Água suja e escassa: a culpa é sempre do outro

 

 

Lixo na Represan Billings

O problema é grave, me preocupa, mas a culpa é do vizinho.

Esta é a percepção que eu tive de como pensam as pessoas que moram na Região Metropolitana de São Paulo quando o assunto é a escassez e poluição das águas. A opinião delas foi apresentada em pesquisa inédita encomendada pelo Comitê de Bacias Hidrográficas do Alto Tietê na qual o Ibope ouviu 1008 moradores do maior aglomerado urbano da América do Sul.

Dos entrevistados, 85% dizem que nossos hábitos de consumo ajudam a destruir rios, córregos e mananciais e 66% entendem que o maior desperdício ocorre nas residências. Porém, quando são perguntados sobre o comprometimento para colaborar com a preservação das águas, 74% responderam que não se empenham muito.

“Nós precisamos economizar, precisamos cuidar, precisamos fazer mais, mas quem está desperdiçando é o vizinho”. Foi assim que o presidente do Comitê, Marco Bertaiolli, que também é prefeito na cidade de Mogi das Cruzes, descreveu o comportamento do cidadão diante do tema. Por outro lado, ele ressaltou a importância de que há, atualmente, a consciência da sociedade para o risco de escassez, pois 94% das pessoas disseram estar preocupadas com o desperdício. Um outro dado é que 84% acreditam que o Brasil enfrentará falta de água a médio e longo prazo.

O que fazer diante disso ? – perguntou o Ibope. Ou o que o vizinho pode fazer ? – pergunto eu.

Leia este artigo na íntegra no Blog Adote São Paulo

4 comentários sobre “Água suja e escassa: a culpa é sempre do outro

  1. Milton
    Temos agora uma forte campanha em toda a midia pedindo para economizar água.
    ìtem este que sou totalmente a favor aplaudo.
    Mas ainda não vi nem ouvi campanhas coibindo o avanço da periferia, vilas, bairros, favelas nas margens de mananciais, rios, represas.
    Coibir a construção de novos e luxuosos condominios, horizontais e verticais pois todos sabemos quanto mais pessoas maior será o consumo de agua de energia eletrica, etc.

    Porquê será?

  2. A culpa é de todos!
    Concorcordo que não há uma politica de ocupação sustentavel nas cidades, mas o que deve ser feito e isso cabe a todos nós, é ter iniciativas de preservação e cidadania, como por exemplo cobrar a coleta seletiva de seu bairro, denunciar os porcalhões que jogam lixo em terrenos desocupados, ter a conciencia de que o papel e embalagem de alimentos ingeridos no interior dos nossos veiculos não podem ser jogados nas ruas, isso já é um ótimo começo, todos bairros tem as associações de moradores do bairro e as reuniões deles e outros orgão como por exemplo os CONSEGS.

  3. Bom dia, Milton

    Nunca fui a outros países, não sei como é o comportamento das pessoas mundo afora.
    No caso do Brasil, não sei, mas, parece que existe uma “cultura do desleixo” impregnada na maioria das pessoas que só pensam em si, os outros que se danem.
    Muitos, tiram o lixo do seu quintal e jogam no terreno baldio ao lado, outros, às escondidas, levam ao fundo de vale e lá despejam suas tranqueiras.
    A maioria das pessoas tiram o papelzinho que encobre o chiclete, a bala e o jogam aonde estão, não se importando do lugar; sem contar sacolas, saquinhos de salgadinhos, garrafas pet, latinhas, etc.
    O problema maior é que não temos políticas eficientes nessa área (e em muitas outras). Há muitos municípios que não dão destino correto ao seu lixo. A reciclagem está numa % mínima diante daquilo que poderia ser reaproveitado.
    Como disse antes, isso é questão de cultura e que não é tão fácil de mudar. Nossas autoridades, frutos dessa mesma cultura, não tem autoridade sobre esse assunto, até porque, a cultura da ineficiência, da corrupção, de colocar a culpa no outro, de empurrar o caso para frente, de ignorar problemas graves da sociedade são “máscaras” constantes na política atual.
    Como exigir dos outros, até mesmo com punição, aquilo que vc mesmo não faz?
    A maioria das pessoas ignoram sua responsabilidade com o meio ambiente, pensando que isso jamais trará consequências, mas elas estão se manifestando. Todas essas recentes trágedias naturais já são “frutos” da ignorância, acumulada em décadas.

    É uma questão de educação e bom senso mesmo. Essa educação tem que começar dentro de casa e na mais tenra idade. E claro, os adultos tem que ser o exemplo e repassá-lo aos menores.

    Pensem nisso!! Faça sua parte!!

    Abrs.
    Ana Maria.
    Apucarana/Pr.

  4. Milton Jung, por falar em água, quando estamos em período de seca, a midia diariamente foca as represas que circundam São Paulo. Mostram sempre o esvaziamento e o baixo nível das águas.
    Estamos em época de cheia e de enchentes e ninguém se preocupa com Guarapiranga. Tenho tido informações que ela está com nivel preocupante de cheia.
    Há alguma informação?

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