“A inauguração oficial do Estádio Municipal de São Paulo, que se realizou na tarde morna e luminosa de ontem, constituiu um espetáculo de inédita beleza e sadio entusiasmo, enchendo de alegria e legítimo orgulho os olhos e o espírito de toda a multidão ali presente às cerimônias de abertura da majestosa praça que lhe dá a primazia na América do Sul, em mais esse setor.”
Com este texto, o jornal O Estado de São Paulo abriu a reportagem sobre a inauguração do estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, apelidado Pacaembu, devido ao nome do bairro onde foi construído e inaugurado, em 27 de abril de 1940. O futebol só chegou ao gramado no dia seguinte, pois à festa de abertura reservou-se cerimônias oficiais com desfile de 10 mil atletas, entoar de hinos e discursos, com destaque a fala de Getúlio Vargas, presidente da época, e pouco querido na terra dos bandeirantes.
O aniversariante da semana voltará a sediar uma final de Campeonato Paulista de Futebol, domingo que vem, na qual o Corinthians, que não apenas jogou na inauguração como foi o time que mais vezes disputou partidas por lá, tem ampla vantagem sobre o Santos.
Não é desta final, porém, que pretendo escrever agora. Mas do Pacaembu, transformado em uma espécie de segunda casa (ou seria a primeira ?) do Corinthians ao não ter um estádio próprio capaz de receber partidas de futebol. Há 69 anos tem sido assim. E por uma dessas desavenças da administração não-profissional do futebol brasileiro, o será mais uma vez no fim de semana. Os 40 mil lugares serão poucos para abrigar o entusiasmo corinthiano embalado pela presença de Ronaldo com a camisa 9 e a proximidade do título estadual.
A festa, não do título, se é que vai ocorrer, mas de aniversário terá, este ano, em meio ao “parabéns a você”, vozes discutindo o futuro do Pacaembu e a possibilidade dele ser concedido, por 20 ou 30 anos, ao Corinthians, que passaria a ter a responsabilidade de administrar o estádio. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o secretário municipal de esportes Walter Feldmann (PSDB) estão de ouvidos bem abertos para saber como a proposta repercute na sociedade.
Moradores do bairro do Pacaembu tendem a ser contra; urbanistas estão divididos, assim como desportistas. Há interesse corinthiano no negócio. Conversas de bastidor com o diretor de marketing do Corinthians , Luís Paulo Rosenberg, e Feldmann tem ocorrido há um ano pelo menos. Fala-se em investimento de até R$ 200 mi para fazer reformas na estrutura e modernizar o local. Nada foi acertado até aqui.
A prefeitura parece disposta a só mandar projeto para a Câmara Municipal se houver acordo para a negociação. Não pretende correr o risco de perder este jogo. E, por isso, tem provocado veículos de comunicação e comunidades a debater o tema.
O Museu do Futebol e o clube social e esportivo que integram o complexo do Pacaembu estão fora da proposta. O Corinthians teria de trabalhar apenas com o estádio de futebol e levando em consideração os limites impostos pelo tombamento do patrimônio.
Corinthians 100 anos e Pacaembu 70 fariam uma ótima dobradinha do ponto de vista do investimento e projeção do negócio. A possibilidade de explorar o estádio de olho em jogos secundários da Copa do Mundo em 2010, também.
A dúvida é se o Corinthians e seus dirigentes tem competência para administrar o Pacaembu, tanto quanto Ronaldo a tem para tabelar consigo mesmo usando o calcanhar , livrar-se do marcador e encobrir o goleiro daquela distância, fazendo a bola escorregar pela rede até o fundo do poço.
No Ronaldo eu confio.
Veja mais fotos no álbum de Andre di Lucca no Flickr
Mílton Jung 
Acredito que as diferenças entre os dirigentes, que levaram as discordâncias deste Paulistão ,vieram das falas dos mesmos.
A fala de Ronaldo,, épica segundo J.G. Couto, está sendo muito mais centrada e real. Aliás, como se espera de um Rei da Vila.
O que não deve nos surpreender pois temos jogadores melhores do que dirigentes.
Na próxima quarta vamos falar das falas de todos.
Quanto ao Pacaembu, que se faça uma negociação equilibrada.
Carlos Magno Gibrail
Usei muito as piscinas do estádio do Pacaembu, que são abertas ao público gratuitamente, nos dias que não acontecem jogos. Acho uma pena, um patrimônio publico, tornar-se privado.
Ahh… Obrigado por usar minha foto na sua matéria.
O Pacaembu deveria ser repassado ao Corintians, já que é entre os grandes Clubes do Estado de SP, que não possui estádio decente.
Mais o Timão, deve também dar uma contrapartida à Prefeitura da capital paulista: Ceder suas instalações do Parque São Jorge para a administração municipal construir um centro de esportes e lazer, em benefício da população da Zona Leste.
Se o clube for cuidar direitinho do Pacaembu nao vejo nenhum problema em passar para o curintia.
Nao estou puxando sardinha pro lado do curintia, uma vez que torço para a Lusa!
Abraço,
Se o estádio tem dificuldades financeiras, porque a prefeitura abaixou os valores do aluguel do mesmo em dezembro do ano passado?
Cobra hoje cerca de 10% do valor do aluguel cobrado por outros estádios. Isso é administrar bem?
Alé disso , todo o dineheiro de aluguel que entra, não fica para o estádio, vai oara o caixa geral da prefeitura.
Se o secretário não tem competência para administrar bem , muda o secretário.
O Estádio do Pacembu não foi tombado pelo Patrimônio? como vai ser repassado para um time de futebol? é uma propriedade da cidade de São Paulo para ser usada por todos os moradores da cidade, que frequentam a piscina, a pista de cooper, e também visitam o Museu do Futebol (que com toda certeza vai virar o Museu do Corintians e vai deixar de interessar para o total da população).
Vale votar? SOU CONTRA!!! o Corintians que construa seu próprio estádio, pode aproveitar que parece que está chovendo dinheiro às custas do Ronaldo e fazer um bom investimento.
TOTALMENTE CONTRA…
E por que? Simples, todos perdem, a população principalmente, pois no momento que o S.C. Corinthians e sua diretoria tomarem conta, eles terão o direito do uso público pelo privado, e não esquecer que a população não torce para um só time.
Não podemos deixar de lembrar que o prefeito Janio Quadros cedeu um terreno em Itaquera para que o citado clube construisse lá o seu tão sonhado Estádio, e deu de presente ainda um meio moderno de transporte para época snedo a linha terminal Leste-Oeste recebeu o nome Corinthians-Itaquera.
Pergunta que não quer calar: E o que os “donos” do clube interessado fizeram durante todo esse tempo com algo que lhes foi DADO… resposta: NADA.
E o que farão com o novo presente que pelo jeito irão receber, com certeza nada também.
Fica aqui meu repudio a essa jogada FENOMENAL desse clube que é sim um dos grandes do país, mas como todos eles ficam só no papel essa grandeza.
um abraço.
O dono (POVO) foi consultado? Então não vem, que não tem.
Patrimônio público tem dono e para tal deve ser consultado.
Na minha opinião, a do POVO deve ser consultada e como vivemos numa democracia a maioria decide.
Penso eu que a concessão deveria ser o método utilizado pois nem nós, nem quem já passou e nem quem ainda irá nascer será dono sozinho do Pacaembú.
Quanto a time, empresa, agremiação, associação, igreja……..enfim não me importo (quem mais se importa e deve ser ouvida é a VIVA PACAEMBÚ) quem será o administrador, o importante é que o POVO e a cidade tenham contrapartidas.
Se for o Corinthians que seus gestores tenham capacidade para tal, pois em se tratando de clube vivem com o “pires na mão”.
Não me venham com essa balela que o “clube é nosso”.
Nunca recebi um centavo de venda de jogador e também não me interessa pagar dívida de lá .
Aliás isso não é privilégio do clube da marginal.
No Brasil existem muitos clubes com dirigentes incompetentes na maneira de gerir seus clubes.
Imaginem um estádio nas mãos desses pseudo-administradores.
Deve ser duro demais para os “curintianos” quando perguntam o endereço “do seu estádio” e local de treinamento e terem que informar que o clube fica lá no Tatuapé, na marginal sem número
Mas é isso ai, apesar de ser São Paulino
Dá logo de uma vez o Pacaembu para o curingão, desde que o tratem muito bem.
Não concordo com a transferência.
Não acredito em dirigentes de futebol.
Tudo bem que a prefeitura estaria desonerada da manutenção, mas qual a garantia que nas futuras gestões que tudo caminhará bem? Vão tomar do Corinthians se algo for desacordado? Um investimento de R$ 200 milhões, coisa de 500 mil mês em 30 anos, justificaria algum retorno? Alguma promessa de dirigente de futebol foi cumprida?
Não sei não, mas o Tatuapé e a Zona Leste é de uma dignidade impar e pode abrigar uma das maiores glórias de nosso esporte bretão. Prá que bela casa? Vale a história e o presente, prá que mais?
Quem inaugurou o Pacaembú foi a gloriosa Sociedade Esportiva Palmeiras! Não se esqueça, ou estude.
É tudo nosso,,,,,me recordo como se fosse hoje um tal de Rivaldo em 94.