
“O ESG surgiu para ditar práticas empresariais, mas também é um bom balizador para pensarmos o que as marcas, inclusive as pequenas, podem fazer no dia a dia para criar novas dimensões de significado à sua percepção.”
Cecília Russo
Em um mundo em constante evolução, a gestão de marcas, ou branding, tem se mostrado uma ferramenta indispensável para empresas que buscam estabelecer uma relação duradoura com seus consumidores. No entanto, atualmente, não basta apenas entregar um bom produto ou serviço. As marcas precisam se mostrar engajadas e responsáveis. Nesse contexto, entra em cena o ESG (Environmental, Social, and Governance) como direcionador das ações corporativas e, por consequência, das estratégias de branding.
ESG, sigla em inglês, se refere ao meio ambiente (E), sociedade (S) e governança (G) das empresas. A sigla surgiu pela primeira vez em 2004, em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”).
“O branding está contido nas atividades de marketing e, por sua vez, está contido na gestão das empresas como um todo. Então hoje, tudo se conecta com tudo.”
Cecília Russo
Referências para entender ESG na prática
Vivemos em um período em que os consumidores esperam mais das marcas do que apenas a entrega de um produto de qualidade. Eles desejam que as empresas tenham um papel social, uma preocupação ambiental e uma governança transparente e ética. As empresas que conseguem incorporar essas dimensões em sua marca encontram um caminho de conexão mais profundo com seu público.
A Rhodia, por exemplo, destaca-se com sua fibra chamada Amni Soul Eco, pois ela não solta microplásticos no oceano, evidenciando sua preocupação ambiental.
“Nós criamos para ela um posicionamento que diz o seguinte: mais tempo com você, menos tempo no planeta. Isso porque a fibra especificamente não solta microplásticos no oceano.”
Jaime Troiano
Outros dois exemplos que atuam no S, do social, investindo em educação no Brasil e impactando milhões de brasileiros são os bancos Itaú e Bradesco.
Como referência para pensarmos sobre a importância do G, temos o caso recente da Americanas que sofreu por falta de governança, de um gerenciamento cuidadoso e transparente.
“O resultado disso é a perda de confiança na marca, que se desvaloriza diante de todos.”
Jaime Troiano
ESG não é tapume
Como Cecília bem ressalta, o fundamental é que as marcas não apenas falem sobre suas iniciativas ESG, mas que elas façam de verdade. Afinal, como já aprendemos em ‘Sua Marca Vai Ser Um Sucesso’: “marca não é tapume”, é a face visível de uma empresa e de suas práticas.
Portanto, para empresas e marcas que buscam se destacar no mercado atual, não basta apenas uma boa gestão de produtos e serviços. É preciso olhar para o todo, para o impacto global de suas ações, e o ESG surge como uma bússola nessa jornada.
Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso
O programa ‘Sua Marca Vai Ser Um Sucesso’ vai ao ar no Jornal da CBN aos sábados às 7h50 da manhã, com apresentação de Jaime Troiano e Cecília Russo. Para dar sugestões e fazer comentários sobre os temas abordados, envie email para marcasdesucesso@cbn.com.br.