Saudar a D. Josefa pelos trabalhos realizados na comunidade pode ser algo que vá enchê-la de orgulho. Regozijar-se com a conquista de um cidadão se justifica em alguns casos. Assim como louvar o trabalho de um colega. Todos estes atos estão na categoria das moções, comuns no parlamento brasileiro mas de pouquíssimo ou nenhum impacto na sociedade.
Criticados pela baixa produtividade no parlamento, os deputados estaduais do Rio de Janeiro decidiram criar uma cota para moções. Cada um dos 70 parlamentares fluminenses apenas poderá fazer 24 por ano. Convenhamos que 1.680 proposições de saudação, apoio, regozijo, louvor, repúdio ou seja lá o que for já é moção pra burro, mas pelo menos se tentará reduzir o tempo desperdiçado na Assembléia Legislativa com estas solicitações. No texto que propôs a alteração, há a informação de que apenas entre fevereiro e novembro de 2007, época na qual o projeto foi apresentado, haviam sido feitas 3.500 moções.
Ao criar a cota-moção, os deputados fluminenses cedem a pressão da ONG Transparência Brasil que, anualmente, publica levantamento sobre a produtividade das principais casas legislativas do País e destaca o elevado percentual de proposição com pouco ou nenhum impacto.