Flanelinha, esta praga urbana

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

Flanelinhas

 

No Morumbi, há quinze anos, testemunho sempre que há jogo mais importante a invasão da rua que moro e adjacências por indivíduos que se sobrepõem aos seguranças existentes e “assaltam” os torcedores que estacionam. Cobram de acordo com o valor do espetáculo e a aparência do carro do cidadão. Deixam 10% com o vigia e vão embora pouco depois.

 

Cena corriqueira e banal mas revoltante. Tanto assim que na paralela, que é a Av. Morumbi, a uma quadra do Palácio dos Bandeirantes, outras quadrilhas ou elementos da mesma, diante dos policiais que circulam, fazem sinais para as vítimas, ou seja, os torcedores, e oferecem vagas nas ruas públicas.

 

Domingo, meia hora antes de Santos e Guarani estava chegando em casa quando a rádio CBN divulgava um pronunciamento policial informando prisões efetuadas de “flanelinhas” que cobravam até R$ 100,00 por uma vaga.

 

Não deu nem para animar, pois em seguida já avistava vários “flanelinhas” oferecendo estacionamento. Ao entrar na Rua Gastão Moutinho, onde moro, vi que estava totalmente tomada de veículos. Ao passar pelo vigia fiquei sabendo que cobraram de R$ 40 a R$ 50 e deixaram R$ 5 para ele por carro, que sabendo da informação policial reafirmou que neste domingo e nos demais anteriores nunca viaturas de policiamento passaram em nossa rua. Eu realmente nunca vi ronda preventiva contra flanelinhas. Apenas na Av. Morumbi policiamento ostensivo mas sem tomar conhecimento dos contraventores guardadores.

 

Realmente até hoje não consigo entender qual a dificuldade de impedir mais este assalto ao cidadão honesto. Mesmo porque não é exclusividade do Morumbi ou Pacaembu, estendendo-se a teatros, eventos, shows, etc.

 

Carlos Magno Gibrial é doutor em marketing de moda e escreve, às quartas-feiras, no Blog do Mílton Jung

12 comentários sobre “Flanelinha, esta praga urbana

  1. Em algum momento do dia, me sinto um verdadeiro idiota, pois percebo que São Paulo esta largado, abandonado por esses administradores incapacitados que ai estão, ou seja, percebo que São Paulo virou terra de ninguém, qualquer um faz o que quer da maneira que quer. Perceba o que fazem os citados flanelinhas e ainda, valets, motoristas de caminhões carro forte, caminhões de lixos, caminhões que entregam bebidas, e também ambulantes que tomam conta das calçadas, etc, e o pior de tudo isso, quem deveria coibir isso, faz vista grossa, ou seja, nos cidadãos comuns estamos à mercê de uma minoria que se faz dono de um universo. Até quando!!!!!

    • O que a Polícia Militar faz neste momento é um ensaio para a Copa do Mundo quando esta ação será proibida, assim como a de ambulantes e cambistas. Na Europa, se o torcedor for pego comprando ingresso no “paralelo” vai preso. Talvez a Copa nos deixe ao menos este legado.

  2. Evidentemente, também considero um absurdo a ação desse flanelinhas loteando o espaço público.

    Mas gostaria de saber sob qual acusação a PM os prendeu. A conduta deles PODE configurar extorsão. Mas veja bem. Apenas se restar provada ameaça alem da cobrança. Afinal, guardar carros por dinheiro não é crime (ou é? E ai, desculpem a ignorancia.

    Assim, parece abusiva a prisão dos odiosos flanelinhas SE não houver lei penal que os proiba. E ai, alguem sabe?

  3. Rafael, comentário 5
    É verdade. Precisa haver planejamento, organização e controle. Mas, o que impede que se faça tudo o que for necessário para que não haja dúvidas sobre a legalidade da ação policial?
    É só a vontade política e administrativa. Só?

  4. Bom Dia Milton e aos colegas blogueiros,

    Pessoal! Vem ai o ano politico e ai nesse periodo, começa aparecer tudo. Aumento de salario, prisão de franelinhas, liberção de verbas para oposição e logo logo, vão começarem a prender os pardais e pombos fazem caca nas ruas e também urubus que ficam sobrevoado sobre os lixões.
    Agora que devem ter medo mesmo, são os moradores de ruas. Esses, vão sentir na pele quando iniciarem esse ação pra valer.

    Bom Final de semana,

    Js.

  5. José Sinval, comentário 9
    Além disso, nos debates políticos vão focar nos ataques pessoais ao adversário e nas apologias doentias individuais. Egos em alta e ódio na ribalta.
    E, os jornalistas dando corda neste “non sense”.

  6. Bom Dia MIlton e aos colegas do bolg.

    Meu caro Carlos! Nesses dabates, alem disso que vc falou, vão aparecer coisas do arco da velha.
    Fala nisso, vc já teve o desprazer de ouvir ou assitir a propaganda do jose serra? Se vc teve ou não, o disco não mudou viu. É operção catarata, mãe paulistana, genericos e outras bobagens que ele acha que fez a quinta maravilha.
    Engraçado que ele não fala da Maginal Tietê que alaga, não fala do metrô que ele fez que todos os dias dá problema e já teve até acidente, ele não fala da segurança que esta uma merda, ele não fala da educação que esta um lixo, ele não fala da saude que já passou de merda e lixo faz tempo.
    Alguem que falar para ele: outra vez zé? não dá mais viu!
    Carlos! se esse zé e o geraldo ganhar a eleição novamente, a população de SP merece tudo o que esta acontecendo e muito mais.

    Abr,

    SJ.

  7. José Sinval,comentário 11
    Este é o estilo e o foco da maioria dos candidatos. Mais uma vez caberá a imprensa desviar esta rota. Acertá-la para a cidade de São Paulo.
    Não vai ser fácil, pois os políticos sempre conseguem apontar para onde é melhor para eles.
    O trampolim que a cidade potencializa é o grande problema.
    A solução é o eleitor votar pela cidade.

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