Por Maria Lucia Solla
Dizemos que o que se planta, se colhe; e ao mesmo tempo mora na mente a crença na sorte e no azar. Eu colho o que planto e vira e mexe me vejo de mãos dadas com uma ou o outro. Quando passo um tempo com um deles, depois da festa ou do sofrimento, me dou conta de quanto aprendo, de quanto cresço, de quanto tenho e do pouco que preciso. Tem também o fato de que o que é sorte para um pode ser azar para o outro. De qualquer ângulo que eu olhe, dentro ou fora do cerco, esses dois aparentados me dão a oportunidade de me tornar mais humilde e de me levar a entender que estar no comando do barco é uma função que se curva frente à força do mar. Sinto que vale mais o que tenho, do que o que não tenho.
Na verdade é preciso ter coragem para seguir o coração e para perceber a oportunidade que a sorte carrega. É pegar ou largar. Sorte e azar são duas faces da moeda, como tudo neste planeta de contrastes. Sorte vem vestida de alegria, satisfaz; azar vem devastando na porta de entrada. Agora, que a moeda cai de um lado ou do outro e vira a vida de pernas para o ar, isso não dá para negar.
Tenho aprendido que não é a sorte que vem até mim, mas sou eu que percebo o caminho até ela e decido ficar ali o maior tempo possível. Cada um escolhe o seu caminho, ou não…
“A definição está sujeita a revisão; é um ponto de partida, não algo esculpido em pedra para ser defendido até a morte.” Daniel C. Dennet, no livro que ganhei do Dimas e do Zeca, Quebrando o Encanto.
Até a semana que vem.
Maria Lucia Solla é professora de idiomas, terapeuta, e realiza oficinas de Desenvolvimento do Pensamento Criativo e de Arte e Criação. Aos domingos escreve no Blog do Mílton Jung
Bingo! É exatamente como sinto, mas também, quanto mais “amadurecemos”,
estamos nos tornando mais que irmãs espirituais, já me sinto gêmea siamesa, bjs. Maryur
É verdade, Maria Lucia. É preciso sensibilidade para perceber a sorte e coragem para seguir o coração. Eu mesma, reconheço, muitas vezes me acovardo. E é também muito bom perceber a maré de azar se afastando e, ao fim de um turbilhão, ver que você se safou. Não ilesa, mas mais forte, como ‘la cigara’, Mercedes Sosa. Escuta que vale a pena. Boa semana!
Hahahaha! Adorei o siamesas, Maryur,
É bom, né?
beijo,
ESTIMADA AMIGA MARIA LUCIA.
BOM DIA.
INFELIZMENTE A VIDA NÃO É JUSTA E NUNCA SEGUE COMO IMAGINAMOS E SIM COMO SOMOS GUIADOS ATÉ ELA,SEJA POR DESTINO,SEJA POR SORTE,SEJA POR CASUALIDADE.
ESTOU MUITO FELIZ QUE ESTÁS ESCREVENDO NOVAMENTE.
ABRAÇOS
FARININHA.
Linda comadre!
Tão bom ler o que escreves! parece que te ouço falando com palavras cantadas acompanhadas de um olhar doce, doce. Saudades de ti, minha querida!
Elizabeth,
obrigada por enriquecer a minha vida. Como é que eu não conhecia “Como la cigarra”? É linda!
Se mais alguém passar por aqui, faço questão de deixar um link onde ela, Mercedes Sosa canta, como sempre, divinamente:
http://paragostardeliteratura.blogspot.com.br/2011/01/como-la-cigarra-musica-de-maria-elena.html
Um beijo pra você,
Farina,
obrigada, meu amigo.
Beijo,
PS: Adoro a frase do Snoopy: “It’s good to have friends”, e eu sou uma sortuda porque os verdadeiros nunca me abandonam, esteja eu lá em cima ou lá embaixo.
Vera, comadre minha,
minha copilota favorita,
te trago comigo todos os dias.
Muita, muita saudade!
Beijo,
Que bom! Fico feliz que tenha gostado. Seus escritos também nós enriquecem. Bjo.