Grêmio 3×0 Nova Hamburgo
Gaúcho – Arena Grêmio
Era importante a vitória na noite desse sábado, em Porto Alegre. Os três pontos tiram o Grêmio da zona de rebaixamento tanto quanto o aproxima da faixa de classificação, que está logo ali.
Valeram, também, porque deixa o time mais confortável para as competições que realmente interessam, especialmente a Libertadores, que começa na terça-feira. E, por tabela, afasta os muxoxos em meio a festa do título da Recopa Sul-Americana.
Três pontos que vieram depois de três importantes gols.
Um muito rápido. De tão rápido, virou recorde: 23, 24 ou 25 segundos dependendo de quem registrou no cronômetro (conta que o juiz roubou um ou dois segundos, rsrsrs). É o mais rápido já feito na Arena. E nos ajudou a descobrir Thonny Anderson, 20 anos, que atuou a altura do número que estampou sua camisa: o 10. Dribla curto, dribla bem e chuta a gol. Tem destino. Que seja no Grêmio.
O segundo gol, ainda no primeiro tempo, foi importante porque deu tranquilidade a um time que vinha se deixando surpreender nos últimos jogos do Gaúcho. Thonny não marcou mas brilhou dentro da área ao se desvencilhar dos adversários com mais um drible e encontrar Jael correndo por trás da defesa para dar assistência a Michel. Nosso volante chegou livre para marcar, como costumam aparecer nossos defensores neste futebol moderno que nos tem dado tantas alegrias.
O terceiro seria apenas para as estatísticas. Foi de pênalti e aos 39 do segundo tempo quando o adversário sinalizava estar abatido e os três importantes pontos na tabela estavam garantidos. Mas esse foi para mim e tenho certeza que para boa parte da torcida gremista o mais importante de todos.
Foi o gol do sorriso, da alegria, da satisfação de jogar futebol.
Foi gol de Jael que havia ouvido a torcida gritar seu nome mesmo quando perdeu um gol de cabeça, já no segundo tempo. Torcida que o aplaudiu apesar das cobranças de falta terem parado nas mãos do goleiro ou distante de seu destino. Que entendeu seu esforço apesar de os chutes a gol terem ido para a linha de fundo. E se fez tudo isso é porque enxerga nele o desejo de ser um vencedor. Um atacante que teima em não aceitar suas limitações e veste 110% a camisa do Grêmio.
Foi Jael quem deu o passe para sermos campeões da Libertadores e foi ele quem brigou pela bola que foi parar nos pés de Everton para o gol que nos levou à final do Mundial.
Foi Jael quem deu carrinho sempre que necessário para impedir o avanço de nossos adversários.
E não esqueça, foi Jael quem bateu com perfeição um dos pênaltis que nos garantiram a Recopa Sul-americana. Como foi perfeita a cobrança para o terceiro e definito gol do Grêmio na vitória desse sábado.
Jael comemorou seu gol, aos 29 anos, como o menino que disputa uma pelada na calçada perto de casa ou no campinho de areia lá do bairro. Alegria que contaminou todos em campo e fora dele como se viu nas imagens captadas pela televisão e na bela foto registrada por Lucas Uebel que estampa este post.
A alegria de Jael foi a nossa alegria. De quando conseguimos no trabalho, na família ou na vida um grande feito. A alegria de saber que independentemente daqueles que atravancam o nosso caminho estaremos sempre dispostos a lutar e acreditando que seremos maiores. A alegria de quem sabe que por mais que nos cerquem intempéries, injustiças e ignorância um dia nós faremos o nosso gol, o gol de Jael.
Pela alegria do gol, obrigado, Jael!

Milton essa é a prova que tudo está dando certo no atual momento do Grêmio. Fosse em outras épocas o Jael seria muito criticado. No entanto o que vemos é a torcida gritando seu nome. E ele merece mesmo. Nada obstante as suas limitações le honra aquele manto sagrado durante os momentos que o veste. Que venham outras conquistas|