Avalanche Tricolor: Uma noite perdida

 

Grêmio 1 x 1 Vasco
Brasileiro – Olímpico

Gremio e Vasco embaixo da água

Havia chovido quatro horas seguidas antes de a partida se iniciar, em Porto Alegre. A previsão era, inclusive, de granizo. Mas o árbitro Héber Roberto Lopes entendeu que havia condições de se jogar futebol.

Choveu durante todos os 45 primeiros minutos. E com vento forte a atrapalhar. Isto não foi suficiente para ele cancelar o jogo. Talvez tenha se iludido com o fato de as duas equipes terem conseguido marcar gols logo no início (quando a condição do gramado era apenas precária).

As equipes retornaram para o segundo tempo embaixo d’água, e sofreram até o fim com um aguaceiro que apenas aumentava a cada minuto. Nada, porém, convenceu o árbitro de impedir a continuidade da partida. A chuva era tal que ele foi incapaz de enxergar um pênalti no minuto final que favoreceria o time da casa – se é que não viu.

Muitos dos poucos torcedores que foram ao estádio, na noite desta quarta-feira, vaiaram o técnico Silas e a diretoria gremista assim que o jogo se encerrou, descontentes com a campanha do Tricolor (imagino que ninguém esteja feliz).

Deveriam, no entanto, ter se indignado com o principal personagem deste triste espetáculo aquático encenado no Olímpico. Faltou responsabilidade ao árbitro Hérber Roberto Lopes que desrespeitou o público e expôs atletas profissionais a um risco desnecessário.

A lamentar, ainda, o fato de que no intervalo e fim do jogo não houve nenhuma declaração dos jogadores contra a autoridade que permitiu a realização deste evento. Deveriam ter tido a coragem de pedir o cancelamento da partida por total falta de condições para a prática esportiva.

Esperar, porém, que jogadores de futebol se unam em defesa de seus direitos talvez seja um pouco demais, já sinalizaram em várias oportunidades de que são incapazes de se articular sem que estejam sob a tutela de seus empresários.

É uma pena. Desperdiçou-se uma noite de futebol, no estádio Olímpico.

3 comentários sobre “Avalanche Tricolor: Uma noite perdida

  1. E pensar que um simples BENCHMARKING com o tenis resolveria grandes problemas do futebol…
    Recursos eletrônicos e representação total dos jogadores.
    Assim é o tenis, com o desafio e a ATP. É a ATP (Associação dos tenistas profissionais )quem manda no tênis profissional.
    Já imaginou ao invés de FIFA existir uma FIFP, Federação Internacional de futebolistas profissionais?

  2. Correto Milton.
    1. Ninguém protestou contra o absurod de se jogar nestas condições. Pior é escutar do árbitro que enquanto não tiver nenhum problema de integridade fisica dos jogadores, ele seguiria o jogo. Vai esperar alguém quebrar a perna?
    2. Sabe porque isto ocorre? Porque se o árbitro cancela a partida, não recebe e fica fora da próxima escala. Que amadorismo.
    3. Mais amadorismo é teu time ter um penalti claro no final do jogo e o treinador absolver o árbitro, o vice nem comentar e o presidente ficar “chateado”. Árbitro este que erra seguidamente contra o nosso time, é só fazer um histórico breve.

  3. Árbitro, que põe em risco a integridade física dos jogadores ao os obrigar a atuar em gramados nas condições em que se encontrava o do Estádio Olímpico,deveria ser processado por esses sindicatos de jogadores,que existem não só para levar à justiça questões trabalhistas envolvendo os profissionais do futebol.

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