Avalanche Tricolor: é o que define o Grêmio de 2025

Corinthians 2×0 Grêmio
Brasileiro – Itaquerão, São Paulo (SP)

Gremio x Corinthians
Foto: Lucas Uebel/GrêmioFBPA

Termina o jogo e o narrador da TV faz o que manda o protocolo: confere a tabela. É o momento de entender quem sobe, quem desce e quem apenas se arrasta. Confesso que já nem lembro a última vez em que vi o Grêmio entre os dez primeiros. Continuamos teimosamente na segunda página, aquela reservada aos que ainda respiram, mas sem fôlego para correr.

É verdade que o cenário já foi mais dramático; flertamos com a zona do rebaixamento e voltamos vivos. Hoje, o perigo parece distante, menos por mérito nosso e mais pela inércia dos que estão abaixo. O Grêmio melhorou, sim, mas pouco.

Nas últimas dez rodadas, vencemos quatro, perdemos quatro e empatamos duas. Há cinco jogos, seguimos um roteiro previsível: vitória em casa, derrota fora. Faltam sete partidas: quatro na Arena e três longe dela. Algumas complicadas, contra times que ainda sonham com o título. Outras, que pedem apenas o trivial. E o trivial, convenhamos, é o que temos a oferecer.

Nosso destino, portanto, parece traçado: o meio da tabela. E é o que merecemos após uma temporada claudicante. Esperar mais seria pedir clemência a deuses do futebol que andam de má vontade com a gente.

O caro e cada vez mais raro leitor desta Avalanche já deve ter percebido alguns delírios recentes deste escrevinhador. Foram surtos de entusiasmo, nada mais. O jogo seguinte sempre se encarrega de nos trazer de volta à realidade, às vezes com crueldade, como na goleada na Bahia.

Por isso, sair de Itaquera com um revés não surpreende. Disseram na transmissão que não perdíamos para o Corinthians, fora de casa, há onze jogos. Bonita estatística, até lembrarmos que ultimamente o Grêmio tem se notabilizado por colecionar marcas históricas negativas.

Em 2025, o meio, o mediano, o quase. É isso que nos cabe. E, infelizmente, é isso que nos define.

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