Sua Marca Vai Ser Um Sucesso: o que acontece quando o dono vai embora da empresa?

Foto de MART PRODUCTION

A longevidade das empresas traz consigo um desafio inevitável: como garantir que a marca mantenha sua essência após a saída de um líder que a personificava. Esse foi o tema de Jaime Troiano e Cecília Russo no Sua Marca Vai Ser Um Sucesso, no Jornal da CBN.

Cecília destacou que a sucessão envolve mais do que a troca de comando. “Se esse líder manteve toda essa energia apenas para si e não conseguiu ‘contaminar’ outros níveis da empresa com essa mesma energia da marca, quando ele sai fica um grande vácuo, uma crise de identidade. A empresa sem esse líder não sabe mais quem ela é.” Para ela, quando o trabalho de disseminar a razão de ser da organização é feito de forma planejada e constante, a marca consegue se perpetuar além dos produtos e serviços.

Jaime reforçou que o primeiro passo é a clareza do propósito. “O propósito vem de uma escavação, de explorar como os talentos daquela empresa se conectam com aquilo que a sociedade precisa. É nessa intersecção que o propósito se revela.” Ele lembrou que esse compromisso precisa ser vivido no dia a dia: na forma de contratar pessoas alinhadas, desenvolver produtos coerentes e até abrir mão de iniciativas que não reforcem a identidade da marca.

Para ilustrar, Jaime citou a brasileira Dengo, que nasceu valorizando o cacau nacional e os produtores da Bahia, e a americana Patagônia, fundada por Yvon Chouinard, que traduz no próprio negócio seu engajamento ambiental — a ponto de fechar lojas e site na Black Friday como forma de incentivar o consumo consciente.

A marca do Sua Marca

Planejar a sucessão de liderança é essencial para preservar a alma da empresa. Quando o propósito é disseminado e compartilhado por todos, a passagem de bastão ocorre de forma mais suave, garantindo que a marca mantenha sua identidade, independentemente de quem esteja no comando.

Ouça o Sua Marca Vai Ser Um Sucesso

O Sua Marca Vai Ser Um Sucesso vai ao ar aos sábados, logo após às 7h50 da manhã, no Jornal da CBN. A apresentação é de Jaime Troiano e Cecília Russo.

Mundo Corporativo: Christina Bicalho, da STB, destaca o crescimento da busca de executivos por aprendizado contínuo fora do Brasil

Reprodução do vídeo da entrevista com Christina Bicalho, no Mundo Corporativo

“Essa dificuldade de também estar lá fora, longe da família, escutando outro idioma o dia inteiro… é isso que nos torna grandes líderes.”

Christina Bicalho, SBT

Executivos brasileiros estão cada vez mais interessados em se desafiarem em busca de aprimoramento e se desenvolverem profissionalmente. A procura por programas de educação executiva no exterior cresceu 20% neste ano, segundo Christina Bicalho, vice-presidente do STB – Student Travel Bureau, em entrevista ao Mundo Corporativo. A tendência, impulsionada por mudanças tecnológicas e comportamentais, revela que o desenvolvimento de líderes passa não apenas por conteúdo acadêmico, mas também por experiências internacionais transformadoras.

De acordo com Christina, os programas variam de três dias a três meses e atendem desde gestores que buscam capacitação rápida até profissionais interessados em aprofundamento técnico ou mudança de carreira. “O executivo precisa estar sempre aprendendo. As matérias mudam muito rapidamente e o mundo está muito plano.”

Especialização, imersão e pensamento crítico

Para além da formação acadêmica tradicional, a executiva destaca o valor da imersão internacional. “Quando você sai do ambiente que lhe é familiar, enfrenta um clima novo, diferentes nacionalidades, professores com uma cabeça completamente diferente… você começa a abrir novas janelas.” O contato com metodologias práticas, estudos de caso e mentoria com profissionais de diversas culturas amplia o pensamento crítico e analítico dos participantes.

A personalização dos programas também é parte essencial da proposta do STB. “A gente tem uma política de fazer entrevistas individuais, levantar onde está a necessidade do executivo e propor programas alinhados ao momento de vida dele”, explicou. O portfólio de opções abrange não apenas os Estados Unidos, mas também destinos como Alemanha, Canadá, Espanha, Portugal e Austrália.

Intercâmbio para além da liderança

O perfil dos interessados é amplo. Jovens de 28 a 35 anos em fase de transição profissional compartilham espaço com executivos de 50 a 65 anos que buscam atualização frente às novas gerações. “Hoje, todo mundo quer fazer um programa de liderança. Mas o que é ser um bom líder dentro do seu contexto?”, provoca Christina.

Além de liderança e negócios, os temas mais procurados incluem tecnologia, neurociência, ESG e gestão ambiental. “A educação executiva é muito nichada. Não adianta ser um grande generalista. Você tem que se especializar e ser muito bom naquilo que você faz.”

A questão do idioma, no entanto, ainda é um obstáculo. Muitos interessados não têm o nível de inglês necessário para acompanhar os cursos. “A gente faz um teste. Se não estiver adequado, recomendamos um programa intensivo de inglês voltado para negócios.” Christina relatou casos de executivos que iniciaram com cursos de idioma e, depois, conseguiram participar de programas mais avançados.

A executiva também observou uma mudança nos destinos preferidos. A Europa tem ganhado destaque em razão do custo reduzido e da possibilidade de acesso a universidades públicas por brasileiros com dupla cidadania. O Canadá também atrai pela possibilidade de levar a família, estudar e trabalhar com vistos legalizados.

Na avaliação de Christina, o investimento feito nos programas traz retorno não só na formação, mas também na reputação. “Você volta com uma bagagem gigantesca. E, na hora da entrevista, quando consegue demonstrar o que aprendeu, isso faz a diferença.”

Assista ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Mundo Corporativo: Carlos Busch convida você a entender o protagonismo do consumidor para ir além das expectativas

“… a gente precisa ser cada dia melhor que a gente mesmo e não melhor que um terceiro”

Carlos Busch

Vivemos épocas em que a única forma de interagir com uma marca era pela caixa postal; a inovação tecnológica deu liberdade às pessoas se comunicarem pelos canais que considerarem mais apropriados. Essas transformações também deram aos indivíduos o poder de escolha e a capacidade de comandar a evolução dos negócios, exigindo respostas do mercado. Uma pressão a mais sobre gestores e executivos que se veem ameaçados neste cenário e precisam reagir sendo protagonistas de suas carreiras e buscando ir além das expectativas.

A ideia que abre este texto é defendida por Carlos Busch, executivo, referência em evolução mercadológica, que atua há mais de vinte anos em multinacionais e ocupa, atualmente, vice-presidente na Sales Force Latin America. No programa Mundo Corporativo, o autor do livro “Muito além das expectativas” (editora Gente) chamou atenção para a necessidade de as empresas entenderem que o consumidor hoje tem muito mais informação e isso lhe confere poder:

“As empresas que entenderem que gerar informação gera relevância, gera empatia junto ao consumidor, são as empresas que vão estar mais próximas a criar um engajamento e, obviamente conseguir, ter as melhores transações comerciais com ele”.

Muitas empresas ainda mantém como parâmetro o mercado que atuam e seus concorrentes —  é o conceito do benchmark que sempre imperou na mente dos executivos. Para Carlos, esse viés do passado que ainda pauta a forma de agir de empresários e executivos, impede que se enxergue o poder do indivíduo:

“Quem conseguir converter a sua visão muito mais para o cliente tem chance de protagonizar muito mais e não vender 1.8 carros para cada dez pessoas que entrarem na loja, mas vender três, quatro, cinco …”

A referência de Carlos é de uma das histórias que conta no livro, na qual o vendedor de carros comemora o fato de alcançar um índice de conversão de vendas maior do que os concorrentes, quando seu objetivo deveria ser ampliar os resultados comparando com o seu próprio desempenho:

“… de nada adianta eu ser o melhor baseado que eu não sou o ótimo Muitos dizem que a minha oportunidade e a tua margem ou a tua margem é minha oportunidade. Nesse mercado de competição quem entender como entregar a melhor experiência para o cliente, dado que ele é o  protagonista , poderá chegar ao cenário de dez pessoas entrarem numa loja e comprarem dez carros. Por que não, né?”

Um dos caminhos para que essa mudança de comportamento ocorra é o método dos 5 Ps, que representam os cinco principais pilares responsáveis pelo protagonismo em sua jornada, segundo Carlos:

  • Propósito – descubra o seu e guie suas ações;
  • Pioneirismo – tenha uma mente inquieta e aja sem se preocupar em alinhar a sua conduta com a da maioria;
  • Pense e faça – tenha a liberdade de buscar algo diferente, ainda que não esteja pronto
  • Performance – desafie-se a todo momento a ser melhor e diferenciado
  • Pessoas – cerque-se de pessoas capazes de enriquecer suas ações e de o ajudar a forjar melhores caminhos.

Assista ao vídeo completo da entrevista de Carlos Buscah, no programa Mundo Corporativo:

Colaboraram com este capítulo do Mundo Corporativo: Priscila Gubiotti, Bruno Teixeira, Renato Barcelos e Rafael Furugen. 

Mundo Corporativo: relacionamento profissional é determinante para quem busca emprego, diz Guilherme Fernandes

 

 

“Vá atrás de promover o seu conhecimento, adquirir maiores conhecimentos através de networking, as pessoas são imprescindíveis para isso, não existe inteligência artificial que substitua” —- Guilherme Fernandes, Alexander Hughes

Setenta por cento das contratações de altos executivos são resultado da rede de relacionamento profissional que deve ser construída ao longo da carreira e não apenas no momento em que se busca a transição para outro cargo. A informação é de Guilherme Fernandes, sócio e CEO da Alexander Hughes, especializada em recrutamento de executivos, que foi entrevistado pelo jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo da CBN.

“Essas vagas tem de ser prospectadas pelos executivos, e isso é através de networking, conversas, apresentações, simpósios, feiras, e todo o tipo de evento onde a pessoa possa se mostrar, perder a vergonha, partir para o ataque e mostrar quem ele é e onde ele pode ajudar as empresas”

Fernandes conta a experiência de um profissional que usava o saguão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para se relacionar com outras pessoas e investia em uma estratégia muito mais simples e barata do que se poderia imaginar: puxava conversa com todos aqueles que sentavam ao lado dele, sempre atento as oportunidades que aquele novo contato poderia gerar.

 

Com esse exemplo, o CEO da Alexander Hughes ressalta que os profissionais que estão em transição de carreira têm de ter planejamento, proatividade e dedicar muitas horas do seu dia na busca de um novo posto, cumprindo horário e tarefas como fazia na época em que ocupava um cargo de liderança na empresa.

 

Uma palavra de ânimo aos executivos que perderam o emprego após os 50 anos: é preciso entender que o momento é diferente assim como a realidade salarial, mas que as empresas têm interesse na sua experiência.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas, no Twitter (@CBNoficial) e na página da CBN no Facebook. O programa é reproduzido aos sábados, às 8h10 da manhã, aos domingos, 10 da noite, em horário alternativo, ou a qualquer momento em podcast e no canal da CBN no You Tube. Colaboram com o programa Guilherme Dogo, Ricardo Gouveia, Bianca Vendramini e Débora Gonçalves.

Mundo Corporativo: Robert Wong diz o que as empresas esperam encontrar quando saem em busca de um CEO

 

 

“Escolher as pessoas certas, para o lugar certo, na hora certa e que trabalhem pela razão certa” — essa é uma das competências necessárias para quem pretende assumir o comando da empresa, segundo o headhunter Robert Wong, entrevistado pelo jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da CBN. Outro aspecto que destaca é a necessidade de o “líder enxergar onde os outros não enxergam”. Wong é chairman da Havia e um dos maiores especialistas em atuação no Brasil no recrutamento de CEOs.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido ao vivo, no site e na página da CBN no Facebook, às quartas-feiras, 11 horas da manhã. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN, ou domingo, às 11 da noite, em horário alternativo. Colaboraram com o Mundo Corporativo Gustavo Boldrini, Ricardo Gouveia e Débora Gonçalves.

Mundo Corporativo: Murilo Gun sugere mudanças que podem deixar sua empresa e funcionários mais criativos

 

 

“Esse modelo escolar de prova, de gabarito, fez a gente acreditar nunca coisa horrível que é se contentar com a primeira resposta certa das coisas. Todo problema tem mais de uma resposta”. A lição é de Murilo Gun, humorista e professor de criatividade, em entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Gun é formado em administração, mas sua especialidade é provocar gestores e executivos a desenvolverem ambientes propícios à criação, pois entende que o sistema que funciona dentro das empresas restringe a forma de pensar dos funcionários.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas, no site e na página da CBN no Facebook. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN. Colaboram com o Mundo Corporativo Juliana Causin, Rafael Furugen e Debora Gonçalves.

Mundo Corporativo: Aldo Bergamasco, da ZRG, diz quem é o executivo que as empresas buscam no mercado

 

 

 

 

“Aqueles que conseguem ter um visão de alguns anos a frente de tendência de mercado e executar o dia a dia de uma forma muito cuidadosa e precisa, esses são aqueles executivos e grupos de executivos que estão trazendo os melhores resultados para as empresas”. A opinião é de Aldo Bergamasco, da ZRG Partner Brasil, em entrevista ao jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Bergamasco é especializado na seleção e busca de executivos de alta perfomance e conta que tipo de líder as empresas procuram para comandar suas equipes e como você pode se preparar melhor para encarar este desafio.

 

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido ao vivo, quartas-feiras, 11 horas, no site na página da rádio CBN no Facebook. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN. Colaboram com o Mundo Corporativo Juliana Causin, Rafael Furugen e Débora Gonçalves.

Mundo Corporativo: Maria Tereza Gomes diz o que aprender com a aventura dos CEOs rumo ao topo da empresa

 

 

“Os presidentes de empresa, eles não tendem a estagnar diante dos problemas, eles tendem a superar esses problemas, eles continuam na batalha, eles não param – ah, vai chorar com a mamãe – eles vão brigar contra o dragão, eles vão vencer os inimigos, eles vão encontrar uma maneira de continuar sua jornada”. A afirmação é da professora e jornalista Maria Tereza Gomes em entrevista ao programa Mundo Corporativo, da rádio CBN. Autora do livro “O Chamado – você é o herói do próprio destino”, Maria Tereza fala das aventuras, batalhas, guardiões, dragões e conquistas que fazem parte da nossa jornada profissional. E apresenta algumas questões que precisamos ter bem definidas antes de aceitarmos um novo emprego.

 

Na entrevista com o jornalista Mílton Jung, ela sugere que ao ser convidado para um novo emprego ou função, você responda a três perguntas:

 

Você está pronto para aquilo (tem as competências necessária)?
Você se sente confortável (faz parte dos seus valores)?
Você vai estar com pessoas que você gosta (gente que vai ajudar você a se desenvolver)?

 

Para saber mais, assista ao vídeo do Mundo Corporativo.

 

O programa é apresentado ao vivo, às quartas-feiras, no site e na página da Rádio CBN no Facebook. E aos sábados é reproduzido no Jornal da CBN.

A solução sempre estará na Democracia

 

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Doze vereadores de Foz do Iguaçu foram presos pela Polícia Federal suspeitos de envolvimento em desvio de dinheiro da prefeitura em obras e serviços mal ou sequer prestados. O prefeito e seus secretários já tinham caído durante as investigações. Restaram três vereadores na Câmara Municipal. E a vergonha dos moradores que pagam impostos e assistem a estas falcatruas.

 

No Rio Grande do Sul, professores com mestrado e doutorado, gente da elite intelectual da universidade federal estão na mira da polícia porque desviam dinheiro de bolsas de ensino e passavam alunos em cursos de pós-graduação sem que eles precisassem assistir às aulas.

 

No Distrito Federal, médicos falsificavam atestados médicos para justificar a ausências nos postos de saúde e hospitais públicos. Crime descoberto após a reclamação frequente de pacientes que procuravam a rede pública mas não encontravam profissionais à disposição – apesar de eles existirem na folha de pagamento.

 

Diante desses fatos, não há como se surpreender com o que surge nas delações premiadas e investigações da Operação Lava Jato. Por um lado, o Estado é usado para financiar partidos e pessoas, aceita pagar mais caro às empreiteiras, desde que estas devolvam parte do dinheiro aos seus agentes. De outro, políticos vendem emendas e projetos de lei para beneficiar quem paga mais alto. Uma gente que decidiu privatizar o mandato público.

 

Se a política não presta, aposta-se na Justiça. No entanto, seus agentes também estão dispostos a negociar em troca de benefícios corporativos. Querem manter regalias, evitar que cortem supersalários e garantir privilégios sustentados pelo contribuinte.

 

No jogo de poder, Legislativo e Judiciário tomam medidas para conter os abusos, mas o fazem apenas por chantagem. Assinam projetos e concedem liminares que aparentam justeza no ato; no entanto, em vez de se pautarem pelo interesse público, o fazem pelo interesse próprio.

 

Já o Executivo, em lugar de buscar uma saída para a crise, está muito mais preocupado em se safar das acusações.
Apesar de tudo isso, não se engane com os aproveitadores: a solução sempre estará na Democracia, mesmo porque só podemos saber da existência de todos os desmandos e denunciá-los por causa dela.

 

Que seja preservada para todo e sempre!

Depois da escolher o candidato na urna, é hora de escolher o vereador na Câmara

 

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Urnas abertas, votos digitados e calculados, e nomes definidos. Algumas cidades voltarão ao segundo turno. Outras resolveram a parada na primeira rodada. Nesta segunda-feira, porém, com certeza todos já saberemos que são os vereadores que elegemos (ou que não conseguimos eleger).

 

É provável que você e muitos de nós sequer consigamos identificar quem são os candidatos eleitos para as câmaras municipais, teremos nomes desconhecidos. Podemos ter também nomes que conhecemos muito bem e, por isso mesmo, não somos capazes de entender como conquistaram uma vaga.

 

A campanha com tempo e dinheiro mais curtos não é o único motivo desta sensação. Historicamente, temos pouca proximidade com o Legislativo e menos ainda ideia da importância deste voto para garantir as políticas públicas das nossas cidades. Culpa também da atuação desses legisladores que preferem ações paroquiais às discussões municipais que impactem os cidadãos como um todo.

 

Muitos dos vereadores se travestem de assistentes sociais e muitos dos cidadãos cobram deles esta postura, quando a responsabilidade que têm passa longe desta função. Assistência social é dever do Estado – no caso, da prefeitura e seus órgãos – enquanto aos vereadores cabe a elaboração de leis e a fiscalização do ato do Executivo.

 

Por exemplo, em lugar de dar casa, comida e cadeira de roda, os vereadores devem garantir as políticas de assistência, cobrando do prefeito a execução das verbas destinadas a área e discutir no plenário a aprovação de projetos que beneficiem o setor.

 

Se você olhou a lista de vereadores da sua cidade e não enxergou o nome do candidato que você votou (você votou?), bem-vindo ao clube. Geralmente é isso que acontece com o eleitor. Com variações de uma cidade para outra, em média, de cada 10 eleitores apenas três conseguem emplacar o seu candidato. Isso faz com que muitos não se sintam representados no Legislativo.

 

Apesar disso, é bom saber que eles e elas que lá estão são nossos representantes. Portanto, depois de escolher um candidato na urna, chegou a hora de escolher um vereador na Câmara. Dê uma olhada nos nomes, identifique aquele que mais se aproxima das suas ideias, ou procure alguém que você questiona a atuação e o pensamento ideológico. E adote este vereador.

 

Sim, estou aqui para reforçar convite que fizemos a primeira vez em 2008.

 

Não ter conseguido eleger o seu candidato, não significa que você tenha de voltar para casa, guardar o título de eleitor e esperar mais dois ou quatro anos para exercer sua cidadania. Temos a obrigação cívica de acompanhar o trabalho dos vereadores, cobrando discussões de interesse público e não de seus interesses privados e fiscalizando a forma como usam o nosso dinheiro para manter seus gabinetes e mandatos.

 

Portanto, escolha um nome e assuma o compromisso de monitorar, fiscalizar e controlar o mandato do vereador. Aproveite as informações levantadas e leve para suas páginas nas redes sociais contando aos seus amigos e seguidores o que encontrou e o que pensa sobre o assunto. É uma forma de levar esta mensagem para mais pessoas e compartilhar um conhecimento que pode ser muito útil à sociedade e à formação política nas nossas cidades.

 

Acesse aqui e conheça parte do trabalho realizado por voluntários do Adote um Vereador.