Franquias: começar e multiplicar

 

Por Carlos Magno Gibrail

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Hoje, a partir das 13hs, temos em São Paulo, a abertura da maior feira de franquia da América Latina, e a segunda do mundo. É a ABF Franchising EXPO 2011.

É um tema relevante pelos aspectos econômicos, sociais e culturais envolvidos, na medida em que as características do brasileiro como mão de obra empreendedora tem mostrado apetite e aptidão para o sistema de franquias. Como franqueador ou franqueado.

Fatores, que somados ao atual crescimento da economia nacional, aliadas ainda a identificação de problemas na empregabilidade da mão de obra mais qualificada, valorizam sobremaneira a possibilidade das franquias.

Os dados refletem este panorama, pois os 76 bilhões de reais de 2010 correspondem a um crescimento de 20% sobre o ano anterior. Das 600 redes existentes em 2001 passamos para 1.855 e de 51.000 unidades chegamos a 86.355. O número de empregados foi de 459.000 em 2001 para 777.285 em 2010. Estas cifras nos colocam em 6º lugar no mundo como unidades franqueadas e em 4º como franqueadores.

A expansão do sistema tem apresentado estratificação que reflete uma concentração nos estados mais cosmopolitas. São Paulo abriga 56% das sedes franqueadores, o Rio 13% e Paraná 7%, enquanto as unidades distribuem-se 37% em São Paulo, 12% no Rio e 8% em Minas Gerais.

De acordo com Filomena Garcia, entrevistada pelo jornalista Mílton Jung no Mundo Corporativo, as franquias no Brasil amadureceram e hoje é excelente a opção de investimento e realização profissional.

Realmente, a experiência acumulada dos últimos anos sinaliza que vivenciamos as condições ideais para franqueados e franqueadores. A maturação é retratada pelo menor crescimento de novas marcas, 264 em 2009 para 212 em 2010, contrapondo ao maior número de novas unidades.

Para os franqueados, o espírito e o talento empreendedor são condições favoráveis, excetuando apenas os excessos de cuidado ou de empreendedorismo. Os cuidadosos em demasia devem continuar como empregados e os muito criativos devem criar suas próprias marcas.

Para ser franqueador é necessário ter marca claramente posicionada, planejamento estratégico, conhecimento do mercado, profunda informação sobre o consumidor alvo e plano de negócios para si e para as unidades a serem franqueadas. E, acima de tudo, ter vocação e disposição para ensinar e treinar os novos parceiros.

Aos 420 franqueadores presentes na feira e aos milhares de potenciais franqueados que estarão participando, abre-se novamente o ciclo do desenvolvimento empreendedor. Começar e multiplicar.

Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e, às quartas-feiras, escreve no Blog do Mílton Jung


A foto neste post é do álbum digital de Rufino Uribe, no Flickr

3 comentários sobre “Franquias: começar e multiplicar

  1. O balanço operacional da Feira Brasileira deste ano traz a boa noticia que ultrapassamos a França. Portanto a Franchising EXPO da ABF em São Paulo foi a maior feira de franquias do mundo.
    E, ao que tudo indica vai disparar, pois para 2012 haverá mudança de local no mesmo pavilhão para abrigar significativo aumento de expositores.
    Ainda assim já há fila de pretendentes.
    Isso é Brasil, o nosso lado positivo, o empreendedorismo, sem empreguismo, sem peleguismo, sem corporativismo e todos os demais ismos nefastos e endêmicos até então.

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