Avalanche Tricolor: nada está decidido

 

LDU 1 x 0 Grêmio
Libertadores – Quito (EQ)

 

Os anos de luta nos deixam calejado, ensinam a entender os fatos por uma perspectiva mais ampla, nos afastam da frustração comum nos resultados negativos tanto quanto da ilusão provocada pelo sucesso fugaz. Por isso, independentemente do placar e do desempenho desta noite a 2,8 mil metros acima do nível do mar – o que deveria impedir jogos de futebol por se transformar em uma espécie de doping sem droga -, saímos de campo com a consciência de que nada se decide agora e se sonhamos seguir em frente na Libertadores temos que saber superar nossas carências e nosso adversário dentro da Arena, que, esperamos, se transforme em novo templo de conquista.

 

Quis os descuidos de 2012 que começássemos esta temporada sob o signo da decisão, nos obrigando a superação desde o primeiro momento, seja pelos dez dias afastados de casa, na tentativa de se adaptar a altitude, seja pelo esforço extra de correr por 90 minutos com menos gás à disposição, seja pelo risco de jogarmos fora todos os investimentos do ano ainda quando para alguns o ano sequer começou. A diretoria trouxe os jogadores que o técnico pediu, os jogadores ganharam tempo para se preparar, mesmo com o calendário apertado, e o time, claro, ainda precisa se conhecer. Vargas nem foi apresentado a todos seus companheiros, por exemplo.

 

Nosso próximo compromisso será dia 30 de janeiro, em Porto Alegre, na partida de volta com a LDU. E estaremos em campo tentando não ser influenciado, nem para o bem nem para o mal, pelo resultado dessa noite. Temos de ter os pés no chão, a cabeça no lugar e o coração na ponta da chuteira, não importando quantos gols precisamos fazer, quantas dificuldades ainda teremos de encarar, por que o Grêmio sempre tem de jogar desta maneira. Faz parte da nossa alma tricolor.

2 comentários sobre “Avalanche Tricolor: nada está decidido

  1. “A diretoria trouxe os jogadores que o técnico pediu”, inclusive o Dida. Não o considero um goleiro ruim, mas pela idade preocupa pelas lesões normais que possa ter (já havia sentido dores no Jogo Contra a Pobreza, na Arena).

    Marcelo Grohe, que fez o que pode no lance do gol, jamais deveria ter saído da titularidade gremista. Em compensação, gostei da velocidade do Vargas, mas ainda foi o primeiro jogo dele, então é melhor esperar. Deve vingar no Tricolor. Cris se mostrou seguro na zaga, tem a experiência necessária para torneios assim.

    E sim, o resultado é reversível, embora será um jogo de dar nos nervos. O Grêmio merecia uma sorte melhor nesta primeira partida, com duas bolas na trave e que não pareceu sentir o efeito da altitude (exceto pelos chutes de longa distância). Mais uma vez, teremos que recorrer à Imortalidade. Eu acredito no avanço, e não poderia ser diferente, se não da maneira mais dramática possível.

    Abs

  2. Meu amigo, pelo que eu vi na partida (o segundo tempo, pois estava trabalhando no jogo Inter x Cerâmica) saí mais confiante na classificação. O time deles é fraco e, jogando em casa, creio que o Grêmio passará até com certa facilidade. Porém, como disse, “creio”. Sabe como é o Fudebol, ops, Futebol. kkkkk

Deixar mensagem para Bruno Zanette Cancelar resposta