Avalanche Tricolor: De Rondonópolis para o Japão 2011

 


Araguaia 1 x 3 Grêmio
Copa do Brasil – Rondonópolis (MT)

Quatro vezes campeão, sete vezes finalista, copeiro. Poucos sabem tanto quanto o Grêmio como são complicadas as estradas que levam ao título da Copa do Brasil. Neste ano, começou em Rondonópolis, 210 quilômetros de distância da capital Cuiabá, no sudoeste do Mato Grosso, apenas metade do caminho de onde veio o primeiro adversário, Alto Araguaia, terra de gente valente, lutadora.

É preciso coragem pra dividir a bola com um zagueiro que encara este como o último jogo de sua vida ou um atacante que enxerga a rede como a única garantia de que terá comida no prato no dia seguinte. Por isso, é quase um ato de bravura entrar em campo nestas primeiras rodadas da Copa. E para premiar os bravos, a CBF oferece a oportunidade de eliminar a segunda partida em casa se houver vantagem de dois gols de diferença jogando fora.

O Grêmio saiu atrás no placar, empatou, virou e se classificou para a próxima etapa por antecipação. Antes disso, assistiu a mais uma excelente atuação de Vítor; demonstrou que Mário Fernandes é o melhor defensor que temos; pela primeira vez comemorou alguma coisa boa dos pés de Rochemback – duas, se contar a sola que deu em uma dividida de bola (desculpa, eu vibrei !); e comprovou que Borges tem o espírito de goleador.

Fez dois gols na partida, dez na temporada e dá de goleada na disputa paralela com Washington, do São Paulo: 10 a 2. E não me venham com este papo de desqualificar o adversário.

O homem é matador. Tá na cara. Tanto quanto o Grêmio nasceu para ser campeão da Copa.

Já comecei a arrumar minhas malas para Japão 2011.

5 comentários sobre “Avalanche Tricolor: De Rondonópolis para o Japão 2011

  1. Milton, conforme externei minha opinião anteriormente, Borges é goleador.
    No SPFC tinha sombra, que ele não gosta.
    Tem jogador que fica mais motivado com substituto no cangote, Borges não.
    E, ainda temos que ouvir que o futebol daqui é ruim.
    Pena que o Souza não esteja jogando.

  2. Milton, bom ler este otimismo e que alguém enxerga o que te bom tivemos ontem. Eu só acho que não temos na casamata um técnico com o espirito de Grêmio. Não podemos consagrar nosso goleiro contra o valente e humilde Araguaia.
    Saudações tricolores, Steffen

    • Concordo, Marcelo. Não com a crítica ao técnico, mas ao time que ainda não fez uma apresentação a altura de nossa expectativa. Quanto ao Vitor, ele é vítima de uma defesa que é mais fraca do que a do ano passado, pois perdemos o Revér. Todas as vezes que o Grêmio saiu do esquema 3-5-2 a vulnerabiidade do setor se acentuava. Neste ano, não tem esquema que segure, só nos resta o Mário Louco Fernandes

  3. Já vi muito time famoso iniciar a Copa do Brasil obrigado a fazer dois jogos contra o mesmo – e modestíssimo! – adversário. Não cito exemplos para não deixar ninguém ofendido. Sei que vou seguir ouvindo a ladainha dos comentaristas profisssionais e amadores: o Grêmio não tem bons laterais,a defesa ficou fraca,os dirigentes só se preocuparam em reforçar o ataque,etc. e tal. Mas e daí?

    • Pablo,

      Curioso é ouvirmos críticas de que o Grêmio só se preocupa com o ataque, logo nós sempre acusados de jogarmos um futebol fechado, retranqueiro e toda aquela “ladainha dos comentaristas profissionais e amadores”. Agora que a turma podia arrumar um zagueiro melhor, não tenho dúvida. Aliás, será que lá pelos paises do Plata não tem um Anchieta, De Leon … louco para jogar no Imortal.

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