Por Carlos Magno Gibrail
Os últimos dias do ano são os de menor audiência nos meios de comunicação.
É por que não há interesse das pessoas? Ou por que os assuntos apresentados não são desejados?
Efeito Tostines reverso (vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?), porém decifrável, pois manter hábitos e sistemas do passado, como repetir programas e fazer retrospectivas de notícias, é no mínimo desconsiderar o presente. E, não testar o futuro.
Segundo a BBC o diário inglês “Financial Time” constituiu um painel de jornalistas para efetivar previsões sobre o ano novo, 2010. Ao invés de gastar espaço com noticias e fatos passados, que estão á mão de leitores, ouvintes e telespectadores através da contemporânea internet.
Cada um respondendo pela sua respectiva área fez a previsão – política, econômica, esportiva, etc. Nada mau um dia de economista para jornalistas.
Os jornalistas britânicos do “Financial Time” previram, do campeão da Copa do Mundo de futebol até o próximo presidente do Brasil.
E, por que não seguir o raciocínio Freakonomics (o economista Steven Levitt e o jornalista Stephen Dubner, descobriram que nos Estados Unidos as piscinas matam mais crianças do que os revólveres, a legalização do aborto diminuiu a criminalização em New York, porque os homens-bomba devem fazer seguro de vida, ou porque o preço do sexo oral caiu tanto nos últimos anos), e indagar se os veículos de comunicação não estão deixando de atender uma demanda potencial pela oferta de produtos?
Se existem mais pessoas de férias não há mais tempo para leitura de jornais e revistas, para ouvir programas de rádio ou para assistir a televisão?
Vale a pena investigar e analisar. Mas, jornais e revistas com conteúdo reduzido e amanhecido, rádios e TVs acionadas pelo terceiro escalão e reprisando programas e entrevistas, não servem como base de estudo.
Um dia de economista para renomados jornalistas prevendo 2010 nas suas respectivas áreas de especialização seria no mínimo divertido, atraente e de interesse para cada uma das matérias em que atuam e certamente para os consumidores – leitores, telespectadores, ouvintes e internautas. Sem considerar a torcida posterior para acompanhar o alcance do acerto ou do erro. Dependendo da aposta.
Eu pagaria para ver. E você?
Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e escreve às quartas no Blog do Mílton Jung. E deve aos seus leitores as previsões para 2010.

Carlos Magno,
como disse Drummond:
“Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para diante vai ser diferente”.
A gente simplesmente arreia!
Mas, levanta outra vez e recomeça.
Feliz recomeço.
Beijo,
ml
refletir sobre o que fizemos e o que precisamos melhorar sim, devemos. Mas remoer coisa velha…
a baixa audiência de programas “retro” é explicável… é uma espécie de mecanismo anti-spam, que nos ajuda a filtrar os chatos da TV, do rádio e da internet; a maioria já não está mais com disposição para passar por estes suplícios, de ficar bestando ‘fatos que marcaram’ o ano que passou. A vida é curta e só em casos de extrema necessidade devemos condescender e desperdiçar nosso tempo com coisas assim.
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Maria Lucia, o interessante é que a natureza efetivamente é sábia.
Ao segui-la não há êrros.
Como sabemos o papa Gregório a respeitou ao estabelecer o calendário anual.
Bom ano.
Abraço
Carlos Magno
“Deixa a vida me levar, a vida leva eu………………”
“Zeca Pagodinho”
A natureza sabe o que faz, no momento e na hora certa.
Basta saber respeitá-la.
Respeitar os nossos próprios limites.
Dar tempo ao tempo.
E tudo poderá ir em harmonia.
Por isso que considero o ato de velejar como uma arte e existe muita filosofia dentro deste contexto.
“De bordo em bordo, respeitando as forças das marés, dos ventos, das forças da natureza, da estrutura “das nossas embarcações”, com calma, tecnica, persistência, mesmo diante da lentidão em que um veleiro se move na água, teremos muito mais condições de apreciar e desfrutar da natureza e chegar ao destino” com segurança.
Abraços a todos e feliz 2010.
Armando Italo
Junior ‘Jota P’, eu não sei o que é mais desinteressante, se as retrospectivas ou se as reprises.
A unica certeza é que há uma incerteza se realmente não existe audiência neste período.
Armando Italo, seguir e respeitar a natureza é aconselhável.
Repetir o passado não é natural, talvez coisa para alguns “idosos”, na medida em que se fala que a juventude vive de esperança e a velhice de saudade.
“Idosos” não é no sentido de lei mas de comportamento.
A retrospectiva é inevitável e cansativa. Tive o exemplo hoje aqui em casa ao ligar a máquina de lavar, estragada e sem conserto. Lembrança de 18 anos de casamento, como não lembrar. Ao mesmo tempo, o preço e o meu pouco dinheiro me fazem refletir que este ano começa como terminou o outro correndo atrás pra repor o que veio no passado e algumas prestações para programar o futuro. Bom pelo menos agora com um painel digital. Oh vida repetitiva! Sorte que esta retrospectiva só eu preciso assistir.
Abração e obrigado pelos momentos felizes no ano novo.
Christian Jung
Chrstian Jung, pelo menos essa retrospectiva é particular e vai gerar um produto novo, com menor consumo. Só precisa ter mais carinho pois os equipamentos modernos exigem mais delicadeza.
Para o ano novo novo futuro se repetirmos o ultimo será uma boa.
Grande abraço e cuide bem do Fusca
Carlos Magno
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