Recebi na noite de terça-feira, o Prêmio Comunique-se na categoria “Âncora de Rádio”, durante cerimônia que marcou a 12a. edição do evento, em São Paulo. Na verdade, quem recebeu por mim foi a amiga Rosana Jatobá que no ano passado já havia subido ao palco ao ganhar o troféu na categoria jornalismo de sustentabilidade. Jatobá foi colega aqui no blog, depois seguiu em seu voo solo, construiu site próprio, escreveu livro e comanda programa e coluna sobre o tema na Rádio Globo. Na premiação, ainda estava escalada para ser mestre de cerimônia na abertura do evento. Portanto, percebe-se que eu estava muito bem representado. Minha ausência, justificada em texto lido por ela, deu-se por dois motivos: um prático e outro sentimental. Acordo de madrugada para fazer o Jornal da CBN e foi graças a este trabalho que tive meu nome destacado entre tantos profissionais, portanto nada mais justo do que agradecer a escolha com aquilo que tenho de melhor a oferecer: meu trabalho. Não comparecer ao evento me impediu, também, de repetir o choro que me dominou quando fui premiado pela primeira vez, em 2009. Ouvir a Rosana foi menos constrangedor.
A pedido de ouvintes, que carinhosamente escreveram para parabenizar-me, explico que o prêmio é organizado pelo Portal Comunique-se, plataforma que reúne jornalistas e comunicadores. São os próprios jornalistas que fazem uma primeira seleção de dez nomes, em seguida abre-se a votação pela internet pelos inscritos no portal, saem três finalistas e uma terceira etapa é realizada para a escolha do vencedor. Calcula-se que 100 mil pessoas votaram nesta etapa. O prêmio reúne gente consagrada e muitos colegas de redação já foram agraciados com o troféu. Alguns se repetem, comprovação de seu talento, como Miriam Leitão, Juca Kfouri, Carlos Alberto Sardenberg, Gilberto Dimenstein entre outros tantos que me acompanham pela manhã no Jornal da CBN.
A propósito, não tenho dúvida de que minha escolha está diretamente ligada a esta relação de talentos que me cerca na rádio CBN. São eles e mais uma equipe de jornalistas, que muitas vezes não aparecem (ou falam), que oferecem condições para que meu trabalho se sobressaia. Tenho convicção de que radiojornalismo não se faz apenas com ícones e âncoras. Somos dependentes de repórteres, editores, produtores e redatores, além de profissionais da área técnica, que ambientam nosso trabalho e interferem na produção, e do setor de internet, afinal temos de estar em todas plataformas. Uma gente criativa e responsável que encontro na rádio CBN desde que iniciei meu trabalho por lá, em 1998. E de quem tenho muito orgulho pelo que fazem.
Prêmio Comunique-se de Rádio, é nosso!
