Por Milton Ferretti Jung
Sou profundamente grato a São Paulo. Nada mais oportuno do que fazer agora e aqui neste espaço, com imenso prazer, esta confissão. Afinal, esta cidade está comemorando 457 anos de sua fundação. Pode alguém, curioso, perguntar o porquê da gratidão que estou revelando. O que levaria um gaúcho, nascido em Caxias do Sul, Cidadão de Porto Alegre por obra e graça da Câmara de Vereadores desse município, que somente deixou o pago a serviço, no tempo em que era narrador de futebol, a declarar abertamente o seu agradecimento a esta metrópole muitas vezes visitada apenas por obrigação profissional?
Como não estou escrevendo um livro de mistério, sem mais delongas, explico: em dezembro de 1990, um rapaz muito chegado a mim, ao ser convidado por um colega de trabalho para o seu casamento, que se daria em São Paulo, desembarcou para ficar poucos dias. Era o que seu pai pensava. Ledo engano (este, de fato, ledo, ao contrário de outros assim nomeados sem a mínima razão para tal). Ah, o jovem voltou, sim, a Porto Alegre, mas, para meu espanto, já contratado pela TV Globo e com ordem de retornar no início de janeiro para assumir o seu primeiro emprego longe da casa paterna. O espanto, é bom dizer, não foi porque lhe faltassem qualidades. Ocorre que foi levado à Emissora para um teste. Testes são difíceis, quem não sabe, especialmente numa televisão assistida em rede nacional.
O moço, que havia começado a carreira na Rádio Guaíba, onde lidava, no início, com esporte amador, matéria que apreciava porquanto, nas noite vagas, jogava basquete no Grêmio,passara por curta experiência no SBT,suficiente,porém,para que se encorajasse a viver distante de sua Porto Alegre. Da Globo foi para a Cultura, da Cultura, para a Rede-TV e, concomitantemente, para a CBN, na qual apresenta ,hoje, como sabem muito bem os paulistas e quem acompanha rádio pela internet, um programa voltado para esta cidade que está completando mais um aniversário, o CBN São Paulo.
Os leitores deste blog, alguns pelo menos, já ouviram esta história. Desculpem-me os que a conhecem. Escrevo aqui a convite dele, Mílton Jung, meu filho, há 20 anos perfeitamente integrado à cidade que abraçou como se sua fosse,na qual constituiu família ao casar com Abigail Costa Ferretti Jung, união que me rendeu os netos Gregório e Lorenzo.
Milton Ferretti Jung é jornalista, radialista e meu pai. Escreve toda quinta-feira no Blog do Mílton Jung (o filho dele)
Como parte desta história, apareço, de radio-ouvinte. Na época eu estava cumprindo descanso em casa por conta de um tratamento de saúde e comecei a ouvir rádio para passar o tempo. Seguindo conselho de uma amiga, sintonizei 90,50. Ouvia o dia inteiro!
Meu vizinho, um professor universitário chileno, me disse:
“Ah! Milton, é filho do grande apresentador gaucho, Milton Ferretti Jung. Há tradição de rádio na família!”
Faz mais de dez anos e seguimos radio-ouvintes, internautas, comentaristas, comentadores e articulistas no blog e no rádio eu e a melhor parte da população desta cidade. A gratidão que você tem, temos nós aqui também.
Abs
Milton pai, isto é São Paulo, o lado bom desta cidade, produto desta dedicação de brasileiros oriundos de outras terras nacionais.
O Milton filho certamente não está naquela posição dos moradores que gostariam de deixar a cidade.
A cidade agradece.E, o Rio Grande do Sul e Grêmio devem saber que o consulado gaucho e gremista tem endereço certo na CBN São Paulo. Diariamente das 9h30m até ao meio dia.
Milton,
E assistir a SP como você deve fazer, imagino, seja ainda mais difícil de compreender esta cidade, pois os programas de televisão, em especial os de fim de tarde, tendem a generalizar os problemas da metrópole e transformam uma enchente em Santo André em “caos em São Paulo”; ou um protesto de motoristas de ônibus no extremo leste da capital, em “protesto para São Paulo”. Quando sabemos que SP é multifacetada, tem uma dimensão impressionante e desequilíbrios de toda ordem, para o bem e para o mal – o que deveria restringir a generalização do noticiário.
Prezado Milton Pai
É com muita satyisfação que leio os seus artigos aqui no blog do Milton Filho.
como paulistano nato, certamente São paulo em comparação com outras cidades, tem muito a oferecer.
Sem desmerercer as outras capitais obviamente.
Mas vale lembrar que se São Paulo tivesse politicos realmente interessados pela cidade e pelos seus eleitores, não legislassem somente em causa propria, certamente São Paulo seria uma das cidades melhores do mundo para viver.
O que estraga são Paulo são os politicos, com raríssimas excessões.
Grande abraço
Armando Italo
http://www.blogdoaitalo.blogspot.com
Sr. Milton (Pai)
Na terça-feira após o programa seu filho gravando um depoimento sobre o aniversário de S.Paulo disse “Parabéns São Paulo, a cidade que eu adotei” depois fora do ar disse “que os gauchos não me ouçam…”
Acredito que os gaúchos devem estar felizes por ter alguém representando seu estado na maior cidade do Brasil. Quem conhece um pouco de sua história sabe que isto tudo não caiu do céu no colo dele, foi através de muita batalha.
Batendo um papo depois do programa ele nos falou do carinho e o respeito que tem pelo Senhor, cheio de orgulho. São Paulo deve agradecer pelo grande homen que o Senhor colocou no mundo e o destino quisesse que viesse morar nesta cidade.
São Paulo é uma metrópole com muitas coisas boas, e essas todos mostram, nós que fazemos parte do dia a dia do Milton ajudamos a mostrar as coisas ruins que existem. Afinal temos muita coisa boa para acrescentar a esta cidade.
Também somos gratos aos gaúchos, por nos darem o previlégio de conviver com o Milton em São Paulo.
Abraço.
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Tds as boas dizimas já foram ditas,
então,
tenhão tds um ótimo dia, tarde, noite, rsrs…
ps: os políticos, seja a cidade qual for, só mudarão, qdo nós o POVO mudarmos, pensando num todo e não somente cada qual com seu umbigo e sua prole…
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ass: Douglas The Flash
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http://eujafuiprejudicadoporservicospublicos.wordpress.com/
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Prezado,
Milton Ferretti Yung,
a Festa da Uva, tradição da cidade gaúcha de Caxias do Sul, começou na capital do Estado, quando o Viscount presidencial ali aterrissou, conduzindo Jânio Quadros, D. Eloá e sua comitiva.
O percurso para Caxias foi feito por estrada de rodagem. Trabalhadores e camponeses, enfileirados nos dois lados da rodovia, saudaram o Presidente da República com tão entusiásticos vivas e palmas que quase lhe arrancaram lágrimas de emoção.
O encontro entre Jânio Quadros e Leonel Brizola resultou mais proveitoso e cordial do que imaginavam os políticos de todos os partidos. D. Eloá, descendente de gaúchos, percorreu demoradamente a exposição e recebeu as homenagens das moças que enfeitavam os stands. – A presença de Vossa Excelência nesta solenidade restabelece a tradição do comparecimento do Presidente da República à celebração da Festa da Uva de Caxias do Sul. Com estas palavras, o governador Leonel Brizola saudou o presidente Jânio Quadros no momento em que era inaugurada a Exposição Agro-Industrial daquela cidade.
As importantes conversações políticas, horas depois mantidas entre o presidente e o governador, desenrolaram-se à margem de uma das festas populares mais bonitas do Brasil. Na semana da Festa da Uva, as grandes colinas cobertas de vinhedos que rodeavam a cidade pareciam ser transplantadas para o Centro de Caxias. Toneladas de uvas faziam o cenário de fundo para louras moças que, no recinto da exposição, enfeitavam os stands dos vinicultores.
Estes eram os industriais mais orgulhosos do brasil. Seus produtos adquiriram um importante papel na economia do País e estavam sendo exportados. Um capítulo à parte das alegres comemorações era a eleição da Rainha da festa. Helena Luiza Robinson, no momento em que era coroada, ouviu a piada de Jânio: – É uma uva!
Abraços de quem o admira,
Nelson Valente
Sou de Porto Murtinho, uma cidade pequena que fica no Pantanal de Matogrosso do Sul e estou em Sampa desde 1980. Engraçado é que saí de Porto Murtinho depois de uma grande enchente de 1979. Vim morar na Vila Maria e por coincidência ou não peguei 5 enchentes na região daquelas de perder tudo. Continuo morando na Vila Maria, nessa tempestade de domingo a água chegou na minha rua mas por sorte a casa ficou livre das águas. Mas apesar desses contra-tempos adoro São Paulo. Entre pontos positivos e negativos para mim Sampa tem muito mais de positivo do que de negativo. Aprendi a amar Sampa. e como diz aquela canção do Beto Guedes São Paulo é uma ilha de ancorar corações. E ainda bem que aqui temos Mineiros, Gaúchos, Cariocas, Baianos, Nordestinos, Argentinos, Paraguayos, Americanos, Italianos e pessoas de todos os lugares do País e do Mundo. Ferretti, linda história. Sampa é de todos nós. Somos cidadão da Terra como diria o grande poeta Sergio Dias.
Cidadão da Terra
Os Mutantes
Composição: Sérgio Dias
Não sou daqui nem sou de lá, eu sou de qualquer lugar
Meu passaporte é espacial, sou cidadão da terra
E a minha vida é toda verdade e eu não tenho mais idade
E o meu passado é o meu futuro,
E o meu tempo é o infinito
A minha língua é o pensamento, só falo com o olhar
Minha fronteira é o coração de todos meus irmãos
E a minha vida é toda verdade
E eu não tenho mais idade
E o meu passado é o meu futuro
E meu tempo é o infinito…
Olá! Milton ( Pai ),
Quero dizer-lhes que no ano de 2001, meu sobrinho foi transferido de São Paulo para trabalhar na cidade de Porto Alegre, graças a isto já estive varias vezes na linda POA, assim com seu filho adotou a Sampa como sua cidade, eu noto que meu sobrinho Marcio também adotou a POA como sua cidade de coração, haja visto que neste final de ano ao reunirmos aqui toda a familia, lá estava ele e esposa na cozinha nos brindando com o verdadeiro arroz carreteiro, churrasco gaucho e cantando com toda animação o hino do RGS, foi um momento solene e muito lindo que só uma Tia paulistana poderia registrar e com orgulho poder dizer tenho uma familia gaucha. Abraços