Por Carlos Magno Gibrail

As conquistas de Guga, iniciadas há 20 anos em Roland Garros, têm servido para estimular gerações de jovens. Esportistas ou não. Novak Djokovic ao vencer no ano passado repetiu o gesto de Guga em cima de um coração desenhado no saibro francês. Este ano, vários tenistas de ponta por ocasião das homenagens prestadas ao 20º aniversário da vitória, explicitaram a influência do brasileiro em suas carreiras.
Os franceses, público e dirigentes, têm reagido com reverência e referência a Gustavo Kuerten, que certamente criou um invejável legado de esportividade e competência naquela terra.
E no Brasil?
A imagem de Kuerten é bem referendada: pelas conquistas, pela simplicidade e por um punhado de outras qualificações. Mas, assim como Maria Esther Bueno, outro expoente do tênis mundial, não conseguiu arrebatar seguidores. Hoje, Guga assiste à mesma presença brasileira no ranking do tênis através dos anos. Dois a três tenistas no grupo dos 100 primeiros colocados. E só.
De um lado, é claro que o tênis por exigir comedimentos de comportamento que não estão em esportes como futebol e vôlei, não pode ter expectativa de expansão popular. Entretanto, pela população o número de profissionalização está abaixo.
Em função certamente das poucas oportunidades oferecidas.
E, nesse quesito, o próprio Guga já se referiu que estamos num pais de oportunistas e não de oportunidades. Motivado talvez pela insensatez do Fisco, ao cobrar dele mais de R$ 7 milhões, por discordar do fato dos prêmios dos títulos serem compartilhado com a equipe. Como se fosse possível um tenista sem equipe ganhar torneios.
É ligar a TV e conferir.
Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.
Guga é o exemplo vivo da “jornada do herói”. Aquele que sai de seu mundo comum, é chamado à aventura, resiste, tem dúvidas, aconselha-se com um mestre, enfrenta batalhas, supera-se, faz amigos, encontra inimigos, conhece a si mesmo, aceita o desafio de corpo e alma, parte para a guerra final, vence, reflete sobre tudo que viveu e volta pra casa como mito. Toda história tem seus personagens, e Guga não seria o herói do esporte que se tornou sem os mestres, amigos e desafios enfrentados.
É isso aí. Uma história para exemplo, a ser divulgada aos jovens brasileiros.
Tiago, bela descrição sobre este jornada de Guga. Ler a biografia “Guga, um brasileiro” nos ajuda a compreender como ele construiu com várias outras pessoas ao lado sua história. E como ajudou para que outros construíssem suas próprias histórias
O intrigante desta saga de Guga, personalidade mundial no mundo do tênis, e em especial de ROLAND GARROS, que no Brasil ainda se questione coisas óbvias. Como a impossibilidade de ser premiado em um torneio Grand Slam sem ter uma equipe de técnicos e especialistas.