Mulheres com colchões novos, doados pela prefeitura, retornam para suas casas que ainda estão tomadas pela água da chuva de uma semana atrás, no Jardim Pantanal. A cena demonstra como são frágeis os serviços de atendimento a população e parece não sensibilizar quem toma decisão em nome dela.
No Orçamento aprovado pelos vereadores de São Paulo, na tarde de terça-feira, estão destinados apenas R$ 25 milhões para as áreas de risco. Em contrapartida, R$ 126 milhões poderão ser gastos em publicidade da prefeitura. O total previsto para a ser investido pela prefeitura em 2010 é de R$ 27,8 bilhões.
Na votação, 42 vereadores foram favoráveis e 13 contrários ao projeto de lei que define como a cidade deve gastar o dinheiro arrecadado dos impostos e outras receitas.
A imagem é do Blog Notinhas de São Paulo, de Gilberto Travesso, enviada ao CBN São Paulo por e-mail
Mílton Jung 
Milton, ouvi hoje você dizer na CBN que a secretária de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Pena, vai propor uma taxa contra enchentes, é isso? Quase não acreditei. É muito desaforo, a gente ter agora que pagar a conta da má administração e do lixo que parte da população despeja nos rios e nas ruas. Por que não cobrar taxa de quem suja a cidade? Enquanto isso, a verba para enchentes é cortada do orçamento, e mantida a verba recorde para publicidade da gestão Kassab. É muita falta de respeito, sei lá que nome tem uma coisa dessas. Após seis dias de inundação, ainda há bairros alagados. Mas o prefeito e seus auxiliares não estão mais interessados, viraram a página para os dias de enchentes… até a próxima inundação. Afinal, estamos perto das festas natalinas e ano novo… Só interessa embelezar – maquiar – a cidade com ornamentos natalinos, fazer eventos e mais eventos, atrair turistas. Estou “por aqui” de tantos eventos nessa cidade. Principalmente no centro, onde moro, e tenho que conviver com poluição sonora e visual, sujeira, e piora em dias festivos. Já bastam os camelôs, essa praga que torna o centro um inferno.