Avalanche Tricolor: Agora é pra valer

 

Nova Hamburgo 2 x 0 Grêmio
Gaúcho – Olímpico

Novo Hamburgo é cidade bem cuidada (ao menos era na época em que morei em Porto Alegre), próxima da capital e interessante para quem gosta de calçados. Hoje, estava em festa devido ao centenário do time da casa. Mesmo com todo o respeito que tenho pela cidade colonizada por alemães, dou-me o direito de escrever esta Avalanche de olho no futuro.

Antes que você, desavisado, me acuse de estar sendo prepotente ao não dar bola pro jogo desta tarde, entenda o seguinte: o Grêmio com uma rodada de antecedência havia conquistado tudo que era preciso até aqui neste primeiro turno de campeonato. Líder, isolado e distante de todos os demais adversários – inclusive aquele que você um dia já ouviu falar – entrou em campo para cumprir tabela, literalmente.

Tudo bem, havia uma atração em especial: a estreia de Carlos Alberto que vestiu seu número preferido, o 19, e mostrou que tem personalidade suficiente para ajudar o time no maior dos nossos desafios nesta temporada, a Libertadores. Precisa apenas ser mais bem apresentado aos seus companheiros, coisa que os próximos treinos serão suficientes. O vigor com que voltou para roubar bolas, confesso, me surpreendeu, porque o jogo distribuído com precisão e a forma como leva a jogada já conhecíamos.

Carlos Alberto se unirá a um elenco em formação que ainda precisa de alguns ajustes neste início de temporada, mas que está consciente da importância que damos a competição que se inicia, efetivamente. Até então, havíamos apenas entrado em campo para provar que merecíamos o lugar conquistado no Brasileiro 2010; e o fizemos muito bem contra o Liverpool do Uruguai, como conversamos em Avalanches anteriores.

Na quinta-feira, o Olímpico Monumental será cenário de nosso primeiro passo em busca do terceiro título da Libertadores quando teremos como adversário o Oriente Petrolero, da Bolívia. Ninguém espere um jogo e tanto na estreia. Como falei, ajustes ainda são necessários: dar confiança à defesa, acertar a ala esquerda, calibrar o passe no meio de campo e afinar a conclusão no ataque. Até mesmo o elenco precisa ser fechado.

Nada disso – absolutamente, nada disso – será suficiente para tirar do time que entrar em campo, seja quais forem os escolhidos de Renato, uma marca inconfundível do futebol gremista: a nossa gana pela vitória.

Confira e me cobre: cada bola será disputada como se fosse a última, toda dividida como se fosse vida ou morte e nenhuma jogada estará perdida sem que antes sangue e suor escorram pela nossa nova camisa tricolor.

Porque é assim que forjamos a história do Imortal. E assim será a partir desta quinta-feira, na Libertadores.

2 comentários sobre “Avalanche Tricolor: Agora é pra valer

  1. É meu amigo. Eu já senti na pele o que é ter o Carlos Alberto por perto.

    Belo começo.

    Eu ainda não entendi por que certos times contrantam “certos” jogadores ?

    Aspirina no estoque, é um bom conselho.

    Abraços

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