“… a gente precisa ser cada dia melhor que a gente mesmo e não melhor que um terceiro”
Carlos Busch

Vivemos épocas em que a única forma de interagir com uma marca era pela caixa postal; a inovação tecnológica deu liberdade às pessoas se comunicarem pelos canais que considerarem mais apropriados. Essas transformações também deram aos indivíduos o poder de escolha e a capacidade de comandar a evolução dos negócios, exigindo respostas do mercado. Uma pressão a mais sobre gestores e executivos que se veem ameaçados neste cenário e precisam reagir sendo protagonistas de suas carreiras e buscando ir além das expectativas.
A ideia que abre este texto é defendida por Carlos Busch, executivo, referência em evolução mercadológica, que atua há mais de vinte anos em multinacionais e ocupa, atualmente, vice-presidente na Sales Force Latin America. No programa Mundo Corporativo, o autor do livro “Muito além das expectativas” (editora Gente) chamou atenção para a necessidade de as empresas entenderem que o consumidor hoje tem muito mais informação e isso lhe confere poder:
“As empresas que entenderem que gerar informação gera relevância, gera empatia junto ao consumidor, são as empresas que vão estar mais próximas a criar um engajamento e, obviamente conseguir, ter as melhores transações comerciais com ele”.
Muitas empresas ainda mantém como parâmetro o mercado que atuam e seus concorrentes — é o conceito do benchmark que sempre imperou na mente dos executivos. Para Carlos, esse viés do passado que ainda pauta a forma de agir de empresários e executivos, impede que se enxergue o poder do indivíduo:
“Quem conseguir converter a sua visão muito mais para o cliente tem chance de protagonizar muito mais e não vender 1.8 carros para cada dez pessoas que entrarem na loja, mas vender três, quatro, cinco …”
A referência de Carlos é de uma das histórias que conta no livro, na qual o vendedor de carros comemora o fato de alcançar um índice de conversão de vendas maior do que os concorrentes, quando seu objetivo deveria ser ampliar os resultados comparando com o seu próprio desempenho:
“… de nada adianta eu ser o melhor baseado que eu não sou o ótimo Muitos dizem que a minha oportunidade e a tua margem ou a tua margem é minha oportunidade. Nesse mercado de competição quem entender como entregar a melhor experiência para o cliente, dado que ele é o protagonista , poderá chegar ao cenário de dez pessoas entrarem numa loja e comprarem dez carros. Por que não, né?”
Um dos caminhos para que essa mudança de comportamento ocorra é o método dos 5 Ps, que representam os cinco principais pilares responsáveis pelo protagonismo em sua jornada, segundo Carlos:
- Propósito – descubra o seu e guie suas ações;
- Pioneirismo – tenha uma mente inquieta e aja sem se preocupar em alinhar a sua conduta com a da maioria;
- Pense e faça – tenha a liberdade de buscar algo diferente, ainda que não esteja pronto
- Performance – desafie-se a todo momento a ser melhor e diferenciado
- Pessoas – cerque-se de pessoas capazes de enriquecer suas ações e de o ajudar a forjar melhores caminhos.
Assista ao vídeo completo da entrevista de Carlos Buscah, no programa Mundo Corporativo:
Colaboraram com este capítulo do Mundo Corporativo: Priscila Gubiotti, Bruno Teixeira, Renato Barcelos e Rafael Furugen.