Grêmio 4 x Barueri 2
Brasileiro – Olímpico Monumental
A tentativa do gol de letra foi a jogada mais relevante do meio campo Tcheco na partida de despedida. Fez pouco e pouco teria a fazer em jogo no qual vê-lo pela última vez com a camisa do Grêmio era suficientemente emocionante.
Deixa o time após 183 jogos e 43 gols, com total respeito de seus colegas que fizeram questão de cumprimentá-lo a cada gol marcado. E o carinho de uma torcida que neste ano chegou a retorcer o nariz para algumas apresentações dele, mas soube levar a mensagem de agradecimento a um desses poucos jogadores capazes de nos fazer acreditar que eles não estão em campo só por dinheiro.
“Tcheco nós te amamos, volte” dizia uma faixa estendida pelos torcedores que tiveram como retribuição um cumprimento singelo e emocionado do atleta. Ele não jogou a camisa para a torcida, apenas a braçadeira de capitão que nem mais dele era. Preferiu guardar de lembrança o Manto Tricolor que vestiu pela última vez.
Foi com aquele número 10 nas costas que Tcheco deu passes incríveis, marcou belos e importantes gols, brigou com o adversário e com o juiz (quantos cartões amarelos resultaram da sua indignação pela injustiça que presenciou).
Sai do Olímpico sem um título marcante, o que talvez o torne ainda maior, pois foi capaz de conquistar o coração tricolor apenas com seu futebol.
Deixará saudade. A bola presa entre os pés. A cobrança de falta feita com maestria na cabeça de um colega dentro da área. A marcação implacável ao adversário. A cara de choro e irritação sempre que algo não dava certo. O desejo de ser um vencedor com a camisa do Grêmio.
Tcheco foi um vencedor. Até mesmo na hora de sair do clube, uma partida antes de um jogo que eu não quero assistir.
Nos acréscimos:
A pergunta que não para de chegar no Twitter é: “o Grêmio vai vencer, Milton ?”. Interessante, o São Paulo se entrega para o Goiás, o Palmeiras vem tropeçando todo o segundo turno, o Inter não consegue ganhar uma partida decisiva e agora ficam todos pedindo ao Grêmio que “ganhe, pelo amor de Deus”. Vão jogar futebol!
