E mais entulho no centro

 

Entulho no SUS
 

Por Devanir Amâncio
ONG Educa SP

Em frente ao Sistema Único de Saúde (SUS) /AMA Sé, esquina da rua Lousada com a Frederico Alvarenga,região do Parque Dom Pedro II ,existe um ponto viciado de descarte de  entulho. O  entulho é velho e está a 15 metros da entrada da enfermaria . Restos de comida podre  – fora e dentro de sacos pretos – se misturam com terra , madeira,carcaça de computador  e uma cama.  Dentro de um dos sacos  tem um  cachorro morto  em decomposição . O mau cheiro é terrível , e vem atraindo a atenção  até dos cães .
 
 A   sujeira da região central de São Paulo  não é ocasionada por falta de varrição, mas por falhas  na coleta do lixo  domiciliar   que, somado ao descarte irregular de entulho,  castiga a cidade  e  provoca caos e mortes  em períodos de chuva. Não ter coleta na região central aos domingos é inaceitável. Um grande erro da gestão pública paulistana, que precisa ser corrigido com urgência, se possível, com  a ajuda do Ministério Público.

Quanto ao lixo empresarial, espalhado todas as noites nas principais vias do Centro pelos moradores de rua, não basta a Prefeitura responsabilizar somente as empresas. Vamos multar e pronto. A logística para resolver  o problema é complexa e deve ser  pensada e colocada em prática com as próprias empresas. Assim se tornará mais responsável.

Não podemos esquecer que o centro de São Paulo não é  o Tatuapé,  Zona Leste, ou a Chácara Flora,  Zona Sul. O Centro, pela sua importância,  exige políticas públicas diferenciadas,  autonomia e estrutura administrativa aos órgãos  municipais, inclusive para a sucateada Subprefeitura da Sé, afundada em dificuldades operacionais e  financeiras,  onde faltam recursos para reparos mínimos, a exemplo das demais subprefeituras. 

Os subprefeitos têm vontade de fazer acontecer, mas  se encontram de mãos amarradas pelos poderes limitados que lhe  são dados, por razões políticas , restando-lhes  cargos decorativos e rituais de sobrevida , como o de apertarem mensalmente a mão do prefeito.
 
 A cidade que pode entrar para história  ao proibir de forma radical  o uso  de sacolas plásticas  no comércio – em prol do meio ambiente – não consegue resolver o problema crônico do lixo , agora na porta de uma unidade de saúde (…)

Com a palavra os vereadores da cidade de São Paulo.

 

Foto-repórter: calçada é estacionamento de lixo

 

<18-10-10_0710

A prefeitura anunciou que fará limpeza do lixo no fim de semana na região central de São Paulo. Vai ter muito trabalho, com certeza. A calçada que você vê está na esquina da rua das Palmeiras com Barão de Tatuí, bairro de Santa Cecília. O repórter Alexandre Ventura ficou impressionado com a quantidade de sujeira espalhada no caminho dos pedestre às 7 e 10 da manhã. Não adianta guia rebaixada, faixa de segurança pintada e vaga para deficiente reservada se o lixo impede o acesso.

Foto-ouvinte: Feira e sujeira livres

 

Sujeira da feira livre no Belenzinho

A sujeira deixada para trás pelos feirantes que ocuparam a rua Irmã Carolina, no Belenzinho, em São Paulo, na manhã de quinta-feira, espantou o ouvinte-internauta Luis Fernando Gallo, sempre presente com ótimo material fotográfico neste blog. Escreveu para dizer que a limpeza da rua somente se iniciou às 7 e meia da noite, tendo a feira se encerrado por volta das 2 da tarde.

“Gostaria de pagar 200% de IPTU, ter cidade limpa, ensino municipal de respeito, mais música, mais teatro, mais cinema e um mínimo de segurança para ir e vir”, lamentou.

Li na lei municipal que regula o funcionamento das feiras livres na capital paulista, que é obrigação dos feirantes “manter permanentemente limpa a área ocupada pela banca, bem como o seu entorno, desde sua montagem até sua desmontagem, instalando recipientes apropriados para receber o lixo produzido, que deverá ser acondicionado em sacos plásticos resistentes, os quais permanecerão nas calçadas para posterior recolhimento pelo serviço de limpeza pública, bem como cumprir, rigorosamente, no que for aplicável, o disposto na Lei nº 13.478, de 30 de dezembro de 2002, e alterações subseqüentes”

Foto-ouvinte: Jardineira no ônibus

 

Foto e recado do ouvinte-internauta Tiago Cheregati:

Se não me falha a memória, costumava-se limpar as janelas dos ônibus todos os dias, não? As fotos que tirei não são de ônibus rurais que andam por estradas de terra: são aqui da Mooca mesmo. E já faz tempo que a coisa está assim.

Milton, pergunte ao busólogo Ádamo Basani e diga se estou errado: Em nenhuma outra década tivemos janelas tão sujas quanto agora.

Daqui a pouco, não vai dar mais pra saber se está perto de descer… Vamos ter que usar o GPS do celular do colega ao lado. Às vezes parece que a nossa força de vontade pra piorar a situação é maior do que a de evoluir…

Ei, Kassab, coloca no Edital uma ducha pra cada coletivo todo dia!

O lado bom da história:

Antigamente as janelas de ônibus não tinham floreiras como hoje em dia. Vão crescendo plantinhas pra gente olhar, cuidar, e pra filtrar o ar que a gente respira no busão.

Fiscais procuram cão abandonado em lugar de cocô

 

Não entendi. Reclamei que a praça Vinícius de Moraes, próximo do Palácio dos Bandeirantes, é usada como banheiro público pelos cachorros que passeiam com seus donos, principalmente no fim de semana. Recebo, agora, resposta da Secretaria Municipal da Saúde, dizendo que “uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses esteve no local nos dias 10.09 e 25.09 para verificar a presença de animais abandonados e nas duas ocasiões nenhum animal foi encontrado”.

Parece não terem entendido a reclamação. O que fica abandonado na praça não são os caes, estes voltam para o conforto de suas casas, o problema é o cocô que deixam pra trás. Ainda bem que nenhum fiscal saiu com o sapato sujo.

Foto-ouvinte: Estação sujeira

Sujeira no Tucuruvi A calçada ocupada pelo lixo é rotina no entorno da estação Tucuruvi do Metrô que fica a cerca de 200 metros da subprefeitura responsável pelo local. Segundo o ouvinte-internauta Evaldo Pinto de Camargo, autor da foto, o lixo seria de responsabilidade dos comerciantes locais. Apesar da coleta ocorrer, a maneira como o material fica jogado prejudica a passagem de pedestres.

Agora o outro lado

A Secretaria Municipal das Subprefeituras enviou a seguinte resposta: 

“Informamos que a coleta de lixo na Av. Tucuruvi e Antonio Maria de Laet, próximo à estação Tucuruvi do metrô, é realizada três vezes por semana, no período noturno, sendo que o lixo domiciliar pode ser depositado na via pública a partir das 18h. Salientamos que as orientações com relação aos horários de coleta e depósito do lixo, bem como acondicionamento e demais informações pertinentes ao serviço foram transmitidas pela empresa prestadora de serviço, através de folhetos distribuídos porta a porta, sendo que a última orientação foi realizada em Outubro/2008. Como providências, a Subprefeitura acionará a empresa para a realização de nova ação educativa na região, além de solicitar a fiscalização para autuar os munícipes que porventura estejam depositando lixo na via pública antes do horário estabelecido por lei. A Subprefeitura convidará, ainda, os comerciantes do entorno da estação Tucuruvi do Metrô, onde o problema foi detectado, para uma reunião com o objetivo de sanar o problema.”

Repórter da CBN faz ‘xepa’ na praia

Sujeira em Santos

A caminhada do repórter André Sanches, do esporte da CBN, pelo litoral de Santos o deixou indignado a ponto de deixar as férias de lado e registrar o desrespeito espalhado pela areia da praia. André enviou as imagens aqui para o blog  e emplacou texto na coluna Vc no G1, Portal da Globo. Reproduzo a seguir, a descrição feita por ele e o colega Fernando Martins:

O ator Rob Lowe foi visto tomando sol na orla de Santos. Mas ele não estava bem acompanhado na manhã desta segunda-feira. Lowe estampava a caixa da fita VHS do filme Tentação, um dos muitos detritos expostos diante do mar.

Nos 1.600 metros das praias da Aparecida e do Embaré havia de tudo, desde fraldas sujas até uma bandeja de geladeira. Mas não só os banhistas destes dois bairros tiveram este prazer. A natureza foi atacada do Emissário Submarino no Canal 7.

Este foi o retrato de uma manhã de verão. Época onde a Cidade se apresenta para milhares de turistas. Mas a foto não saiu como todos idealizam. Explicações para esta paisagem podem existir; para ela ter permanecido até às 14h45, não.

Profissionais de humanas não são bons de matemática, mas sabem contar até pelo menos a primeira milhar. São cálculos aproximados do que foi encontrado nos 1.600m caminhados.

Itens encontrados na praia:

Pedaços de madeira: 790.
Garrafas e embalagens de plástico: 370.
Calçados: 101.
Embalagens de leite: 31.
Brinquedos: 16
Lâmpadas e outros materiais de vidro: 14
Rodos e vassouras: 12
Latas de alumínio: 4.
Material escolar: 3.
Cabeceiras de cama: 2.
Fraldas sujas: 2.
Bandeja de geladeira: 1.
Fita VHS: 1

A Prefeitura de Santos oferece gratuitamente as vacinas contra difteria e tétano. Basta procurar a Policlínica de seu bairro.