Proibir motos de circular entre os carros é dos desafios mais complicados no trânsito brasileiro, depois que o presidente Fernando Henrique perdeu a oportunidade de manter a regra no Código Brasileiro, aprovado em 1997. O veto a determinação que havia passado no Congresso Nacional abriu espaço para a construção de um hábito perigoso que tem causado uma série de acidentes com mortos e flagelados. No ano passado, mais de 6 mil e 700 perderam a vida sobre motos, no País.
A frota de motocicletas cresceu imensamente nos últimos anos. De 2004 a 2008, enquanto o número de carros aumentou 35%, o de motos chegou a 82%, no Brasil. A falta de investimento em transporte público empurrou muitos passageiros para fora dos ônibus e para cima das motos. A maioria sem o menor preparo. Além disso, o excesso de congestionamento fez dos motoboys função primordial para o funcionamento da cidade.
Em meio a este cenário, o Congresso Nacional volta a carga e tenta impedir a circulação das motocicletas entre os carros. O primeiro passo foi dado com a aprovação de projeto de lei na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e agora vai para o Senado. A proposta divide opiniões.
Para o professor, especialista em segurança no trânsito, José Almeida Sobrinho, o Brasil terá de encarar este desafio, pois tem de se ter como prioridade a vida das pessoas.
Ouça o professor José Almeida Sobrinho
A criação de faixas exclusivas para motos é outra proposta em debate. São Paulo tem uma única experiência até hoje, na avenida Sumaré, com resultados extremamente positivos. Nenhuma morte foi registrada em acidentes na via, na zona oeste de São Paulo. Agora, estuda criar nova pista segregada pela avenida Liberdade e rua Vergueiro, corredor que seria criado para proibir a circulação das motos na avenida 23 de Maio.
A ideia é defendida pelo urbanista Cândido Malta que chama atenção para outra ação necessária: o pedágio urbano. Seria uma forma de restringir a circulação de carros, investir no transporte público, reduzir o fluxo de veículos e diminuir a quantidade de mortes no trânsito.
Ouça a entrevista do urbanista Cândido Malta
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Motociclistas Empregados de São Paulo Aldemir martins de Freitas, o Alemão, contesta a proibição de circulação de motos entre os automóveis e na avenida 23 de Maio, como estuda a prefeitura.
Ouça a entrevista do presidente do SindMoto Alemão (publicada às 11h54)
Mílton Jung 
Ajuda criar toda infra-estrutura possível para que o cidadão passe a usar transporte coletivo, ciclovias e criar restrições ao veículo particular.
O pedágio em o defeito de virar renda para o município, perder seu objetivo principal e jogar o trânsito para vias alternativas não pedagiadas. A geografia da cidade permite isso.
Os próximos prefeitos terão que se conscientizar que não há mais espaço para obras públicas como túneis, viadutos e outros investimentos que favoreçam o veículo particular.
Torço pela lei que reduza os riscos do motociclista. Inocente, que não percebe os riscos que corre.
Bicicleta é a solução.
Todo o mundo já percebeu isso… menos o Brasil…que construiu a patética e cara e, porque não dizer superfaturada, claro, PONTE ESTAIADA…. onde só passa carro. Pedestre e ciclista é proibido de circular nela. 😦
Creio que haverá a necessidade de uma campanha de conscientização para os motociclistas. Recentemente em viagem à Curitiba tive contato com uma campanha que segue o modelo daquelas fotos horrendas nos maços de cigarros: Um carro completamente destruído colocado no canteiro central da Br 116 com uma faixa dizendo “era para ser um fim de semana em família na praia… alcool e direção não combinam”. Creio que uma campanha onde as estrelas seriam os motoboys acidentados em situações de transito em corredor que se tornaram inválidos, seria uma boa maneira de conscientizar os motociclistas de SP.
A proibição será inócua. Não consigo imaginar o volume de motos de São Paulo trafegando pelas faixas “normais” das ruas enquantos os corredores estão todos “livres”. Simplesmente não vai acontecer. E se acontecer, o trânsito ficará ainda mais caótico pois as motos ocuparão espaços de carros. As motos são uma necessidade criada por um hábito brasileiro da comodidade e da burocracia: documento assinado, firma reconhecida, cópia autenticada. E tudo tem que ser rápido. E então as motos acabando tendo que trafegar pelos corredores. E os exageros ocorrem. Têm que haver EDUCAÇÃO e punição. Proibição radical não vai resolver.
São Paulo e seu modernismo do século XIX é impressionante.
Mais uma medida desesperada de (des)planejamento de uma (con)Gestão.
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Concordo com o Vitor, e acrescento que a Ponte Estaiada é tão grande quanto a ignorância de nossas soluções de trânsito.
Ou talvez menor.
O problema é a falta de ciclovias, o Brasil nunca investiu e nunca acreditou. Hoje Santos é um exemplo em termos de ciclovias, ela liga o Porto de Santos a São Vicente. Só neste percurso dá uns 15 km de ciclovias. A Cidade de Santos tem cliclovias para todos os lados.
Agora vamos e convenhamos, com o tanto de dinheiro que se arrecada com os IPVAS e LICENCIAMENTOS, já passou da hora de priorizar o transporte público. Fazer mais metros, mais linhas em circulação. Resolveram governar somente agora.
os problemas da cidade “são resolvidos e solucionados” na base do desespero.
Agora é tarde!
todas as soluções, ao meu ver são paliativas, para inglès ver.
Olhem estamos fazendo alguma coisa pela cidade!
Quem mandou permitir a cidade crescer da forma desordenada que cresceu?
Só podia chegar nisso que chegamos
CAOS!
Agora não adianta culpar motoboys, automoveis, onibus caminhões.
Com a micharia de quilometros que temos de metrô para completar.
O paulistano é transportado em onibus, metrô, trens que nem gado!
Então quem pode, vai de carro, prefiro taxi.
Cada moto ocupando lugar de carro na rua… Vai caber??????
Como em tudo neste país não existe planejamento, nunca levam as coisas a sério. Isso será uma forma de punir inocentes “vitimas do transito” – falta transporte publico de qualidade, metrôs, ônibus, corredores, ciclovias, estacionamentos inteligentes. Porque não fazer garagem interligada com as linhas de metrô? Vc vai até certo ponto de carro e deixa em uma garagem inteligente algo semelhante a Box, onde é possível colocar 3 ou 4 carros um em cima do outro sem ocupar muito espaço e com segurança. O metrô lucraria com tarifas diferenciadas, e a cidade com mais mobilidade, menos trânsito. Não devemos abolir o uso do carro e sim racionalizar.
Trabalhei nas ruas de São Paulo em ambos os lados “caro e moto”. O problema não são as motos nos corredores, e sim a falta de preparo, habilitações compradas, os CFC’s não tem nenhuma eficiência, os exames práticos são realizados dentro de um percurso fechado e não nas ruas, além de cada dia as ruas estarem mais estreitas, mais veículos todos os dias. Afinal ninguém quer demorar horas pra chegar ao seu destino. O pior de tudo “feito sardinha enlatada”. Coisa muito freqüente nos horários de pico. Uma coisa é vc parado dentro do carro ouvindo rádio outra é dentro do ônibus, metro exprimido. Devemos implantar faixas exclusivas pra motos como da Av. Sumaré.
E o principal de tudo, as escolas e as famílias devem ater-se é na formação de bons cidadãos.
O negócio é muito sério, acidente envolvendo motociclistas ocorrem diariamente ( risco de morte e isto também gera custos na área da saúde ), trânsito na cidade está demais, eu não acredito que pedágio urbano resolva, transporte coletivo precário, ontém na avenida Nove de Julho parada Getúlio Vargas , além da longa espera por ônibus nos dois sentidos centro e bairro, quando o mesmo chegava no ponto, não tinha condições de embarque , pois já estava amarrotado, sigo dizendo que o metrô e trêns urbanos a situação também é precária em horários de pico. Estou cansado do excesso de propaganda relacionada a transporte público, quando na realidade a situação é outra.Se para nós homens é constrangedor circular amarrotado, imagina para as mulheres, e como se agente não tem compromisso com horários.
Caros Roberto e Andréa respeito a suas opiniões, mas acredito que a medida é restringir o uso e, portanto, não me parece que o congestionamento irá aumentar. Tem defeitos sim, se a lei não for em paralelo com outras medidas que substitua as motos.
Armando e Fábio será que a medida apesar de desesperada não tinha que acontecer? Está bem, sempre nossos executivos tem um “time” inadequado, mas sempre tem que haver um início. Não é?
Não dá prá contar com os motoristas de veículos nunca errarem e bater em uma moto, assim como, não dá nunca prá contar com o erro do motociclista em fechar os veículos.
Acidentes acontecem.
Acho que é melhor convivermos com atrasos de documentos e pizzas, do que conviver com este índice de mortes.
Medida no mínimo polêmica e eu quero pensar mais sobre o assunto pois não tenho opinião formada.
Posso adiantar que tudo que foi dito por todos tem relevância e o pior de tudo são as mortes dessas pessoas.
Devo admitir que o transporte público de qualidade é imprescindível para que o cidadão comum não opte pelas motos.
Quanto aos que trabalham com as motos me parece o mais correto terem faixas exclusivas por enquanto para diminuir essa carnificina.
O que deveria ser proibido é o governo, de existir. As pessoas morrem em motos porque o trânsito de SP não anda. E o trânsito de SP não anda porque o metrô é ridiculamente pequeno e os ônibus, dispensam apresentação. A culpa de tudo isso é o descaso, de políticos incompetentes, despreparados e desonestos. Que se proíbam a existência de Vereadores, Deputados e Senadores. Morreria bem menos brasileiros, eu garanto.
E o pior de tudo lamentavelmente não estamos vendo uma luz no fim do tunel
E se por acaso vislumbrarmos a luz no fim do tunel, que não seja um trem vindo em nossa direção;
Tá muito mal a coisa no Brasil em um todo.
Será que os políticos irão conseguir deixar pior do que já está?
Cada um tem sua razão e sua verdade. Contudo, não podemos deixar de tomar uma solução porque governos anteriores não foram competentes ou permitiram a cidade crescer desordenadamente. Infelizmente é corretivo, não preventivo; mas, como tido, uma hora tem que iniciar.
O tema em questão é o perigo da moto circular entre os carros e não vamos nos ater em piora de trânsito, ser bom ou não, mas sim nas vidas dos próprios motoqueiros que estão em extremo risco todos os dias, por culpa deles sim, mas também por muitos motoristas mal qualificados.
Enquanto a gestão não é perfeita, a educação da população é alta com relação ao próximo e as habilitações não são bem feitas, temos que corrigir os defeitos.
A restrição, a meu ver, não tinha que ser apenas na Av. 23 de Maio, mas em todas as vias principais da cidade: Marginais Tietê e Pinheiros, Radial Leste, Av. Rebouças e Faria Lima, entre outras. Primeiro, porque as motos, por sua agilidade, tem condições de trafegar por vias alternativas mais facilmente e sem perda de tempo que um carro teria; segundo, porque a implantação de faixas exclusivas em caminhos paralelos também seriam mais viáveis de executar. Por exemplo: a Radial Leste, no trecho do Metrô Belém, era originalmente com três faixas e, no governo Marta, foi ampliado para quatro faixas onde os carros quase andam batendo retrovisores. Onde colocamos uma via exclusiva de moto nela? Vamos voltar a ter três faixas de carro e aumentar o já sufocado trânsito? Se não houver alternativa, seria até adepto a isto, para dar segurança a todos e desestimular o uso do carro.
Eu, por exemplo, se tivessem vias com condições de uso seguro da moto, compraria uma na hora para trabalhar e deixaria meu carro em casa para passeios com a família e viagens..
É impressionante a quantidade de mtos que vemos nas ruas de São Paulo. Mas hoje, todos dirigem de qualquer jeito. Todos têm pressa. No outro dia, andando de carro, lembrei das cenas do trânsito da Índia. Estamos nesse ponto? Acho que bicicleta não é algo viável para uma cidade como Sao Paulo, onde os lugares sao distantes uns dos outros. Deveria-se investir em transporte PUBLICO e em EDUCAÇÃO. Deu certo em Brasilia… por que nao trazer a campanha para Sao Paulo. Quem sabe o trânsito seria menos caótico?
Sou motorista e motociclista. Acho essa medida muito radical, tenho certeza que com a aprovação dessa lei mais uma vez os prejudicados serão os mais necessitados. Ouço especialista comentarem que os motociclitas precisam de treinamento e concordo. Pois alguns são muito rebeldes no transito.
Só que também acho que o treinamento vale (especialmente) para os motoristas que são muito imprudentes.
Porque a Prefeitura e outros orgãos, não providenciam placas de sinalização. Chamando a atenção dos motoristas na indicação do fluxo de motos “No corredor” nas grandes avenidas e marginais.
A marginal Tiete, responsavel pelo grande fluxo de carro, não existe sinalização, chamando a atenção para motos que circulam pelos corredores. Assim evitariamos acidentes entre carros e motos. No meu ponto de vista seria uma forma de começar a manter um bom relacionalmento entre ambos.
Ótimo, eu vou deixar minha moto em casa e vou de carro, assim eu posso fazer mais trânsito. Uma Ideia genial, vários amigos farão o mesmo, vamos nos unir aos críticos para ver o que eles acham de ficar mais 2 horas no trânsito. E se alguém acha que deveriamos andar de ônibus, vai ele ficar de pé apertado durante horas, eu não.
Ola, acho que as motos vão perder sua principal função… se aprovar “isso” ponho a minha a venda.
Vamos todos nós motociclistas andar em fila indiana… já pensou!
Concordo com o Alexandre plenamente… não largo minha moto ou carro em casa para andar de transporte publico nunca!
Olha eu só sei de uma coisa ao invés de arrumar solução para o trânsito caótico de SP eles arrumaão mais problemas para a cidade, sem investimentos no setores de transporte público nem infra-estrutura para transportes alternativos no caso das bicicletas. Como vou deixar a minha moto em casa para andar em um ônibus ou metro estremamente abarrotado de gente ?? e ainda a moto vai ocupar o lugar de um carro nas vias ja congestionadas de Sp enquanto hoje em dia chega a 180 200 Km de congestionamento com as motos vai ficar muitoooooo pior vamos chegar a recordes tipo 300 400 Km de lentidão. Eu vou pagar pra ver eles revendo a lei e deixando a moto andar no corredor novamente.
Como teste, hoje andei com minha moto como se fosse um automóvel, atrás dos outros carros…Adivinhem o que aconteceu?!Os motoristas de automóveis não respeitaram os espaços laterais de minha moto. Ora me apertavam pela esquerda, ora pela direita, além de ter recebido várias buzinadas…
Agora só falta essa merd……de pedagio urbano!!! ´Ja pagamos imposto pra ter uma moto, mas agora pra andar com ela nao da pra aguentar…imagina a cena, eu de moto na dutra, paro no pedagio, abro a jaqueta do macacao, tiro a luva, pego o dinheiro , pego o troco , guardo no bolso ja jaqueta do macacao, ponho a luva e fecho a jaqueta…pratico ne??? Pra inventar coisas pra ferrar a gente o governo presta….pra ajudar nao!!! Só nos fod………
o deputado q aprovar essa lei! eu quero q ele compre uma pizza para comemorar a sua lei, para o moto boy entregar e ele vai comer ela fria sem reclamar!!! ora senhores deputados estamos numa crise mundial tem coisas mais importantes para se preocupar como a fome e o desemprego…
Eu tenho moto e acho a proibição de circulação de motos entre os veículos muito bem vinda. O grande problema não é o motoboy (sim, porque o problema não são os motociclistas e sim os motoboys) andar entre os veículos e sim como ele anda entre os veículos. São imprudentes, não respeitam ninbuém, chutam retrovisores e portas dos veículso e, além disso, andam em alta velocidade. Dizem que a pizza vai demorar um pouco: isso é uma grande mentira, pois a pizza chega logo porque o motoboy avança sinal vermelho, entra na contra-mão, sobe nas calçadas, anda em alta velocidade, enfim, todo tipo de infração de trânsito um motoboy é capaz de fazer em uma só noite entregando pizza, mas o nosso problema é durante o dia.
Para mim tanto faz, pois das 2 formas ocorre a diminuição dos acidentes: (i) com a aprovação da lei fica proibido o trânsito entre os veículos ou (ii) sem a aprovação, ocorrem mais acidentes, logo, diminui a população de motoboys. Quem tá preocupado com os motoboys??? Os próprios motoboys não estão, pois, se um motoboy puder ele passa por cima do próprio companherio de trabalho.
Cada moto ocupando o lugar de um carro na rua e mantendo a distancia de segmento… como se coubesse..!
Esse Henrique Silva, deve ser daqueles que tem a moto empoeirada e guardada na garagem… nem deve saber como é a realidade… apenas ouve os outros falar…sem mais comentarios….