Conheça o Smaps: aplicativo do bem contra o mal

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

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Os moradores de grandes cidades acostumados ao benefício dos aplicativos, que os tem levado de forma mais rápida aos seus destinos, terão um adicional providencial e essencial: que tal além de poder se deslocar pela rota mais rápida, saber a mais rápida e mais segura?

 

Essa é a ideia do Adm. Douglas Roque, criador do aplicativo SMAPS-Segurança Colaborativa Mundial. Na verdade, o aplicativo, que roda no Iphone, no Androide e em desktops, fornece também outras indicações, tais como:

 

– Locais mais seguros para se locomover, morar, trabalhar, passear e investir.
– Alertas de perigo sobre regiões como moradia, trabalho, escola, clube, casa de praia e de campo.
– Imagens de câmeras instaladas nas ruas e zonas de interesse dos usuários.
– Registro ordenado de todos os tipos de crimes e abusos contra a pessoa ou o patrimônio. Dos mais hediondos aos mais comuns como as ofensas sexuais ou raciais. Até mesmo o insolúvel problema do barulho de festas, clubes noturnos, etc.

 

Tudo isso, além de contribuir com os especialistas e as autoridades envolvidas na segurança.

 

O SMAPS já conta com 2.500 colaboradores e visitação diária de 400 internautas. Tem o apoio de vários CONSEGs e de algumas ONGs, como os PAULISTANOS PELA PAZ. Já tem audiência marcada com a Prefeitura de São Paulo e várias entidades sociais.

 

Se no âmbito do Marketing, Philip Kotler, um dos seus ícones, afirmou que o Marketing era muito importante para ficar restrito aos especialistas, o que dizer então da Segurança?

 

É realmente momento oportuno para as redes sociais entrarem em campo com tudo, como colaboradores e usuários, nesta área tão séria quanto carente que é a da Segurança. É função de vital importância que não deve se restringir à Polícia. O SMAPS é um dos caminhos. É só acessar: http://www.smaps.com.br

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Milton Jung, às quartas-feiras.

São Paulo tem 50 mil microcâmeras de olho em você

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Os telejornais estão tomados de imagens captadas por câmeras de segurança. Não escapa uma edição sem que flagrantes de ataques a caixa eletrônico, agressão contra pessoas, acidentes de carros ou assaltos a residências surjam na tela. Hoje, são mais eficientes do que os antigos cinegrafistas amadores que faturavam um bom dinheiro vendendo cenas exclusivas às emissoras.

Dia desses, uma televisão de São Paulo pagou R$ 1 mil por imagens exclusivas com a ação de bandidos que invadiram a loja de conveniência em um posto de combustível e explodiram o caixa eletrônico. São tantos os detalhes revelados que a impressão que temos é que as câmeras estavam lá apenas para registrar o cotidiano dos ladrões e torná-lo em espetáculo.

Parece impossível passearmos na cidade sem que um desses olhos eletrônicos estejam nos perseguindo na porta de casa, na saída do prédio, diante da agência bancária, dentro da academia de ginástica, no pátio da escola ou quando cruzamos a esquina.

Leia o texto completo no Blog Adote São Paulo, da revista Épocas São Paulo

Tempos Modernos

Por  Oscar Roberto Junior

camerasGuardadas as proporções, do ponto de vista de segurança, o edifício onde moro – como boa parte dos prédios das grandes cidades neste país -, deve estar muito próximo de Guantánamo! Além dos funcionários, das grades e dos portões, há câmeras onipresentes filmando tudo.

Dias desses, como faço três vezes por semana, saí da minha “prisão” e fui à academia fazer um pouco de exercício. Afinal, nada como uma vida saudável. Ao chegar, minha entrada é liberada por um software que faz a leitura ótica das digitais do meu indicador. Imediatamente, minha foto surge na tela de um computador com o meu nome e a catraca é liberada. Um funcionário lê meu nome e me dá um bom dia robótico com um sorriso artificial.

Na academia notei que as câmeras também se multiplicam por todos os ângulos. Ou seja, enquanto me contorço como um faquir na tentativa de acertar o ritmo indicado pelo professor, alguém deve gargalhar da minha falta de jeito para aquilo. Penso que em mais de dez anos de treino não melhorei nada e que ainda devo ser motivo de chacota para aqueles que têm o desprazer de me assistir.

Ao sair da academia caminho pela Avenida Paulista e sei que sou observado por outras inúmeras câmeras privadas e públicas. Tomo, portanto, cuidado para me aprumar e finjo normalidade. Alguns minutos depois, entro em uma loja a procura de uns livros e bingo, lá estão as meninas, atentas a tudo. Sei que depois o meu comportamento, como o de milhares de outros clientes, será estudado por profissionais de marketing. Que horror tudo isso.

Deixo a livraria para ir ao  banco. Sei que serei torturado para entrar e tento me preparar utilizando recursos da minha religião. É a instituição financeira lapidando a alma, quem diria.

Como esperado, a porta trava, começo a suar e aqueles que querem entrar e sair me olham com ar de desprezo e um pouco de medo.  Seria eu um perigoso ladrão?

O segurança pede para eu tirar da mochila o material  feito de ferro, alumínio, etc. Começo a recolher as moedas, guarda-chuva, chave, caneta, celular, etc. E nada de a porta girar.

O funcionário então me pergunta o que eu quero fazer no banco! Respondo-lhe de pronto: “Comprar Novalgina”. Trocamos olhares belicosos, mas, sem saber o porquê, finalmente, fui aprovado. Aleluia.

Para relaxar me dirijo a uma conhecida casa de café e peço um expresso. Repito, para relaxar. O caixa me pergunta se eu quero a marca X ou Y. Digo X, por favor. Mais perguntas: “Normal ou com leite?”. Normal, por favor. “Salgado acompanha?” Não, obrigado, só um simples expresso, digo. “O senhor quer nota fiscal paulista?” Imagino estar enlouquecendo. “Não, obrigado” – e imediatamente lhe dou a nota de cinco reais. “O senhor teria quarenta centavos para facilitar o troco?” Meus batimentos cardíacos se aceleram, sinto a tensão de um homem-bomba antes de puxar a cordinha e “bum”, deixo o local nervoso e sem café.

Chego à minha casa com o telefone tocando. Atendo e ouço: “Sou Valéria do banco que o senhor acabou de visitar. Vamos estar fazendo um cartão de crédito com custo zero por um ano e limite de crédito pré-aprovado”? Fora do meu estado normal falo: “Vou estar pensando e depois vou estar conversando com você, está bem”? Continuo, “Agora preciso estar descansando porque acho que vou estar enfartando se não o fizer.”

Tento dormir um pouco no escuro e dessa vez é um vendedor de uma concessionária me desejando feliz ano-novo. Será que isso é possível?

Oscar Roberto Junior é ouvinte-internauta do CBN SP