Desde cedo, as rádios e a TV reproduzem “Casa no Campo” para homenagear Zé Rodrix, morto esta madrugada, em São Paulo. É pouco para lembrar a trajetória musical deste carioca que tinha São Paulo como casa. Vamos ouvir, também, Mestre Jonas ou Soy Latino Americano, música que, aliás, abriu o CBN SP, desta sexta-feira. Talvez você ainda lembre do célebre jingle da Pepsi, que transtornou a Ditadura Militar.
Zé era criativo, sim. E por isso não pode ter sua obra restrita a esta ou aquela letra. E, por isso, desde o início da manhã, ouvintes-internautas do CBN SP tem enviado suas lembranças e suas preferidas. Sérgio Lopes da Rocha, por exemplo, destacou o que considera ter sido uma das mais lindas canções da MPB, Muito Triste (do LP de 1974 “Quem Sabe Sabe Quem Não Sabe Não Precisa Saber”, de Zé Rodrix & A Agência de Mágicos). E para comprovar, nos envia a letra:
Tá todo mundo muito triste
Cantando músicas tristes
E cada dia fica mais
Ninguém consegue mais se espantar
Com esse jeito tão comum de cantar
E eu posso falar, eu tiro os outros por mimTá todo mundo muito triste
Tentando ver os claros da vida
E cada dia fica mais mais difícil
Não se ver a escuridãoNinguém consegue olhar mais ninguém de frente
Ninguém consegue mais se entregar contente
Ninguém consegue mais abrir as portas do coraçãoTá todo mundo muito triste
Como se fosse quarta-feira de cinzas
De um carnaval antigoTá todo mundo muito triste
Cantando músicas tristes
E cada dia fica mais fácil cantar assimEu tiro os outros por mim
Eu tiro os outros por mim
Mestre Jonas é, sem dúvida, a minha preferida.
Hoje é dia de Rock também é daquelas que arrepiam.
A energia e a criatividade dos arranjos das músicas do Zé Rodrix eram únicas.
Vai deixar muita saudade esse gênio.
Se eu disser que Zé Rodrix pertenceu à uma época em que, o sucesso vinha de acordo com a qualidade dos musicos e compositores, estou sendo chato e saudosista?
Zé Rodrix é um daqueles nomes que é um currículo. Mesmo os que não se recordam especificadamente de nenhum trabalho, sabem que Zé Rodrix é bom. Digo “É” bom… pois seu trabalho permanece para nos alegrar e nos fazer pensar.
Zé já não está mais “Preso nessa cela De ossos, carne e sangue”… Como ele mesmo disse: “Sob a luz da lua, Mesmo com sol claro, Não importa o preço que eu pague, O meu negócio é viver”. Pois é, Zé vive pela qualidade do seu trabalho . (Música: “Jesus numa moto”)
Quero uivar uma nova alcatéia, nova alcatéia, vou meter um Marlon Brando nas idéias e sair por ai, prá ser Jesus numa moto, cheguevara dos acostamentos, Bob Dilan numa antiga foto, Cassyus Clay antes dos tratamentos, John Lennon de outras estradas, Esy rider dúvidas e eclípses, São Tomé das letras apagadas e Arcanjo Grabriel sem apocalípse………….
Nada no passado, tudo no futuro.
Que você encontre um mundo melhor!!!!!
Ola Beto
Você está corretíssimo!
Compartilho do seu pensamento
O Zé Rodrix, tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente numa festa
Era um musico completo além da sua genialidade para compor qualquer tema.
Já está fazendo falta!
Vejam só a ironia
Ele fez um chek up, “estava tudo bem” e uma semana depois morre de infarto?
Bom final de semana.
Armando Italo
Zé Rodrix deixará saudades do Rock Rural, simples, romântico, contestador… Não podemos perder a esperança de um dia ainda ter uma casa no campo, cheia de amigos do peito e nada mais.
Não podemos ser insubstituiveis só inesqueciveis.
Carlos Alvarenga