabertura do Olímpico, depois de todas as festividades de encerramento. Esquecem ou fazem de conta que esquecem que esta é uma decisão exclusiva da diretoria do Grêmio e de mais ninguém, afinal nenhum outro clube tem o privilégio de ter à disposição dois estádio de futebol. Por que se importam tanto?

Avalanche Tricolor: um abraço monumental

 

Flamengo 1 x 1 Grêmio
Brasileiro – Engenhão (RJ)

 

Abraço ao Olimpico from Fuca79 on Vimeo.

 

Acabo de assistir a mais um capítulo de FDP, seriado da HBO que tem um juiz de futebol no centro da trama, e mais uma vez o Grêmio é lembrado no roteiro de José Roberto Torero. Dia desses apareceu nossa torcida em sua avalanche e hoje um dos alunos, ao ser perguntado para que time torcia, disse que era gremista, único clube fora do eixo Rio-São Paulo a ser citado na sala de aula. As referências ao Imortal Tricolor apenas reproduzem na tela a percepção que temos do Grêmio na vida real, e a mobilização desse sábado, em Porto Alegre, confirma nosso sentimento. Na comemoração dos 109 anos, reunimos cerca de 25 mil torcedores, de acordo com informações do site Gremio.net, para dar um abraço no Olímpico Monumental, estádio do qual nos despediremos este ano. E o abraço foi muito além das expectativas, pois para um dia sem futebol no gramado, nossa torcida mostrou sua força ao comparecer em número que é mais do que o dobro da média de pessoas que têm visto os jogos do Campeonato Brasileiro. Não pude estar lá, mas a família esteve bem representada pelo Christian, Vitória e Fernando que fizeram questão de compartilhar conosco o vídeo acima.

 

Antes do seriado da HBO, assisti ao Grêmio enfrentar o Flamengo e empatar partida na qual tínhamos todas as oportunidades para vencer e encostar nos líderes, preparando o bote final à liderança. Fizemos um golaço após troca de passe que deixou clara a qualidade técnica de alguns de nossos jogadores e nosso potencial. E deixamos de fazer muito mais porque, às vezes, tenho a impressão de que falta uma fagulha para acender a alma de cada um dos que estão em campo. Aquela chama que o torcedor é capaz de provocar quando invade o Olímpico Monumental. Também não quero ficar aqui cobrando de uma equipe que tem se mantido em posição privilegiada nesta competição há muitas e muitas rodadas. Mesmo porque – e já escrevi sobre isso na edição anterior da Avalanche – temos de ter muita paciência para darmos o passo (ou seria o passe?) na hora certa, atingirmos o topo na rodada final, no jogo que marcará a real despedida do nosso estádio, na Azenha, quando, então, daremos um abraço monumental, um abraço campeão.