
O concurso Miss Brasil Indígena, que será realizado em Brasília, tem sido a oportunidade para a apresentação da beleza das índias brasileiras e, ao mesmo tempo, para se descobrir como elas têm sido cobiçadas por homens que não fazem parte das populações indígenas. Devanir Amâncio, sempre atento ao comportamento humano, que por muito tempo colabora com suas histórias neste blog, conta que muitas dessas moças não se casam com índios mas seus maridos acabam vivendo nas aldeias, o que estaria aumentando à população de homens brancos nestes locais:
“Muitas delas nem sempre se casam com índios, mas com juruás ou brancos. Aumenta o número de brancos nas aldeias de São Paulo. Só são aceitos na Casa de Reza depois que ‘assimilam’ a cultura e comportamento dos índios. Há quem até se finge de índio para se casar mais rápido. Quando não são aceitos, roubam a índia de madrugada.
“Preteridos por belas índias, índios enciumados acusam os juruás de exploração do sentimento e busca de vida fácil nas comunidades indígenas. Muitos se encostam mesmo… a ponto de brigar com o governo por mais dinheiro, segundo um índio adolescente da favela indígena do Jaraguá, Zona Norte, São Paulo. “Alguns juruás se dão ao luxo de ter amantes brancas”, comenta Pedro, filho do cacique. A maioria se casa vivendo numa acomodação total na aldeia – desfrutando, sem esforço, de todos os direitos indígenas, critica um ex-cacique. Faz questão de lembrar que não são todos malintencionados”.
O concurso que está sendo divulgado por Olívio Jekupé, da aldeia Krukutu, em Parelheiros, na zona sul de São Paulo, e Carlos Alberto Dias, da Fundação Nacional do Índio, será no dia 14 de setembro, em Brasília. Desde já, muitas das concorrentes desfilam no perfil do Facebook de ambos.

