Sem sofá na casa, mal permanece

 

O Brasil é adepto a política do sofá. Basta tirá-lo que o marido não será mais traído, pensam seus defensores. Nesta semana, duas ideias comprovam que aumenta cada vez mais o número de adeptos a tese. Em Londrina, a Justiça proibiu a venda das pulseiras do sexo, adereços coloridos usados por adolescentes que significariam cada uma um tipo de relação com parceiros (de beijo na boca à sexo oral, podendo passar por todo o espectro sexual). Uma menina de 14 anos foi estuprada por três jovens, um maior de idade, e a pulseira está condenada. Melhorar a educação, fortalecer varlores e incentivar a relaçao pai-filhos, deixa pra outra hora.

Sobre a proibição da pulseira do sexo falamos no Liberdade de Expressão, dessa quinta-feira, no Jornal da CBN

Em São Paulo, cada dia surge uma novidade em defesa do silêncio urbano, depois da desastrada tentativa de implantar a lei do barulho, na Câmara Municipal. Agora, o vereador Jooji Hato (PMDB) pretende fechar os bares à meia-noite. Seria matar dois coelhos com uma cajadada só (se o politicamente correto assim me permite escrever): ninguém mais incomodaria o vizinho e a violência diminuiria, diz ele. Tornar o serviço do PSIU, matido com nossos impostos, mais eficiente é coisa pra mais tarde.

Ouça aqui a entrevista do vereador Jooji Hato e suas explicações

Sobre o assunto, aliás, a Luciana Marinho conversou com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Percival Maricato que lembrou que estes projetos de lei tem como origem a incapacidade das autoridades de tratar os grandes temas: “É gorjeta, lei seca, antitabagismo, manobrista, cardápio para o cego, cadeira para o gordo, a espuma do chopp e o lugar pra cachorro”, disse na entrevista que você pode acompanhar aqui.

Com a campanha eleitoral beirando, sugiro que alguém erga a bandeira: “Abaixo, o sofá !”

16 comentários sobre “Sem sofá na casa, mal permanece

  1. Olá Milton!
    Eu ouvi a entrevista de ambos, a do Jooji hato, foi hilária, uma vez q ele se colocou como quem “é do bem” contra, quem frequenta bares, “são do mal”, parecia um discurso do Odorico Paraguaçu.
    Qto a do Percival Maricato, foi muito mais esclarecedora e objetiva.
    É Adote o seu vereador, talvez seja a unica saida.
    []’sss

  2. Quero saber se Percival Maricato reside em rua barulhenta, com botecos/baladas ao lado de casa, violência, assassinato, arruaça, gritos, buzinaço, forró, axé, pagode, drogas, estacionamento em cima da calçada e o escambau a quatro, até sete da matina ou durante o dia inteiro. Diversão à custa da intranquilidade alheia tem nome: baderna, desrespeito ao próximo (aliás, isso sim é baderna, e não greve de professor). “Seu direito termina onde começa o meu.” Não é por acaso que, em situações de perturbação do sossego alheio, quando a lei não cumpre seu papel e/ou falta educação a quem não está nem aí com o direito do outro, esse outro toma atitude extrema: vai lá e dá um tiro no desordeiro. Foi isso que fez o cidadão que queria dormir mas não conseguia, graças à desordem promovida por vizinhos seus, os quais foram chamados à atenção, por ele, sem resultado. É assim que funciona, quando pedimos para alguém fazer silêncio: o efeito é o oposto. Quando alguém que tem o sono ou a paz interrompidos se irrita e atira objetos no alvo de sua intranquilidade, ah! Isso não pode… Perdi a conta de quantas vezes precisei levantar da cama, na madrugada, para telefonar à polícia. Isso lá é vida?

  3. Esse é mais um daqueles PL para criar boas polëmicas. Já fazia um tempinho que Jooji Hato estava quietinho. Muitos ainda lembram do PL dele para acabar com a garupa de motos (muitos ficaram furiosos com o projeto), e não será diferente desta vez (é só pesquisar no Twitter pelo nome dele).
    Agora que bom que a Luciana Marinho cobrou para ele responder os e-mails para o #AdoteUmVereador, afinal não dá para ficar correndo atrás dele dentro da CMSP a toda nova polêmica. Já vi que o vereador que dar trabalho mesmo é para o padrinho dele, rsrs.

  4. Na entrevista que deu à CBN SP, o Sr. Percival Maricato até demonstrou bom senso no que se refere à necessidade da criação de locais específicos, longe de residências, para que os bares sem proteção acústica possam funcionar sem prejudicar a maioria da população, que não está dentro de bares se divertindo. Concordo com a necessidade desta medida, mas não deixemos de exigir, da lei, soluções imediatas para o problema do barulho, que é sério e já prejudicou o crescimento de crianças e adolescentes, já prejudicou a saúde e a produtividade de estudantes e trabalhadores e isto não pode continuar assim.

    Procurei conhecer um pouco mais sobre o posicionamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, presidida pelo Sr. Maricato e encontrei seu apoio à “Lei do Barulho” criada pelo vereador Carlos Apolinário em matéria do Jornal do Comércio, em 18/03/2010 (http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?id=41138).
    Aqui vão alguns trechos da matéria:

    “A discussão em torno do assunto promete esquentar nas próximas semanas. Defensor dos bares, o diretor-jurídico da Abrasel, Percival Maricato entende que não há ilegalidade na nova lei. Ele entende que a nova legislação corrige injustiças que foram cometidas contra os donos de bares. Agora, as mudanças seriam “realistas”, segundo sua avaliação.”
    Outro trecho:
    “Com a nova lei, Maricato entende também que denunciante e denunciado ficarão frente a frente. Ou seja: é o fim do anonimato do autor da reclamação. Além do mais, a medição ocorrerá dentro da casa do autor da denúncia e na frente do dono do bar ou qualquer outro estabelecimento supostamente barulhento.
    Possibilidade de confronto? Não é o que pensa o diretor-jurídico da Abrasel. Pelo menos não é essa a intenção dos donos de bares de restaurantes, segundo ele. “Recomendamos que os comerciantes tentem viver em harmonia. É uma oportunidade para que os dois lados conversem e cheguem a um acordo”, disse.

    Fui ao site da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (http://www.abraselsp.com.br/noticias/item/152) e encontrei notícias sobre a aproximação entre esta entidade e “nossos” vereadores:

    ABRASEL SP promove almoço com vereadores
    19/12/2008
    “O evento teve como objetivo a aproximação entre os representantes dos setores de gastronomia e os vereadores.
    A Abrasel SP, em conjunto com as associações: CEBRASSE, SPC&VB e o SESVESP, realizou em 01/12/2008, no restaurante Terraço Itália, um encontro entre os vereadores eleitos em 2008 e os representantes dos setores de gastronomia, serviços, turismo e lazer da Capital Paulista. O evento foi coordenado pelo diretor jurídico da Abrasel SP, Dr. Percival Maricato e teve como objetivo a aproximação entre as entidades presentes e os vereadores, no intuito de obter uma maior interação na elaboração de projetos que propiciem o desenvolvimento mais harmonioso da capital, a geração de empregos, o aprimoramento dos serviços, a preservação do meio ambiente, a melhoria da qualidade de vida e a atração de turistas. “

    Outro trecho se refere diretamente ao Psiu:

    “Ricardo Bartoli, Presidente da Abrasel SP, expôs alguns pontos que estão prejudicando o setor da Alimentação Fora do Lar, como a Lei do Psiu, seguida da Lei que obriga os bares e restaurantes a encerrarem suas atividades comerciais a uma hora da manhã, prejudicando o faturamento dos estabelecimentos e aumentando o índice de criminalidade decorrente da falta de movimento e iluminação na cidade, além de privar a população de opções de lazer e gastronomia.”

    No final do artigo aparecem nomes de vereadores que compareceram ao almoço:

    “Os vereadores presentes Adílson Amadeu (PTB), Celso Jatene (PTB), Cláudio Fonseca (PPS), Eliseu Gabriel (PSB), Gilberto Natalini (PSDB),Gílson Barreto (PSDB),Goulart (PMDB),Ítalo Cardoso (PT), Juliana Cardoso (PT) e Soninha (PPS) foram unânimes na aprovação da iniciativa da Abrasel SP, em organizar as entidades e promover o evento com o objetivo de unir forças e alinhar os interesses e necessidades de cada setor, visto que estes representam milhares de empresas contribuintes que geram centenas de milhares de empregos diretos e indiretos, e que têm uma parcela significativa no crescimento econômico da maior cidade da América Latina. O vereador Celso Jatene colocou a importância de formar uma comissão individual para o turismo, lazer e gastronomia para que se obtenha resoluções mais efetivas, além de propor que a iniciativa de estreitamento das Associações com o Legislativo se tornasse uma constante, pois desta forma os vereadores se manterão atualizados quanto às questões importantes que afetam o desenvolvimento da Capital Paulista.”

    Para cada “cidadão que tem o direito de se divertir” e que se embebeda e grita em um bar, à noite, há várias famílias nos arredores que perdem o sono e a tranquilidade.

    Nós, cidadãos comuns, pagadores de impostos mas não contriuidores de caixa de campanha eleitoral, nós que somos maioria e que somos prejudicados pelo barulho, nós que não convidamos vereadores a discutir nossos problemas em nossa casa durante um almoço, nós precisamos de leis muito claras que defendam nossos direitos e de que estas sejam cumpridas. Quem fará jus aos nossos votos?

    • Madelise,
      Parabéns pela sua pesquisa. As informações levantadas apenas comprovam a ideia de que não devemos jamais ver as pessoas como se o mundo fosse dividido em mocinhos e bandidos. A cada situação, uma reflexão. E a partir disso nos posicianamos a favor ou contra. É o que nos diferencia daqueles que fazem a política no País, na qual sou a favor ou contra algo pelo simples fato de o projeto ter sido apresentado por este ou aquele partido.

  5. também ouvi a entrevista. Não sabia se ria, se chorava ou me indignava, na fala do Percival, em defesa dos coitados que precisam de diversão. Até parece que os comerciantes estão preocupados com segurança para a população – no caso, a falta de iluminação e o movimento trazido pelos bares abertos, justamente os locais que provocam baderna, violência… Só p/ilustrar: numa noite, às 23h, uma vizinha minha saía do metrô Anhangabaú, quando deu de cara com um corpo ensanguentado na calçada do metrô, encostado num boteco. O assassino saiu do bar em que estava, telefonou à polícia e informou calmamente: “Acabei de matar minha mulher.” No boteco ao lado do meu prédio, nessa mesma região do Anhangabaú, são comuns cenas de bate-boca, agressões, provocados por frequentadores dos botecos. Também gosto de me divertir, acho que não existe quem não goste. Mas, a meu ver, o assunto em pauta é a desordem, o barulho, o desrespeito contra quem tem DIREITO de dormir, de estudar, de trabalhar, de ver um filme, de ler um livro, de conversar com amigos etc. etc. etc. Numa coisa tenho que concordar com ele: a necessidade de áreas exclusivas para o funcionamento de “lugares para diversão” – aspas são minhas -, nos quais incluo, além dos bares, botecos, boates, restaurantes, lanchonetes, pizzarias etc. E, tem mais: o que dizer daquele comércio que usa a calçada para suas mesas, cadeiras, como se fizesse parte do imóvel, impedindo a passagem de pedestres?

  6. Milton

    Obrigada pelo acolhimento que encontrei neste blog.

    Concordo com você, é simples demais ver o mundo dividido entre mocinhos e bandidos. No pedaço da entrevista com o vereador Jooji Hato que ouvi na CBN SP houve uma argumentação dele neste sentido: “os bons X os maus”. Vejo que acabou provocando, em alguns, uma reação tão estreita quanto aquela argumentação. Pena que ele, como médico, não usou seus conhecimentos sobre saúde para defender seu projeto de maneira mais objetiva. Se assim fizesse teria contribuído mais para a discussão.

    Eu gostaria muito que o tema da poluição sonora fosse pensado a partir de referências como saúde e bem-estar da população e maiores possibilidades de convivência pacífica entre os moradores da cidade. Sem paixões ou rejeições pré-estabelecidas em relação a quem propõe soluções, examinemos as propostas e a quem elas serviriam. Como você bem formulou: “A cada situação, uma reflexão. E a partir disso nos posicianamos a favor ou contra.”

    Por isso é que adorei a iniciativa de criar um espaço para comparar a posição de todos os vereadores em relação à “Lei do Barulho”.

    Aqui vai um link para enriquecer a discussão, é matéria sobre a importância de cada noite de sono para a aprendizagem, para a saúde, para a produtividade no trabalho e menciona também alterações de humor e irritabilidade causadas por noites mal-dormidas (isto, em certas circunstâncias, pode sim favorecer atitudes violentas, principalmente se houver atrito com pessoas alcoolizadas ou entre pessoas alcoolizadas).
    http://www.jornaldaeducacao.inf.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=722

    Por falar em link, espero que o áudio da entrevista venha a funcionar, vi que você se preocupou com isto.

    Tenha uma boa semana.

  7. Fechar e cortar é o que sabe fazer o Governador e o prefeito de São Paulo. O Serra, quando houve racionamento de Energia elétrica por 8 mêses, era o ministro do Planejamento (governo FHC)…
    P$DB e DEMO governam São Paulo desde o governo do Franco Montoro, isso já há 28 anos. E nada de novo acontece, mesmo tendo maioria na Assembléia Legislativa e Cãmara Municipal. E tem gente que ainda defende essa tralha espalhando o preconceito. O estado de São Paulo está inoperante e incompetente há 28 anos. Chega.

  8. Milton Jug:

    O áudio da entrevista com o vereador Jooji Hato está funcionando, obrigada!

    Carlos Vieira :

    Falou pouco, mas falou bem!

    Emily:

    Escrevi e-mail para o vereador Jooji Hato apoiando o fechamento dos bares sem isolamento acústico mais cedo, porém pedindo que este limite de horário baixasse para algo entre 20 e 22 horas, no máximo.
    Ele respondeu para o meu e-mail, dizendo que compreende e concorda, mas as pressões já são muitas com o limite proposto para a meia-noite.

    Mandei e-mails para outros vereadores também, através do site da Câmara Municipal de São Paulo (http://www.camara.sp.gov.br/vereadores.asp). Clicando no nome de cada vereador aparece uma janela com informações sobre ele, endereços de seu e-mail e de seu site. Clicando no endereço de e-mail abre outra janela com espaço para você se identificar e espaço para escrever e enviar a mensagem.

    Vamos nós pressionar também? Afinal, os eleitos para nos representar precisam dos nossos votos e têm seus salários pagos com nossos impostos.

  9. Milton,

    Fuji da idéia central do seu texto acima para focalizar as propostas do vereador Jooji Hato, com as quais concordo por viver em um bairro cheio de barzinhos com mesas nas calçadas e ter longa experiência em conversar com dono de bar, discutir com dono de bar, fugir de dono de bar que queria tirar a máquina fotográfica das minhas mãos, ouvir insultos e palavrões no meio da rua por parte do dono do bar, chamar Psiu com frequência e ser atendida muito raramente, ir pessoalmente à subprefeitura, pendurar cartazes em postes pedindo silêncio na calçada, etc.

    Fechar o bar mais cedo é tirar uma fábrica de sofás da sala.

    Em todos estes anos de barulho a única coisa que dava para discutir era a eficiência do PSIU. Neste momento está ao nosso alcance a possibilidade de limitar as fontes de barulho. É uma oportunidade rara! Está ao nosso alcance? Não sei, mas vou tentar, insistir, gastar todo o tempo que puder batalhando, pois depois desta chance só restará discutir de novo a eficiência do PSIU, que sempre será menor do que a demanda.

    Não quero ser pessimista mas, a julgar pela maneira como brotam bares nas esquinas de meu bairro, creio que teremos o resto da vida para discutir a eficiência do PSIU.

  10. Madelise, sua iniciativa do link é bem-vinda, ainda não pude abrir mas com certeza o farei. Grata pela contribuição. Para alguns vereadores já escrevi. O que sinto falta na população brasileira é interesse para tomar alguma atitude, mobilizar-se. É como se as pessoas, por preguiça, conformismo, deixassem para os outros a tarefa de reclamar, exigir, entende? Não sei se no meu bairro, mais pessoas têm se mexido pra tentar resolver o problema da poluição sonora. Quem sabe se as pessoas se unissem, daria em algum resultado, né? Sei que em alguns bairros, isso funciona. Não é o caso da minha região e do meu prédio – a dona de um boteco mora no meu prédio! De qualquer forma, continuarei na luta pelos meus direitos. Espero que nossos “representantes” tenham a sensibilidade para lidar com a questão em pauta e a “lembrança” de que são eleitos com nossos votos. A prefeitura de SP avançou na questão da poluição visual. Poderia fazer o mesmo com a sonora.

  11. Emily,

    Não sei quantas pessoas vão escrever para vereadores. Eu mandei e-mail para alguns amigos, espero que estes amigos – ou pelo menos alguns deles – escrevam parea vereadores e encaminhem o e-mail para outros…

    Tanto no e-mail que enviei ao vereador Jooji Hato quanto nos e-mails que enviei para outros vereadores e para meus amigos, eu fiz questão de salientar que o fechamento de bares à meia-noite ainda é muito pouco para garantir uma boa noite de sono a quem acorda cedo, a crianças e a adolescentes que precisam de muitas horas de sono.

    Ressaltei que justo seria que os bares sem isolamento acústico, situados em zonas mistas fechassem entre 20 e 22 horas, para garantir tranquilidade à vizinhança. O vereador respondeu dizendo que ele também pensa assim, mas não conseguiria aprovar este limite de horário na Câmara.

    Não é por isso que deixarei de pleitear o que considero justo. O que ele vai conseguir é outro capítulo…

    A ABRASEL, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, que tem como presidente o Sr. Percival Maricato, gostou mesmo foi da “Lei do Barulho” e acho que vai pressionar os vereadores para que nem votem este projeto do vereador Jooji Hato. Veja aqui a posição da entidade, o título é: ‘Deveriam ter vergonha dessa lei’, diz presidente de associação de bares de SP (http://www.abrasel.com.br/index.php/atualidade/item/5854/).

    Não sei que outras forças pressionam estes vereadores, mas não duvido que tentem conven$ê-los (perdão pelo erro ortográfico) de que os vizinhos é que devem colocar vidros e portas anti-ruído em suas casas, com ar condicionado para as noites de calor. Quem não puder que se mude para um sítio.
    Quem ganha dinheiro fazendo barulho à noite não está nem aí para quantos não conseguem dormir e trabalham mal no dia seguinte por causa de um bar, mas se um garçon do bar perder o emprego por queda nas vendas de cerveja… lá vem o argumento dos empregos. Como se garçons não pudessem servir outras coisas durante o dia. E os vizinhos que durmam na tranquilidade do dia e arranjem empregos noturnos.

    A Coca-Cola está ganhando muito dinheiro com sucos de frutas, na onda das bebidas saudáveis.

    Bem, por ora acho melhor desengolir a “pílula do Dr. Caramujo”.

    Desejo que você tenha muito sucesso (que nós tenhamos).

    Ainda vamos comemorar vitórias num Happy Hour, hahaha.

  12. é , Madelise… esse argumento em favor da geração de empregos, pra mim, não cola. Imagine se patrão vai pensar dessa forma… como se ele estivesse muito preocupado com desigualdade social/desemprego no Brasil. Nós que brigamos pelo direito ao sossego temos motivos de sobra. Minha família , que mora em outra cidade, passou pela mesma situação, quando um boteco e um templo evangélico tornaram-se seus vizinhos. Aquilo era o inferno na terra. Minha família preferiu mudar-se. Já a minha cunhada entrou na justiça contra os donos de uma lanchonete que promovia altos embalos varando a madrugada, o que perturbava os estudos do meu sobrinho. Você vê: a mãe dele foi à lanchonete, tentou um diálogo com os donos, sem sucesso, porque os comerciantes só estão interessados numa coisa: $$$$$$$$$$$$$$$. Infelizmente, é desse jeito que funciona.

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