Por Carlos Magno Gibrail
Palmas para ele!
A cláusula que abordaria a questão do IPI para os exportadores, que os interessados não conseguiram incluir na votação na Câmara dos Deputados, também não teve acolhida no Senado.
É o que nos garantiu a assessoria do relator da Medida Provisória 449, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), na palavra atenciosa de Ana Paula Azevedo Carvalho.
Afinal de contas estariam envolvidas quantias de R$ 250 bilhões ou R$ 53 bilhões de reais, dependendo do lado, isto é, Governo ou FIESP.
Na Câmara, segundo notícias divulgadas, não houve acordo entre os lobbies e deputados, tal o valor exigido.
E a pretensão da FIESP e de grandes empresas interessadas na liberação dos 15% do IPI devido nas exportações, envolve significativas empresas de Consultoria.
Como se costuma dizer no pugilismo competitivo, pesos pesados.
E influentes, Belluzzo e Associados e LCA Consultores. Nada menos que o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, notável no meio econômico, além da proximidade com o Presidente Lula e recém agregada no currículo a presidência da Sociedade Esportiva Palmeiras. Outro notável é o economista Luciano Coutinho, ex-Unicamp, ex-LCA e atual presidente do BNDES.
O Diretor de Comércio Exterior da FIESP Roberto Gianetti, baseado nos estudos da Belluzzo Associados e LCA Consultores, contratadas pela entidade, argumenta que a decisão via STF causará grande prejuízo a União ou acarretará a inviabilização de boa parte do setor exportador. Daí a sugestão de acordo no Congresso utilizando o mecanismo da compensação de créditos-prêmios e outros.
O Senado momentaneamente sob a luz dos refletores refugou o assunto, que melhor será tratá-lo no Executivo, embora sua origem venha de 1983. A União corre o risco de assumir um enorme prejuízo se o Executivo não tomar a rédea da negociação, evitando levar ao Poder Judiciário a decisão, ou deixar para os lobistas atuantes na Câmara, que é para onde volta a MPV 449. Além da obrigação de precaver-se da interferência dos “de casa” principalmente os consultores aparentes e ocultos.
Deixar o tempo passar só irá piorar a situação. Rapidez e transparência são ingredientes fundamentais para uma solução justa, neste que é:
“O maior encontro de contas feito na história do país”, de acordo com o próprio Gianetti.
Curioso é que tal quantia em pauta não tivesse cobertura na mídia após a votação no Senado. Não encontrei nenhuma reportagem que trouxesse esta informação da não inclusão na MPV 449 do caso dos R$ 250 bilhões ou R$ 53 bilhões. Banalizamos os bilhões?
Mas, se a imprensa não informou você pode contatar diretamente o Senado Federal e surpreender-se da facilidade de comunicação e atenção que irá receber. O Senado é 0800 612211; o gabinete do relator, Senador Francisco Dornelles é 61 33034229. Mais fácil que falar com qualquer empresa privada ou prestadora de serviço. E, não há maquinas, apenas pessoas.
Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e às quartas escreve no Blog do Milton Jung sem nunca perder a noção de quanto vale 1 bilhão
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Olás CBN!
Olás Milton!
E o fim do voto secreto? Temos (eleitores “armados” com a mídia) que fazer com que isto acabe pois se deixarmos na mâo dos nossos políticos não acabará! Em tempo: o projeto está para ser engavetado…
Abs,
Reginato
São Bernardo do Campo-SP
Reginato Andre, precisamos acabar com o voto secreto no Consgresso.
De outro lado há também uma boa discussão que é a questão do voto obrigatório para as eleições brasileiras.
Provávelmente abordaremos este tema na próxima quarta feira.
Carlos Magno Gibrail
Ola Carlos
Foi o tempo em que assistia e acompanhava as ações dos parlamentares ou os “PRA-lamentar” no canal dez a TV Senado
A coisa foi se degradando de tal forma, as bandalheiras, as sacanagens foram ficando tão evidentes que desisti de assistir a tal TV e desacreditar de vez “nêles” extensivo ao pessoal da câmara dos deputados, politicos em geral.
Agora tem o abafa no Senado impulsionado por Sarney.
Só ficar atentos aos noticiários e ler jornais.
Abraços
Armando Italo
Armando, acontece que este caso dos exportadores e sua relação com a isenção dos 15% do IPI batendo nos 250 bilhões ou 53 bilhões de reais vem de outras áreas,
É o maior valor da história do Brasil, há envolvimentos que precisam ser esclarecidos.
Além da imprensa, salvo Elio Gaspari e o Valor Econômico, não estar dando grande cobertura.
Com a agravante deste ultimo episodio que não me consta alguma manifestação.
Carlos, Só soube deste mais um engodo milionário, atraves de seu artigo. Onde está a imprensa?
É impressão minha, ou não vimos mais aparecer jovens jornalistas especializados/interessados em assuntos políticos e econômicos? Será que esta classe está sendo extinta? Todos estão dando preferência ao jornalismo esportivo?
Espero estar totalmente errado.
Destalhe: Ja vi muitos de seus artigos, “BOMBAREM” em termos de comentários. Onde estão nossos parceiros deste BLOG? Este assunto não interessa, ou tb estão acompanhando a Copa do Brasil.
Obrigado pela informação…
Abraço
Beto, você tem razão, nem a imprensa e nem os comentaristas habituais.
Trata-se segundo o diretor da FIESP do maior encontro de contas da história do Brasil.
Algo em torno de 100 bilhões de reais, com limites entre 53 bilhões de reais a 250 bilhões de reais.
Com o detalhe de que duas consultorias foram contratadas pela FIESP e ambas com relações diretas de economistas ligados ao Governo Federal.
Elio Gaspari e Valor Econômico tinham alertado da tramitação no Senado, entretanto não voltaram ao assunto sobre a inclusão da pauta na votação.
Talvez a aridez do tema afaste.
Em todo caso, agradeço sua colaboração
Abraço
Carlos Magno
Presente mestre, estou aqui. Quando existem interesses tão grandes em jogo, é melhor falar da “gripe suína”.
Fui ler a MP na íntegra e é engraçado quando tem “cachorro grande” no meio de uma negociação como a coisa ata e desata com tamanha facilidade.
Se aqui fosse um país sério, haveria a presença de pessoas com tamanha proximidade de interesse, junto ao governo?
Como o Congresso Nacional, na minha opinião se tornou a muito tempo um balcão de negócios, não me espanta em nada essa negociata.
Fazer política para mim sempre foi debater idéias e não deveria ser um toma lá da cá ,que resulta em benesses à grupos de pessoas. Lamentável esse desvio.
Prometo na próxima aula chegar no horário. (risos)
Claudio Vieira, a ordem dos fatores não altera o produto. Lembra?
Ou o sistema LIFO, last in first out ?
Bem , tudo para dizer que a sua entrada a posteriori não muda a importância e a oportunidade da mesma.
Há sempre chances de aprendermos algo. Veja que este não foi artigo que gerou muitos comentários, embora aborda tema relevante duplamente. Primeiro pelo seu valor em dinheiro envolvido, ou seja, maior caso da história “canarinho”. Depois o fato da pouca divulgação.
Enseja-me na proxima quarta levantar outro tema sugerido por um atuante economista : O VOTO OBRIGATÓRIO.
abraço
Carlos Magno
E o que tem a ver o pequeno numero de comentários com o VOTO OBRIGATÓRIO?
Tudo a ver, pois indica que a importancia do mesmo não é diretamente proporcional ao nivel de participação do ouvinte internauta ou de quem quer que seja.
Ora, no caso das eleições o VOTO OBRIGATÓRIO…bem fica para a próxima quarta feira, aqui neste mesmo lugar
Esse assunto promete. Estarei aqui a postos no memos “bat horário”, digo dia.
Quanto a “ordem dos tratores não altera a terraplenagem”, concordo com você.
Mestre Carlos, desculpe minha ignorância más não sei oque é Sistema LIFO ? Devo pesquisar no google?
Abraços
Nossa como eu sou burro, bastava ler “last in first out”.
Desculpe mestre a nossa falha, devido a pressa, se bem que meu inglês é péssimo.
Abraços.
Claudio Vieira, não concordo, pois é um termo especifico de algumas áreas, por exemplo advogados, médicos, etc não tem que saber que se referem a abreviações do inglês e são usadas em administração de materiais.
Quanto ao uso dos termos em inglês fico na posição intermediária, acho que sem exageros é aceitável. MARKETING,SITE,etc são aceitáveis. Se não caimos na do Juca Kfouri que chama site de sitio.
Abraço
Oi, obrigado pela divulgação do meu trabalho! Se precisar de alguma foto em específico do RJ, pode me pedir; pois eu acho esse tipo de comunicação via blogs muito bacana e apoio totalmente!
Grande abraço!