Avalanche Tricolor: Loco por ti, América

Grêmio 2×1 Goiás

Brasileiro – Arena do Grêmio, Porto Alegre/RS

Foto de Lucas Uebel/Gremio FBPA

Diga o que quiser. Reclame de onde vier. Lamente o quanto puder. Ah, se não fosse aquele ponto perdido ali, aquele gol desperdiçado lá, aquela defesa vazada acolá. Que me importa o que não aconteceu? Hoje, só quero sorrir e vibrar. Comemorar!  O Grêmio está de volta a Libertadores! É isso que me interessa. 

Tem quem ainda faça conta para um título quase impossível. Há quem queira as vitórias finais para a vaga direta à América. Quero, também! E quero muito conquistar tudo o que estiver ao nosso alcance. Agora, a alegria de reencontrar a coisa mais linda do mundo que é a Libertadores, essa pulsa no meu coração desde o apito estridente que sinalizou o fim da partida desta noite.

Fomos mal no primeiro tempo. Irreconhecíveis. De vaia, passíveis! Sofremos mais um gol daqueles de dar raiva. Foram 54 até agora, apenas neste campeonato. Não há goleiro que persista. Nem torcedor que resista. Que me importa todos esses reveses? Se levamos muitos, mais fizemos. Aliás, ninguém fez mais do que nós até agora: 59 gols marcados. Hoje, foram mais dois.

Se não vimos gol de Suarez, vimos Suarez ensinar o caminho do gol. No  de empate, tabelou com um toque sutil e preciso que deixou Ferreirinha, dentro da área, em condições de driblar o zagueiro, cortar para dentro e chutar sem perdão. 

No gol da virada, foi Suárez, depois de receber de Ferreira, quem lançou a bola para a entrada da área, em direção a Nathan Fernandes —- esse craque em formação. O guri com um toque provocou a trapalhada dos zagueiros e permitiu que a bola fosse cair nos pés de Franco Cristaldo. Sem deixar que a bola tocasse o gramado, o argentino mostrou porque é o segundo goleador do elenco gremista. 

O gol de Cristaldo foi o gol da vitória. O gol libertador! Que nos alçou a Libertadores! E dizer que a menos de um ano disputávamos as agruras da Série B. Um feito que só eu e você, caro e raro torcedor que lê esta Avalanche, sabemos o que significa na nossa história. Deixamos para trás o rebaixamento, mantivemos a hegemonia regional, sobrevivemos aos revéses e lutamos bravamente pelas conquistas. Fraquejamos e nos recuperamos. Mais vencemos do que perdemos. Empatamos poucas vezes. Para ao fim de tudo isso e à alegria geral da nação tricolor, cá estarmos mais uma vez a Caetanear e cantarolar: 

“Loco por ti, América

Soy loco por ti de amores

Soy loco por ti, América

Loco por ti de amores”

Deixe um comentário