Avalanche Tricolor: Começa com um grande goleiro

 

Atlético-PR 0 x 1 Grêmio
Brasileiro – Arena da Baixada (PR)

Um grande time começa com um grande goleiro. Máxima consagrada por algumas das melhores formações do futebol mundial e bastante exercida no Grêmio que tem sua história identificada com a função, como nenhuma outra equipe. Haja vista sermos o único clube brasileiro a consagrar no hino o nome de um de seus jogadores e, não por acaso, este ser um goleiro, Eurico Lara (em destaque na ilustração do desenhista Xico).

Pode parecer curioso para muitos, afinal esta é das mais ingratas posições na equipe. Disse Don Rossé Cavaca, publicitário carioca, que de tão maldita, é onde está o goleiro que não nasce grama. No time de várzea a camisa 1 é a do perna pau. Na escola, raros se atrevem a por as luvas.

Evidentemente, existem loucos e abnegados que se prestam para a função. Alguns fizeram história.

O Grêmio de Lara tem tradição de grandes goleiros. Para não forçar a memória, lembro de Mazaropi, campeão mundial e da Libertadores, em 1983, da Copa do Brasil , em 1989, e de seis Campeonatos Gaúchos. Tem, ainda, Danrlei, campeão da Libertadores, em 1995, do Brasileiro, de 1996, de três Copas do Brasil e cinco Campeonatos Gaúchos.

Nossa história é tão intimamente ligada aos goleiros que é o nome de um deles, Galato, que soa forte nos ouvidos de todo torcedor quando somos levados a relembrar a Batalha dos Aflitos, como passou a ser conhecida em todo o mundo a incrível conquista da 2a. Divisão do Campeonato Brasileiro, em 2006. Portanto, não nos surpreende o melhor goleiro do Brasil estar, atualmente, do nosso lado.

Na tarde deste domingo, Vitor mostrou suas qualidades mais uma vez. Impediu o empate, o que parecia inevitável dada a quantidade de bolas jogadas dentro da área gremista. Fez defesas impossíveis, se esticou até chegar ao inalcançável, pulou como um gato em busca da presa, e somente não defendeu pênalti porque não lhe deram oportunidade.

Foi de todos os tricolores que estiveram na Arena o que mais fez. Pois nem o gol nos demos o trabalho de marcar. Deixamos para o atrapalhado zagueiro adversário o autogol – é como os portugueses chamam o gol contra, e eu acho ótima a expressão.

Dito isso, é preciso lembrar que, sim, um grande time começa com um grande goleiro. Mas só este não basta para sermos grandes. É preciso de zagueiros seguros, volantes intransponíveis, meias criativos e, ao menos, um goleador no ataque.

4 comentários sobre “Avalanche Tricolor: Começa com um grande goleiro

  1. Quando você repete a velha frase sobre por onde começa um bom time,Mílton,com a qual creio que exista total concordância,eu apenas acrescentaria que o fim de uma boa equipe é o oposto do goleiro,isto é,um grande centroavante. Esta figura o Grêmio perdeu com a saída de Jonas. Esperam os gremistas que a solução para este terrível problema venha do Chile. Até lá,que Padre Reus nos ajude.

  2. Tiago.

    Não vou perder a conta.

    Gol a favor do Coritiba. Impedimento
    Penalti a favor do Corinthians. Não assinalado.

    Não vamos perder a conta…

  3. Se você me permite,Mílton,eu acrescento que um grande goleiro e um centroavante em que se possa confiar não surgem da cartola de um mágico,mas de um presidente que não use apenas este tipo de chapéu…

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