Foto-ouvinte: Por um trânsito ético

Bicicleta e ônibus

Reproduzo mensagem e foto enviados pelo ouvinte-internauta Paulo Assis.

“Milton,

Li diversos comentários a respeito de morta da ciclista na Paulista esta semana. Cada um com determinado ponto de vista e ao final de todos fica uma sensação de que o que, de uma maneira geral, o que falta é EDUCAÇÃO. Educação para a população pois esta é a base que nos dá conhecimento para possamos saber de respeito, direitos e deveres.

Encaminho aqui uma imagem que me chamou demais a atenção e gostaria de compartilhar contigo.

Há dois anos fomos, eu e minha esposa, em viagem de férias para o interior de Europa. Um dos lugares que fomos conhecer foi Salzburg ( Austria ) e lá flagrei a foto que te envio em anexo, onde na faixa de onibus e ciclovia ( a inidicação do chão mostra que são uma única ) há uma freira com seu habito à frente de um onibus. Não houve qualquer insulto ou mesmo buzina para que ela saísse do caminho.

Abraços,

Paulo Assis”

Alguém se dará conta que o volume de trânsito na cidade alemã, cenário da fotografia, é muito menor do que na capital paulista e usará este fato para justificar a violência nas avenidas e ruas de São Paulo. Mera desculpa. O problema aqui, como bem ressalta o ouvinte-internauta, é de educação, respeito.

Por um trânsito ético !

3 comentários sobre “Foto-ouvinte: Por um trânsito ético

  1. Em Londres, bicicletas e ônibus compartilham também a mesma faixa.

    http://www.ciclobr.com.br/diasemcarro/bike_fora01.asp

    Pena que não tenho foto, mas meu amigo que esta lá, vai me mandar um vídeo de dentro do ônibus, para mostrar como se comporta um motorista em relação, não só aos ciclistas, mas também aos pedestres. Inclusive quero usar esse vídeo na palestra que fou preparar para os nossos motoristas de ônibus.

    Pais de primeiro mundo, não é país rico, mas sim um país civilizado.

  2. Milton
    Circulo pela av Marginal Pinheiros diariamente às 5:30hrs, hora em que o dia ainda não raiou.
    Ando pelo trecho entre R Alexandre Dumas e Rua Flórida.
    Todo dia, sem excessão encontro duas situações de extremo perigo:
    Os ônibus mudando de faixa (às vezes em excesso de velocidade), alguns até passando direto pelos pontos por onde teriam que atender, e ciclistas completamente sem dispositivo para serem vistos no escuro.
    Alguns motoristas de ônibus com certeza já levaram sustos com esses ciclistas que circulam “invisíveis” junto à guia. E não raro, ao entrar na av Marginal, quase atropelo ciclistas completamente sem dispositivos de luz p/ segurança.
    A iluminação nessa via é precaríssima ou inexistente em algumas partes.
    Assim, sem luz na pista, ciclistas escondidos na escuridão e ônibus desgovernados, não é difícil a ocorrência de acidentes. Você não acha?

  3. Helena, conheço muito bem essa situação pois sou um dos ciclistas que pedalam pela Marginal. Claro que eu ando o mais iluminado possivel, pois sei que mais importante do que um capacete é ser visto.

    Acontece que a maioria dos ciclistas que pedalam por lá, são pessoas bem humildes, com bicicletas que não devem custar mais de 200 reais e garanto que para a maioria deles, gastar 20 reais numa lanterna mixuruca seria um imenso sacrifício. O que me revolta é que a CET tem as informações dos pontos mais tensos, onde há maior indice de acidentes e nada faz.

    Poderia realizar uma campanha entre os ciclistas, distribuindo refletivos, ou mesmo instalando iluminação a dínamo, assim eles não gastariam nem com pilhas. Mas como o ciclista é tratado como cidadão de segunda categoria e principalmente esses mais humildes, não sabem dos seus direitos e não tem com quem reclamar, continuam ali se arriscando.

    Outra coisa importante, a maioria tem, pelo menos adesivos refletores, mas muitos motoristas (muitos mesmo) não andam de farol baixo ligado nesses horários. Sem contar aqueles que só andam com a lanterna a noite, algo proibido, já que é obrigatório o uso da lanterna baixa a noite.

    Procure andar não com a lanterna, mas com o farol baixo ligado, isso vai ajuda-la a visualizar os ciclistas nesses horários.

    Abraços

    André Pasqualini

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