Foi o técnico Tite quem disse. E assino embaixo. Semana passada, a chamada da CBN para o primeiro jogo da Libertadores também “brincava” com esta ideia. Usufruía do título de Nação Corinthiana para dar a verdadeira dimensão do clube que tem a segunda maior torcida do Brasil. E fechava, na voz-padrão de Laerte Vieira: “O Corinthians é o Corinthians na Libertadores”.
Esta ideia de que todos estarão abraçados em torno da vitória corintiana é uma tremenda bobagem. O foguetório que inundou o céu de São Paulo na vizinhança onde moro, na zona oeste, no momento em que o Boca fez seu gol na Bombonera, na quarta-feira à noite, mostra claramente esta realidade. Há até quem vestirá a camisa azul e amarela dos argentinos sem pudor como, aliás, os próprios corintianos já fizeram quando estavam sentados na arquibancada dos secadores.
É possível que alguns se comovam com a paixão demonstrada pelos corintianos e a possibilidade de uma conquista inédita do time. Hoje mesmo, durante o almoço, alguns colegas de mesa anunciaram que torcerão para o Corinthians porque jamais estariam ao lado de um time da Argentina. Eu estou longe desta divergência nacional mas, confesso, me divido quando assisto a estes jogos e me sensibilizo pela forma como uma equipe se entrega pelo resultado. E gosto muito do trabalho do técnico Tite que, sempre bom lembrar, ganhou seu primeiro título de relevância, a Copa do Brasil de 2001, no comando do Grêmio, contra o Corinthians. Ao mesmo tempo, sei que o dia seguinte será de muita corneta – expressão que representa bem o barulho que a gozação dos vencedores faz nos nossos ouvidos. E corneta tocada por corintiano, por milhões deles que aparecem em todos os cantos, resultado do incrível tamanho desta torcida, não é fácil de aturar.
Eu quero ver é estes “brasileiros” que estarão se unindo a torcida do Corinthians em caso de um revés no Pacaembu. Vão tirar sarro, fazer piadas e se divertir às custas da tristeza alheia. E aquela história de que o Corinthians é Brasil, ficará na lenda. Portanto, vamos combinar que hoje o Corinthians é apenas Corinthians – o que já é mais do que suficiente. Quem quiser torcer para ele, que torça; quem quiser secar, que seque. E que todos se respeitem.
Mílton Jung 
Embora tenha dado curvas em seu texto – semelhantes as que são dadas por digirentes de futebol em nós repórteres -, quero muito saber qual será a sua preferência na noite de hoje. Afinal, O Boca não trás boas lembranças e o Corinthias é o clube mais odiado do Brasil. Abraço.
João Batista,
Acabam de me ligar da rádio para eu gravar uma frase para o fim da partida: “Comemorem agora, porque no ano que vem o Imortal Tricolor estará de volta na Libertadores”. Ou seja, o resultado que der, deu.
É muito mais que uma nação! Já repararam como até a lua estava cheia e mais bonita estes dias e o céu mais azul? Constataram que uma enorme explosão solar chegou a terra neste 4 de julho, com se o sol, este imenso torcedor, soltasse os seus fogos? Checaram a descoberta da “partícula de Deus”, uma partícula subatômica que explica tudo que existe no universo, neste 4 de julho?
Com todas estas pistas só posso concluir que Deus também faz parte deste bando de loucos!!
Ronaldo,
Os astros alinhados conspirando pelo Corinthians. Entenda aqui astros como jogadores e técnico alinhados, claro.
Não sei onde mora o Kenedy Alencar, seja onde for, sei que lá tinha corintinos e soltaram fogos. Ele hoje lhe perguntou se o Corinthians jogou ontem?? Por castigo todas as vezes que ele for falar na CBN eu trocarei de emissora, porque um jornalista conhecido nacionalmente como ele, precisa “respeitar” mais os ouvintes.
O pior é que às vezes trocamos de emissora e depois gostamos também da emissora nova e podemos nem voltar para a antiga. Aconteceu isto, quando era ouvinte da Eldorado e tive um entrevero lá. Passei a ouvir a CBN e não voltei a ouvir mais a Eldorado!!
Chamei o N. Piquet de “bundão” no meu blog, quando deu a volta com a bandeira do Vasco aqui em Interlagos. Repito a expressão agora ao Kenedy
“O Bundão” do esporte! Pode entender de política…
Abraços
Nicanor de Freitas
Nicanor,
Não compreender uma brincadeira pode soar, também, como intolerância. Espero que não estejas cometendo este erro.
Considere meu caro Milton , meu pensamento, fã que sou do seu programa…o Corinthians é sim o Brasil, aliás nõs todos ( mesmo eu Palmeirense) fazemos parte dessa dita Nação Corithiana… A questão do torcer para um time brasileiro ou torcer para um estrangeiro pode até ser relevada… por questões obvias, o emblematico time alvi negro tem bastante ” desafetos” que diante de um jogo como o de ontem, abrem mao do nacionalismo para torcer pelo Boca.. ( eu mesmo fiz isso..) Mas, ontem foi mesmo um show.. e a´té os astros ajudaram.. realmente uma apresentação incontestável daquilo que chamavam desde os tempos da velha Roma de, ! pao e circo! – esse show de ontem, essa apresentação que parou toda uma cidade por conta de um jogo de futebol, uma diversão.. num pais largado as traças por politicos predadores, por barbáries sociais, pela violencia… a gente , nação corinthiana no geral, se une para futebol , parada gay, virada cultural, marcha evangélica , enquanto lá em cima, os cartolas da politica mandam ver a gente para a boca do leão…. vai ” curinthias! ….