Por Carlos Magno Gibrail
A escola da Móoca que o Governador José Serra estudou foi para o noticiário policial; as escolas de São Paulo estão em posições surpreendentemente desfavoráveis nos rankings nacionais; professores de universidades de ponta detectam queda no nível dos alunos.
Não se educa mais como antigamente? Ou não se estuda mais como antigamente? As crianças e os jovens não são mais bem informados e espertos do que no passado ?
Acredito que a resposta “sim” vale para todas as questões acima, acrescentando que a abertura do ensino e a falta de um método cientifico de avaliação explicam a “inexplicável” situação da educação no Brasil.
Professor da FEA USP, Nelson Barrizzelli atesta o primeiro “sim”:
“Como professor universitário de uma das escolas mais conceituadas deste país, vejo com tristeza que a cada ano o nível dos alunos que chegam à Faculdade é pior do que os que chegaram nos anos anteriores. Isto é uma demonstração cabal de que estamos falhando nos níveis elementares e intermediários”.
Indagado a respeito de uma solução, pondera:
“Acredito que a educação no Brasil só atingirá níveis compatíveis com nossa necessidade de futuro, quando o ensino fundamental e o ensino médio voltarem a ter a qualidade que tinham anos atrás. Há 30 ou 40 anos um aluno que deixava a escola após o científico ou clássico tinha nível de conhecimento adequado para o seu desenvolvimento, mesmo sem acesso à Universidade”.
E dá um recado:
“Não esqueça de que tudo isso pode ser mudado se o voto se tornar facultativo. Precisamos sensibilizar a imprensa a respeito. O Milton poderia começar esse movimento no programa dele.”
A psicóloga Ceres Alves de Araújo declarou à VEJA:
“São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a entrar na onda das escolas liberais e construtivistas. O professor perdeu a autoridade e os caminhos individuais para a aquisição de conhecimento forjaram alunos autônomos , porém indisciplinados”.
O que é ruim para desafios de concursos e provas, ao contrário do perfil dos colégios campeões.
Do MEC, há três semanas, saíram sugestões entre as quais a expansão da carga horária e a interdisciplinaridade de leitura e de arte e cultura. Certamente melhorarão o cenário atual. Entretanto para melhor entender o momento é preciso levar em conta a expansão quantitativa de alunos e o crescimento da classe C neste contexto. Principalmente em São Paulo onde ela representa 55% da população. E, dos 493 colégios da cidade, 182 cobram menos de 500 reais de mensalidade. E “mensalidade é um indicador de qualidade” como lembra o Prof. Arthur Fonseca Filho do Conselho Estadual de Educação.
Daí a prova do ENEM fica distorcida e escancara uma falha gritante de avaliação. Exatamente na educação, ignora-se a técnica. Quando foi usada, em 2001 a Marplan elegeu o Colégio Porto Seguro no Morumbi o melhor da cidade, agora o 452º do ranking do ENEM.
Até mesmo um especialista, o economista Gustavo Ioschpe e colunista da VEJA fica confuso:
“É um mistério que os colégios da elite paulistana não se saíam bem no ENEM”.
O mistério é por que até agora não se aplicou a técnica usada nas eleições ou nas pesquisas de produtos, onde se respeita a amostra de mercado e a segmentação dos consumidores.
É hora de chamarmos os especialistas. Os pesquisadores de mercado, os pedagogos e os psicólogos. Inclusive para os problemas de violência, principalmente se a intenção for reabrir a rota Móoca-Morumbi.
Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e toda as quartas escreve no Blog do Milton Jung
Veja mais imagens no álbum de Andre Cherri, no Flickr

O governo não pode agir da forma que esta agindo com os policiais vem com carros novos os patios das seccionais e departamentos estão cheio deles prontos para serem entregues proximo das eleições. Criam departamentos para acomodar pessoas ligadas a politicos.
Não vamos nos dobrar mais não podemos aceitar mais migalhas somos o pior salario do brasil, temos familia, pense em sua aposentadoria e não só no agora, vamos nos mobilizar já e novamente exigir o que não foi cumprindo, que éra o minimo do minimo, pelo Serra. Há policiais que vivem de seus salarios e não de corrupção nos ajude.
Reginaldo Oliveira,
Uma das formulas é a manifestação, exatamente como você está fazendo aqui no site da CBN e blog do Milton Jung.
Outra é se mobilizar com outras pessoas envolvidas e simpatizantes.
Agir sempre é o melhor remédio.
E estamos precisando de ação.
Veja os absurdos no Senado e na Câmara.
E ainda inventam a CPI da Petrobrás para desviar atenção sobre eles.
E pior, não é problema somente brasileiro, dado que na Inglaterra surgem compras esquisitas de parlamentares.
Pelo menos lá, ficam comportados em Plenário, como cidadãos civilizados, todos sentados e prestando atenção em quem fala.
E não devem ter 20000 funcionários, nem diretor de garagem.