Debate sobre o uso da sacolinha plástica

 

Proibir o uso das sacolas plásticas não é solução, é preciso mudar a forma de consumo. Este é o resumo da conversa que tivemos com a consultora ambiental Patrícia Blauth, da Menos Lixo, e Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida – Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos. Ambos concordaram com o veto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) ao projeto de lei aprovado na Câmara Municipal de São Paulo que obrigaria empresas a substituir os sacos plásticos por embalagens reutilizáveis ou confeccionadas com materiais de fontes renováveis ou recicláveis.

Francisco de Assis Esmeraldo que representa o instituto criado para defender os interesses dos fabricantes de plástico disse que a prefeitura deveria investir em campanhas para promover a mudança de hábito do cidadão. Enquanto isso, Patrícia Blauth defende a ideia de que o comércio torne explícito o custo destes sacos plásticos cobrando do consumidor ou oferecendo desconto a quem abrir mão do seu uso.


Acompanhe aqui o debate sobre as sacolas plásticas que foi ao ar no CBN SP

Propus o debate pelo Twitter com base na notícia publicada no jornal Valor Econômico e reproduzida no Blog com o título “Kassab atende indústria e veta proibição de saco plástico”. Alguns dos comentários que chegaram:

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Kassab atende indústria e veta proibição de saco plástico

 

RIo Tietê do álbum digital no Flickr de Samuel Chiovitti

RIo Tietê do álbum digital no Flickr de Samuel Chiovitti

Ouça o debate sobre o uso das sacolas plásticas, no CBN SP

Reportagem publicada no Valor, edição de sexta-feira, dia 5 de fevereiro:

Em meio aos problemas das enchentes – que têm o excesso de lixo como uma de suas principais causas -, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vetou projeto de lei de dois vereadores da base aliada que previa a proibição do uso de sacolas plásticas no comércio da capital paulista. De acordo com a proposta dos parlamentares Gilson Barreto e Claudinho de Souza (PSDB), a legislação obrigaria empresas a substituir os tradicionais sacos plásticos por embalagens reutilizáveis ou “confeccionadas com materiais de fontes renováveis ou recicláveis”.

Preservação ambiental e redução do volume de resíduos gerados na cidade eram os principais argumentos da matéria barrada por Kassab. Recentemente, prefeituras de Sorocaba, Osasco, Jundiaí e Guarulhos decretaram o fim da utilização das sacolinhas plásticas sob a mesma justificativa. Nessas cidades, está em andamento o processo de conscientização das empresas e consumidores para a substituição das sacolinhas por embalagens de papel ou feitas de material biodegradável ou reciclável.

Coincidentemente, uma das razões para o veto de Kassab ao projeto de lei nº 577, que tramitava na Câmara Municipal desde 2007, foi a questão ambiental. “A questão relativa ao uso de embalagens confeccionadas com materiais oriundos de fontes renováveis necessita de estudos mais aprofundados”, diz o texto.

“Não há garantia de que a substituição proposta pela mensagem resulte em prevenção, controle da poluição ambiental e proteção da qualidade do meio ambiente, uma vez que mesmo os materiais biodegradáveis geram resíduos tóxicos”, afirma também o prefeito em seu veto.

O Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), apoiado pela indústria plástica brasileira, informou ontem que o prefeito também seguiu suas recomendações para vetar a proposta dos vereadores. De olho nos interesses econômicos do setor, a entidade tem brigado na Justiça contra leis que proíbem as sacolinhas em outras cidades. “Enfatizamos a importância econômica e social das sacolas plásticas, que são apontadas por 71% da população como o meio mais adequado de se carregar as compras e embalar o lixo doméstico”, diz nota da Plastivida.

Leia mais informações, no Valor Econômico

O cocô do Totó

 

Por Sérgio Mendes
Ouvinte-internauta

Em São Paulo já são mais de 3 milhões de cães e gatos domiciliados. Isto é mais que a população de muitas cidades médias em nosso país.

Imagine qualquer porcentagem disso em sacolinhas plásticas cheias de cocô…., preservado nelas por todo o tempo em que elas durarem sem serem decompostas na natureza…

Que fazer com esse resíduo?

Uma sugestão, pelo menos por enquanto, seria que ele fosse apenas coletado (não pode ser deixado em via pública) e descartado no vaso sanitário do banheiro da sua casa.

Daria mais trabalho, não seria assim tão romântico passear com seu amigão… Mas poderia ser algo mais a ser considerado, antes de adotar um animalzinho pra morar com você.

Ele é para toda a vida, o cocô e a sacolinha não.