Por Carlos Magno Gibrail
Preconizadas e advertidas por Lula, surgem as “gracinhas” dos políticos em ano de eleições. Petróleo, PSIU e até mesmo horário de jogo de futebol. É a síndrome da derivação. Mexe-se naquilo que já está andando, enquanto há uma enormidade de problemas a serem resolvidos. Entretanto o escapismo não é aleatório, é intencional, pois se mira na base dos patrocinadores e/ou nos eleitores.
É o caso de SP. O vereador Apolinário (DEM) conseguiu mudar o PSIU, entidade que vagarosamente, mas consistentemente vinha evoluindo, com o argumento aparente de corrigir uma distorção de conceito e de sistema de medição. Discordava do valor atribuído à multa, relativo ao tamanho do ambiente gerador do ruído, e também da forma em que se media, pois propôs levar o controle para o local da reclamação e não o da origem.
Esta aparente confusão de origem e destino de som que, aliás, desconsidera a resolução No 1/90 do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente, que remete à ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10 151 e 10 152, tem o intuito de criar obstáculo para as reclamações ao PSIU.
Da denúncia anônima e medição no local emissor à denúncia identificada e controle na sede do denunciante com presença do denunciado e de testemunha, é um passo e tanto para o fim das reclamações ao PSIU.
Acusar as denúncias de falsas porque das 180.900 das quais o PSIU compareceu 140.000 vezes e multou apenas 6.032, é concluir exatamente o inverso.
É a mesma contramão de raciocínio que, de um lado embala os argumentos do Projeto Apolinário, quando na verdade está prestando serviço às Igrejas que falam com Jesus através de cânticos e sermões em altos brados. De outro, conflita com o Prefeito Gilberto Kassab, do mesmo partido, e José Police Neto (PSDB), líder de Kassab na Câmara Municipal. Ambos discordaram de Apolinário, com veto e voto contra, respectivamente.
Procuramos entender com Police Neto como São Paulo pode retroceder tanto, na poluição sonora, após ter um feito com a poluição visual, mais difícil e menos importante. Afinal foram extintas milhares de empresas, enquanto aqui se discute apenas o controle dos emissores de som acima das normas. Ao que, com a autoridade de quem votou contra o Projeto Apolinário, disse que o retrocesso tem conserto apresentando um novo Projeto. Ação que acredito provavelmente se fará, dada a reação da população. Ao mesmo tempo, José Police chama a atenção para o fato de que a fiscalização sobre o limite de horário da 1hora da manhã é fácil e está de pé.
Na entrevista realizada por Mílton Jung na segunda-feira, na CBN, ficou evidenciado que o Projeto Apolinário visa atender às Igrejas, eleitorado base do vereador, e foi usado para negociar apoio de outros partidos para contrapartidas de votação. Não se sabe quem votou em quê.
O Prefeito e seu líder estão preocupados com o bem estar da população. Talvez porque :
Olho no céu e vejo
Uma nuvem branca
Que vai passando
Olho na terra e vejo
Uma multidão
Que vai caminhando…
Roberto e Erasmo – Jesus Cristo
Palavras que refletem emoções ou emoções que são refletidas em palavras, não precisam de altos decibéis para serem ouvidas, absorvidas ou sentidas. A multidão sabe disso. Aguardemos as próximas eleições.
Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda, escreve às quartas no Blog do Mílton Jung e convida o eleitor, independentemente de credo, cor partidária ou gênero, a gritar contra lei do barulho

José Cascão,comentário 38
Esta proposição “dente por dente, olho por olho” em situações limites é tentadora.
No caso mais grave que tive com o Clube do Professorado Paulista, na avenida Morumbi, quase cheguei a instalar um alto falante potente em minha casa, dirigido ao dito Clube.
Não houve necessidade, pois resolveram antes disso.
Grande abraço
Beto, comentário 46
Na verdade a sugestão foi para que o blog fosse criação sua.
Que tal?
Roberto Tatemoto, comentário 48
Adiciono o corporativismo dos advogados.
É o mais intenso.
Você não pode se defender, tem que contratar advogado.
Você não pode falar, tem que se submeter ao ritual medieval das audiências.
Você tem que pagar impostos para que a classe juridica seja a mais bem remunerada, tenha férias de mais de 60 dias
Você tem que chamá-los de doutor, mesmo não tendo tal titulo
E ainda tem que assistir algumas absurdas interferências, como a de obrigar a contratação de negros nos desfiles, como se na promotoria existisse quotas. Ou tirar do jornalista a profissão como exigência ao seu exercicio e ainda ter comparação com os cozinheiros. Além de igualar o advogado aos médicos e engenheiros nas possibilidades de risco à população.
Claudio Vieira,comentário 49
Não estou sugerindo que assuma mais uma ação, mas que assessore os nossos colegas e amigos aqui do BLOG DO MILTON, para que possam adotar o SERRA e/ou a DILMA.
Indiquei inicialmente o Beto e o Armando Italo.
Você não quer ajudar a convencê-los?
Como você sabe estas coisas são trabalhosas mas confortantes . Os resultados sempre aparecem.
Veja agora o caso do PSIU.
Grande abraço
Carlos,
Depois dos 43 anos – tenho 46-, deixei de ser atleta e dirigente de Clube. Estou vivendo o delicioso papel de torcedor com “vuvuzela” em punho.
Como diz a Abigail Costa: “Quando eu sinto que não dá, eu não forço“. Este tipo de jogo, exige o contrário: O atleta tem que ter disposição para ultrapassar limites.
Inspirado em Dora Estevam: Me dedico para ser o Beckham(torto) de minha mulher.
Inspirado em Maria Lucia Solla: Me dedico ao jogo da vida com amor.
Inspirado em Joana Jatobá: Estou cuidando de meu gramado.
A Dilma: Não vejo talento para animadora de torcida
O Serra: Se não conseguir ter a alegria dos jogadores do meu Santos F.C., vai perder de goleada
Cláudio Vieira,
No time idealizado pelo ilustre gremista Milton Jung, vc é sem sombra de dúvidas o atleta principal. Portanto, desrespeito a lei do silêncio e lhe homenageio com palmas barulhentas.
Beto,comentário 56
Com toda essa inspiração é uma pena seguir estas orientações femininas do BLOG DO MILTON JUNG ,e não levar em frente como titular a ADOÇÃO DA DILMA ou a ADOÇÃO DO SERRA
Vamos ver se convencemos o Armando Italo.
Olá pessoal, são 4h21′ e eis que numa incrivel coincidência pelo tema aqui abordade, surge um problema da região do Morumbi. Casa à venda é alugada para festa.
O PSIU não atende ocorrência em residência.
A PM atende no 190. E sempre funciona, embora não seja uma fiscalização especifica, pois é mais no sentido de solicitar volume mais baixo e identificar drogas e similares.
Acabei de efetivar a denúncia,bom atendimento como normalmente ocorre.
Como um passe de mágica o som parou e a gritaria também. Não deve ter dado tempo para a chegada da ronda da PM.
De qualquer forma fica sempre a pergunta, como o ser humano é espaçoso. Numa região silenciosa desembarca com caminhão de toneladas de som, aciona uma gritaria estéril, ou talvez nem tanto, apenas resultado de estados de êxtase provocado e dane-se os cidadãos em redor.
Esperamos a segunda feira, quando vamos denunciar o imóvel na sub prefeitura do Butantã.Temo que dentro da lei não há muito o que fazer. Veremos!
Fazia tempo que não vivenciava situação semelhante. E lá se foi mais uma madrugada . O ser humano é realmente um animal que precisa ser controlado.
Beto (57) A Lei não fala nada sobre palmas barulhentas, portanto estão liberadas! Risos.
Abraço forte amigo.
Mestre (58) Quanto a casa alugada para a festa, devemos unir forças novamente e combater todo tipo de poluição sonora na nossa cidade.
Eu acho que o proprietário devia ser chamado para uma orientação de bate-pronto. Acho que devemos aproveitar que o Milton levantou a bola na CBN e devemos cortar e fazer um ponto para a cidadania!
Quando falar com o Regis Oliveira (Butantã) não esqueça que o senhor não estará sozinho. Como eu disse por aqui mesmo ele tem a mania de usar a burocracia para se explicar!
Explica mas não se justifica!
Ele é um subprefeito muito sério em seu trabalho mas nas vezes que o procurei a tal área de COMPETÊNCIA sempre foi usada como resposta as minhas denúncias! Vamos mudar isso?
O Adote um Vereador através da minha pessoa já está galgando degraus com alguns vereadores e estou em contato muito próximo com o Deputado e procurador Dimas Ramalho, aqui de São Paulo, para evoluírmos nesse problema.
Estou otimista, vamos aguardar os próximos capítulos!
Faço questão de trazer aqui para o munícipe paulistano nos ajudar nas mudanças que a Lei do Silêncio Urbano necessita nessa cidade e porque não, neste país.
O Vereador Joogi Hato está com um PL na CMSP para obrigar bares à fechar 24 horas, se possível as 23 horas!
Vamos acompanhar, replicar o PL por aqui e convocar os munícipes para pressionarem a CMSP para votar o PL?
Quem puder mande sugestões para aprimorar o PL!
Bom domingo silencioso por aí!
Cláudio Vieira, comentário 60
Que bom ter notícias sobre um Projeto de Lei ainda em gestação! Grata pela oportunidade de acompanhar o assunto e dar sugestões.
Espero que os vereadores busquem orientação em dados da Organização Mundial de Saúde, entre outras coisas.
Aqui vai um trechinho que acabo de copiar do site “Cérebro & Mente – Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Neurociência”:
“Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes .”
(http://www.cerebromente.org.br/n16/opiniao/dormir-bem1.html)
Mas ninguém precisa de conhecimentos científicos para saber que crianças e adolescentes necessitam de mais horas de sono do que os adultos, pois isto é senso comum. E são muitas as crianças e os adolescentes que frequentam creches ou escolas no período da manhã e têm que acordar cedo. Adultos que acordam cedo também merecem respeito às suas horas de sono tranquilo.
Num próximo comentário pretendo deixar algumas sugestões.
O tema poluição sonora frutifica bem aqui no espaço do texto de Carlos Magno e comentários, então agora trago para cá o link que remete a um comentário meu com perguntas, que ficou isolado na “Pauta do dia no #cbnsp 26.03.10”, em http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/miltonjung/2010/03/26/pauta-do-dia-no-cbnsp-26-03-10/#comments
Aqui vão algumas sugestões para redução do volume de queixas ao PSIU e legislação
O Promotor de Justiça Darci Ribeiro, em entrevista a Milton Jung, salientou que o Psiu já não dá conta do grande número de queixas há bastante tempo. E parece que a prefeitura não cogita um grande investimento na estrutura do PSIU.
Por outro lado, é praticamente impossível conter o volume de voz de grupos de pessoas que passam horas bebendo cerveja, conversando e rindo. Isto sem mencionar os donos de bares e clientes deliberadamente mal-educados, arruaceiros.
Nas zonas mistas, onde as residências convivem com o comércio, há crianças e adolescentes que precisam de muitas horas de sono, há adultos que dormem cedo, há moradores e trabalhadores que necessitam de concentração e silêncio para atividades de trabalho, de estudo ou de lazer e devem ser respeitados. Nestes lugares os bares sem proteção acústica deveriam fechar entre 20 e 22 horas, no máximo.
Bares sem proteção acústica poderiam funcionar durante a noite e a madrugada em zonas estritamente comerciais.
As mesas nas calçadas ainda merecem ser discutidas sob o ponto de vista da transitabilidade, além do barulho (bem que a Mara Gabrilli poderia contribuir nesta discussão).
Calçadas também são conhecidas como “passeio público” e têm sido transformadas em extensões de bares. Mais uma perda para quem vive nos arredores e transita por ali.
Além disso, suponho que o que a Prefeitura arrecada permitindo este tipo de uso das calçadas não dê para pagar a estrutura necessária ao Psiu para dar conta das queixas da vizinhança.
Acredito que estas pequenas mudanças na legislação possam diminuir consideravelmente o número de queixas ao Psiu, assegurando os direitos de quem quer descansar e preservando a diversão de quem quer se encontrar com amigos num bar.
Há quem pense como eu por aqui?
Claudio Vieira,comentário 60
Como estava imaginando esta questão de festas em residências desocupadas não será tão fácil de solucionar definitivamente.
Em todo caso o primeiro passo positivo foi dado hoje. A Folha publica matéria no caderno Cotidiano á página C4 com o sugestivo título:
“Casas para alugar viram boate no Morumbi”
De qualquer forma, vamos à luta. As empresas que estão usando as casas para as festas fingem que os eventos são particulares. Com direito a campanhas na internet e venda de ingresso por cambistas.
É inacreditável a tendencia que alguns patricios tem de desocupar áreas adequadas e se intrometer em locais estritamente residenciais.
A briga é boa e a lei é o melhor caminho. Como não existe vamos procurar criá-la. Topa?
Madelise Varallo,comentário 61.
Muito boa a sua contribuição.
Excelentes links.
Madelise Varallo,comentário 62
Concordo com todas as sugestões, inclusive no caso das calçadas há a questão dos cadeirantes, hoje tão em voga em função da positiva exposição do tema na novela VIVER A VIDA da TV Globo.
Mestre Carlos magno,
Pergunta feita: A briga é boa e a lei é o melhor caminho. Como não existe vamos procurar criá-la. Topa?
Pergunta respondida: Só se for agora!
Em tempo: São 17:30 e o Vereador Police Neto acaba de retirar da pauta do dia para votação o PL do Joogi Hato que entre outras coisas quer diminuir o horário de fechamento de bares e similares sem isolamento acústico de 1 da manhã para meia noite ou quem sabe 23 horas.
Tomou uma alfinetada do vereador e Presidente da casa, Antonio Carlos Rodrigues.
Vereador Antonio Carlos Rodrigues perguntou:
– Vereador Police Neto o senhor é a favor do barulho após a meia noite?
Vereador Police Neto respondeu:
-Gostaria de analisar melhor o PL já que estaríamos mudando uma Lei em vigor do próprio Joogi Hato ……..!
Pessoal aqui do Blog do Milton vamos ficar de olho nisso assim como na revisão do PDE!
Milton Jung, Carlos Magno e Cláudio Vieira
Milton Jung levanta o assunto, ouvintes se manifestam por vários meios e em várias páginas deste blog, Milton Jung mantém o espaço para as manifestações dos ouvintes e o excelente texto de Carlos Magno “convida o eleitor, independentemente de credo, cor partidária ou gênero, a gritar contra lei do barulho”.
Cláudio Vieira acompanha de perto vereadores e traz notícias sobre um Projeto de Lei em andamento, convidando : “Faço questão de trazer aqui para o munícipe paulistano nos ajudar nas mudanças que a Lei do Silêncio Urbano necessita nessa cidade e porque não, neste país.” … “Quem puder mande sugestões para aprimorar o PL!”
Aproveito a alegoria do Beto (comentário 57, entre outros) pra cumprimentá-los pelo belíssimo time. Parece que o esforço de vocês vai resultar em ganhos para a cidadania. Assim seja!
Sou grata pelo acolhimento de minhas reclamações e sugestões.
Madelise Vallaro,comentário 62
O Milton Jung leu o seu comentário no programa de hoje . Escrito e oral, ficou muito bom.
Carlos Magno
Eu ouvi no rádio a leitura das minhas sugestões e fiquei muito satisfeita pela pela oportunidade de compartilhá-las com os demais ouvintes. Torço para que tenham repercussão.
Hoje, 5ª feira, ouvi na CBN SP parte de uma entrevista com o vereador Jooji Hato sobre o problema do barulho, do horário de fechamento dos bares e sua proposta de mofificações na lei.
Procurei comentários dos ouvintes e lugar para também me manifestar, mas tive dificuldade para achar o espaço adequado no Adote um Vereador. Eu, que não tenho muitas habilidades para me movimentar na internet, achei difícil explorar aquele site.
Procurei reprodução daquela entrevista no site da CBN e também não encontrei.
A todos desejo boa Páscoa, bom Pessach, bons feriados.
E até segunda, com as forças renovadas.
Madelise Varallo (70):
Esse é o caminho que procurava, sobre o Vereador Joogi Hato no Blog, para postar suas opiniões maravilhosas?
http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/miltonjung/2010/04/02/sem-sofa-na-casa-mal-permanece/
Boa Páscoa!
Olá, Cláudio Vieira,
Dei uma passadinha por aqui em busca do link citado no comentário 61 e encontrei suas dicas e seu simpático apoio no comentário 71. Obrigada!
Eu escrevi para o vereador Jooji Hato propondo limites mais significativos, mas ele disse que sofre muitas pressões para reduzir o horário de funcionamento de bares sem isolamento acústico em zonas mistas e que não ousa propor nada em torno de 20 ou 22 horas, embora concorde que isto seria o melhor.
Vamos ecrever para os vereadores? Já enviei e-mails para alguns.
Madelise Varallo (72)
Parabéns à você por sua cidadania!
Sua ajuda é fundamental para alavancarmos essa maneira fantástica de utilizar a internet par propôr, sugerir, criticar, parabenizar……enfim exercitar a cidadania a qualquer tempo.
Nós fazemos a diferença, ao invés de ficarmos somente reclamando de tudo e de todos, arregaçamos as mangas e vamos à luta!
Sim, devemos enviar e-mails sempre! Dá certo na maioria das vezes!
Se não responderem enviamos para o “SPC” de e-mails não respondidos (CNER). Risos.