São 111 as entidades que pedem a retirada do Plano Diretor Estratégico da Câmara Municipal de São Paulo para que a prefeitura refaça o texto encaminhado ao legislativo no ano passado. De acordo com este grupo, o Executivo propõe mudanças que vão além do que é previsto em lei; deixou de apresentar planos de habitação, transportes e de circulação viária; e não debateu o assunto com a população.
A tese é defendida na Câmara por vereadores da oposição, dentre eles Arselino Tatto (PT) entrevistado no CBN São Paulo, semana passada. Os governistas se esforçam para impedir que a medida se concretize sob a justificativa que caberá à Câmara realizar as correções necessárias e promover a discussão pública. Foi o que nos disse o líder do governo, vereador “adotado” José Police Neto (PSDB) (ouça as duas entrevistas neste blog).
A primeira entidade a assinar o texto que critica a atuação da prefeitura na elaboração do Plano Diretor é o Movimento Defenda São Paulo, seguido do Instituto Pólis, ambos com credibilidade na discussão pela intensa participação que tem no estudo e pesquisa sobre desenvolvimento urbano. Uma enorme quantidade de associações de bairros também apoia a iniciativa.
A verdade, porém, é que apesar deste esforço e do que pensam vereadores de oposição, a possibilidade de o governo municipal ter o texto do Plano Diretor de volta às suas mãos é mínima. A tendência é que os vereadores governistas mais bem articulados dentro da Câmara consigam manter o projeto por lá com o argumento de que os legisladores estão capacitados a fazer as mudanças propostas pelos apoiadores do abaixo-assinado.
Uma das opções, sugeridas pelo vereador José Police Neto, é que a Câmara se baseie nos planos de bairro para implantar as mexidas necessárias no Plano Diretor. A experiência dele é com a mobilização para realizar o plano do bairro de Perus, na zona norte da capital, que durou de seis a oito meses, e foi concluído há duas semanas.
Leia o texto completo do abaixo-assinado contra o Plano Diretor Estratégico.
Se entendi bem,o executivo paulistano propõem mudanças no Plano Diretor que vão além do que está previsto em lei.Em Porto Alegre,o perigo de mudanças no PD parte da Câmara Municipal,na qual há muita gente boa (eu escrevi “gente boa?”) interessada em alterações que permitirão aos empreendedores imobiliários aumentar a altura de espigões,em especial,os situados na orla do Guaíba (que inventaram ser lago e não rio,como aprendemos desde pequeninos) e adjacências. Seja lá como for,aí ou aqui,quem se preocupa com impacto ambiental,com certeza,não anda dormindo tranqüilo ( mantenho o trema em protesto contra todo o tipo de alterações absurdas).
Depois de tudo isso ainda insistem quem os políticos “fazem tudo em benefício do povão”.
Não é preciso “dizer mais nada”
E assim por causa da expeculação imobiliára, ganância dos empreendedores, as grandes cidades vão ficando entupidas e abarrotadas de predios cada vez mais altos,tirando a luz do sol, descaracterizando cidades, tirando a historia e os nossos horizontes, o caos!
São Paulo já passou dos limites faz tempo sobre vários aspectos.
Lamentável novamente.