Mundo Corporativo: Isis Abbud, da Qive, defende automatizar a burocracia para evitar desperdícios

Nos bastidores do Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti/CBN

“Muitas vezes a gente tá sofrendo ali para trazer mais receita, trazer mais cliente, e não tá olhando para dentro da nossa operação.”

Isis Abbud, Qive

Mesmo que já seja do conhecimento de todos os gestores que eficiência virou palavra de ordem, muitas empresas brasileiras ainda ignoram um dos maiores potenciais escondidos nos próprios corredores: a gestão inteligente de seus dados fiscais. Esse é o alerta de Isis Abbud, CEO e cofundadora da Qive, que participou do programa Mundo Corporativo para falar sobre como transformar processos burocráticos em estratégia concreta.

Para Isis, “todo mundo já conhece uma empresa extremamente moderna, tecnológica, mas quando olha para dentro da operação financeira, não tem nada de tecnológico, nada de moderno”. Ela destaca que grande parte das organizações continua gastando horas preciosas com tarefas manuais, sem perceber que poderiam ganhar tempo, reduzir custos e evitar multas com automação.

Dados como ferramenta estratégica

A executiva explica que a área fiscal concentra um volume gigantesco de informações valiosas que muitas vezes ficam subutilizadas. “Só numa nota fiscal, a gente já tá falando de mais de 500 campos de dados”, conta. Segundo Isis, quando essas informações são exploradas de forma estratégica, podem evitar, por exemplo, compras desnecessárias ou ajudar a otimizar frotas inteiras, como aconteceu em um caso citado por ela, em que uma empresa evitou a aquisição de um caminhão ao cruzar dados de notas fiscais.

Além da agilidade nos pagamentos — como no caso do iFood, que saltou de 70% para 99% de boletos pagos em dia após automatizar processos —, Isis reforça que o principal ganho está em “transformar a área fiscal de operacional para estratégica”. A empresa Riachuelo, por exemplo, reduziu o tempo de processamento de mil notas fiscais de 16 horas para apenas 3 minutos, um exemplo prático do potencial de otimização.

Outro ponto abordado na entrevista é o impacto da diversidade no ambiente corporativo. Isis contou que 70% da alta liderança da Qive é formada por mulheres e defende que “você precisa olhar para diversidade não para ficar bonito, mas porque ela traz impacto direto no seu negócio”. Ela cita estudos que indicam até 30% mais resultado em empresas que têm equilíbrio de gênero na liderança.

Inteligência artificial como aliada

A Qive também aposta na inteligência artificial para melhorar ainda mais o ciclo de compras e pagamentos. “Uma das soluções é garantir que as empresas estejam comprando melhor e pagando no prazo certo, criando um relacionamento mais saudável com os fornecedores”, explica Isis. Para ela, a inovação não é um departamento ou um momento específico, mas um efeito colateral natural do hábito de resolver problemas continuamente.

Ao final, Isis reforça que o maior desafio é conscientizar as empresas sobre o valor escondido nos dados que elas já possuem. “Tem muita oportunidade ali que muitas vezes não é explorada por falta de tempo ou de organização”, conclui.

Assista ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã, pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, às 10 da noite, em horário alternativo. Você pode ouvir, também, em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves e Letícia Valente.

Mundo Corporativo: Fernando Pantaleão, da Visa, revela como IA e PIX revolucionam a segurança e a velocidade dos pagamentos no Brasil

Fernando Pantaleão no estúdio no Mundo Corporativo. Foto: Priscila Gubiotti CBN

“No final é usar o máximo de dados possível, com maior possibilidade de aproximação de hipóteses, para poder gerar um resultado melhor.”

Fernando Pantaleão, Visa

No mundo dos pagamentos digitais, a evolução vai muito além das maquininhas de cartão. Cada vez mais, tecnologias de ponta como inteligência artificial e machine learning redefinem o modo como consumimos, protegemos dados e aprimoramos a experiência de compra. Segundo Fernando Pantaleão, Vice-Presidente de Vendas e Soluções para Comércios da Visa do Brasil, esse avanço acelerado, impulsionado pela digitalização e por soluções como o PIX, está exigindo do setor uma adaptação rápida e constante. Ele compartilhou essas reflexões em entrevista ao programa Mundo Corporativo, ressaltando a importância de compreender e responder às novas demandas de segurança e conveniência para o consumidor.

IA e Machine Learning: Segurança e Eficiência no Combate às Fraudes

Para a Visa, a inteligência artificial e o machine learning não são apenas tecnologias de ponta, mas ferramentas essenciais para criar um ambiente de pagamento seguro. “A inteligência artificial e a história do machine learning… no final é usar o máximo de dados possível, com maior possibilidade de aproximação de hipóteses, para poder gerar um resultado melhor,” afirmou Pantaleão. Ele destacou que esses sistemas analisam volumes massivos de dados, permitindo uma resposta ágil e precisa na prevenção de fraudes. A Visa investe significativamente em inteligência artificial generativa, que, segundo Pantaleão, é uma das estratégias mais eficazes para antecipar e bloquear transações suspeitas antes mesmo que ocorram, garantindo que os consumidores possam contar com uma segurança robusta e invisível a cada compra.

Inovação e Velocidade: O Novo Desafio no Setor de Pagamentos

Pantaleão destacou a necessidade de investir na velocidade e empoderamento das equipes para implementação de tecnologias de pagamento seguras e eficientes. “A velocidade é fundamental, ou o poder de decisão é fundamental. E precisa disso. Senão você não tem velocidade de implantação de coisa nova,” afirmou ele, acrescentando que a Visa tem investido fortemente em soluções de segurança para minimizar fraudes e maximizar o índice de conversão nas vendas.

Outro ponto abordado foi o impacto da chegada do PIX, que ele classificou como um divisor de águas para o comércio eletrônico no Brasil. “A gente vê a chegada do PIX como muito importante para o Brasil, muito desafiadora,” mencionou Pantaleão, reforçando que a competição aumentou e a conveniência para o consumidor nunca foi tão grande. A digitalização promovida por essas novas formas de pagamento ampliou as oportunidades para empreendedores de diferentes portes, especialmente com a introdução de tecnologias como o “Tap to Phone”, que transforma o smartphone em uma máquina de pagamento.

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Mundo Corporativo: Paula Bellizia, do Ebanx, fala da próxima revolução dos pagamentos digitais

Paula Bellizia em entrevista do Mundo Corporativo Foto de Priscila Gubiotti

“O pagamento digital é a espinha dorsal do comércio digital global.”

Paula Bellizia, EBANX 

No atual cenário, onde a inovação tecnológica se destaca como força motriz na transformação dos mercados globais, o setor de pagamentos se revela como um terreno promissor para mudanças impactantes. No Brasil, o Pix se apresenta como o exemplo mais expressivo dessa transformação, democratizando o acesso aos meios de pagamentos digitais. Paula Bellizia, presidente de pagamentos globais do Ebanx, com base em pesquisa realizada pela empresa, previu que o Pix vai virar o método de pagamento preferido na economia digital brasileira em 2026, empatando com o cartão de crédito.

Durante entrevista o Mundo Corporativo, da CBN, Paula, que também lidera a força-tarefa “Mulheres, Diversidade e Inclusão em Negócios” do B20 (fórum empresarial cujo objetivo é propor políticas públicas para o G20), compartilhou perspectivas sobre o avanço dos pagamentos digitais e a influência vital da liderança feminina nessas mudanças.

Fundado no Brasil há 12 anos com uma visão global, o Ebanx atua hoje em 29 países, conectando empresas internacionais a consumidores locais por meio de soluções de pagamento inovadoras. Paula enfatizou que ao integrar os métodos de pagamento preferenciais dos consumidores, o Ebanx facilita a entrada de empresas estrangeiras em mercados emergentes, promovendo um impacto positivo tanto no comércio digital quanto na vida das pessoas ao tornar o acesso a bens e serviços mais democrático e inclusivo:

“Nós estamos gerando a inovação necessária para transformar o ecossistema de pagamentos no mundo. Então, a partir do Brasil, a gente está mostrando como realmente mudar e com toda a experiência para o consumidor e para pequena empresa, também”. 

Dados do Ebanx indicam que 95% dos novos clientes de empresas optam pelo Pix em sua primeira compra, demonstrando a importância dessa modalidade no crescimento empresarial no país, o que justifica a recente incorporação do Pix por gigantes como Amazon e Google. Essa inovação, segundo Paula Bellizia, é um reflexo da capacidade do país de liderar mudanças significativas no cenário global de pagamentos.

Curiosamente, se as transações de pessoa para pessoa ou do cliente com a empresa ganharam essa agilidade, ainda existem muitos entraves nos pagamentos de empresa para empresa. Paula disse que cerca de 70% das transações B2B ainda são manuais e levam até 14 dias para serem concluídas, uma realidade que se transforma em oportunidade e tende a ser a próxima revolução dos pagamentos digitais:

“Tem muita inovação para acontecer ainda. Eu acho que a gente está no começo. Tem ainda a parte do comércio entre empresas. Tudo que a gente viu acontecer com os consumidores finais vai acontecer no mercado B2B. Aqui tem muita disrupção para acontecer, porque por curioso que seja esse é um mercado que parece ainda na era analógica”. 

Liderança Feminina e Inclusão

Paula Bellizia refletiu sobre sua experiência em posições de destaque em grandes empresas tecnológicas e como isso moldou sua visão sobre inovação, diversidade e inclusão. Ela acredita que o sucesso feminino inspira novas gerações.

“Acho que histórias femininas que mostrem que é possível e é possível com todas as escolhas. É possível se você quer ter uma família. É possível se você não quer ter uma família. É possível se você quer morar no Brasil. É possível se você quer morar fora do Brasil. É possível em tech. É possível em negócios. É possível!”

Sua liderança no Ebanx e na força-tarefa do B20 destaca-se não apenas pelos resultados empresariais mas também pelo compromisso com a construção de um ambiente corporativo mais inclusivo e representativo. Paula  consideraa diversidade uma alavanca para a inovação, argumentando que a pluralidade de ideias é essencial para criar soluções verdadeiramente disruptivas.

“Para mim como líder, a inovação só é possível a partir de perspectivas diferentes sendo trazidas pra mesa, a partir de uma cultura que incentive o diálogo e o desafio construtivo de ideias para que a gente tenha a ideia vencedora para companhia e não a ideia de pessoas individuais. Então, para mim, inovação e diversidade caminham lado a lado. Arrisco dizer que é impossível ter inovação sem diversidade”.

Assista  ao Mundo Corporativo

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã pelo canal da CBN no YouTube. O programa vai ao ar aos sábados, no Jornal da CBN, domingo, às 10 da noite, em horário alternativo, e também fica disponível em podcast. Colaboram com o Mundo Corporativo: Carlos Grecco, Rafael Furugen, Débora Gonçalves, Priscila Gubiotti e Letícia Valente.

A entrevista de Paula Bellizia ao Mundo Corporativo traz à tona reflexões essenciais sobre o papel da inovação e da liderança feminina nos negócios globais. Suas palavras não apenas iluminam o caminho para futuras disrupções no setor de pagamentos digitais mas também reforçam a importância da inclusão e da diversidade como pilares fundamentais para o sucesso empresarial no século XXI: 

Mundo Corporativo: “o maior limite é a imaginação”, diz Nuno Lopes Alves, da Visa

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“Se a gente acha que sabe tudo vai dar errado; a gente prefere muito mais ter uma postura de aprender tudo”  Nuno Lopes Alves, Visa

No senso comum, por óbvio, empresas de cartão de crédito nos fornecem cartão e crédito. Na vida real, nem uma coisa nem outra. O cartão sequer é fabricado por essa empresa e, convenhamos, cada vez mais se faz desnecessário diante dos avanços tecnológicos, pagamentos por aproximação ou indução, por exemplo. Já o crédito, vem do banco ou da instituição financeira parceira da empresa que fornece a tecnologia para que todas essas transações se realizem. 

Considerando tudo o que foi dito no primeiro parágrafo, Nuno Lopes Alves, country manager da Visa do Brasil, define sua empresa como sendo uma empresa de tecnologia. Definição que vai ao encontro do que o fundador da Visa, Dee Hock, previa há 60 anos. Esse americano, nascido em Utah, que morreu em julho deste ano, entedia que no futuro os pagamentos seriam feitos por meio de prótons e elétrons. Razão pela qual, na entrevista ao Mundo Corporativo, Nuno  não tem dúvida em dizer que a Visa foi a primeira ‘fintech’ criada no mundo.

“O nosso maior limite é a imaginação; é a gente entender como pode facilitar a vida do consumidor e dos estabelecimentos comerciais no seu dia a dia. Quando a gente entende onde tirar a fricção, a tecnologia está lá disponível para ser aplicada”

A Visa informa que são mais de 10 milhões de estabelecimentos comerciais no Brasil que aceitam seus “cartões”. E o volume de pagamentos digitais, entre abril e junho de 2022, triplicou em comparação com o mesmo período de 2019. Nas compras online, quadruplicou. 

Participando de um número gigantesco de transações diariamente, e todas através de tecnologia, imagine a quantidade de dados que a Visa acumula — um capital acumulado que tem ajudado comerciantes e empreendedores a tomarem decisões dos mais variados tipos, segundo Nuno. A partir das informações armazenadas é possível entender a jornada do consumidor, o fluxo de pessoas em determinadas áreas comerciais, o tíquete médio do público-alvo e os interesses que movem os clientes.

“A gente precisa de ter uma foto muito nítida para poder agregar esse tipo de valor aos nossos parceiros, mas o dado é essencial nessa dinâmica de ter uma decisão de melhor qualidade e a resposta é, sim, isso é mais do que parte da nossa estratégia, é nossa obrigação para continuar agregando valor a todos os nossos parceiros, inclusive ao consumidor porque altera ofertas mais relevantes baseado no seu padrão de consumo”.

Das tecnologias, a que vai crescer exponencialmente, agora, é a que permite as transações feitas por aproximação — que podem ser feitas, sim, com aquele plástico que carregamos na carteira, mas, também, com o celular, o relógio, a pulseira ou qualquer outro gadget que surgir. Os próximos passos, segundo Nuno, serão os pagamentos vinculados à identidade digital e o aproveitamento do que chama de ‘Economia das Coisas’, baseada na conversão da internet das coisas, blockchain e moedas digitais.

Diante de todas as possibilidades, é fundamental que a empresa crie um ambiente de inovação e se mantenha constantemente em contato com o conhecimento que pode surgir desde a academia até o pequeno ponto de comércio. Por isso, Nuno ressalta a necessidade de estamos sempre dispostos a aprender:

“ … então, menos respostas, mais perguntas; menos um impulso de achar que a gente já entendeu o problema até realmente ter entendido o que que a gente tem que resolver. O achismo não pode ter lugar, não é?”.

Assista ao Mundo Corporativo, com Nuno Lopes Alvez, country manager da Visa do Brasil, em que também falamos sobre o fenômeno do PIX, o investimento em cripto e estratégias para um ambiente inovador nas empresas:

O Mundo Corporativo tem as colaborações de Bruno Teixeira, Renato Barcellos, Priscila Gubiotti e Rafael Furugen.

Mundo Corporativo: Percival Jatobá fala como a inovação tem tornado mais seguros os pagamentos eletrônicos

 

 

 

 

“O banco recebe uma informação dizendo que você está na latitude A e na longitude B, e o comércio se encontra em um outro local, absolutamente diferente, ele vai ter muito mais propriedade para tomar decisão … a indústria vem trabalhando muito fortemente no campo de garantir que os dados sejam corretamente carregados e que a transação ocorra da forma mais segura possível”. Desta maneira, Percival Jatobá, vice presidente de produtos da Visa do Brasil, explica como as empresas do setor de pagamento eletrônico têm atuado diante do desafio da segurança e da privacidade dos dados do cliente. Ele foi entrevistado pelo jornalista Mílton Jung, no programa Mundo Corporativo, da radio CBN.

 

Uma das inovações que vem sendo estudadas pela empresa é a utilização dos carros conectados que podem ser usados para tornar mais simples e produtiva a relação de compra dos consumidores. Hoje já se tem tecnologia que permite que o motorista faça a encomenda de uma refeição, e, ao chegar ao ponto de venda, encontre o produto à sua espera e com o pagamento realizado, apenas pelo comando de voz. A Visa mantém, em São Paulo, um centro de inovação para promover a interação entre novos empreendedores e incentivar a busca de soluções tecnológicas.

 

O Mundo Corporativo pode ser assistido, ao vivo, às quartas-feiras, 11 horas da manhã, no site ou na página da CBN no Facebook. O programa é reproduzido aos sábados, no Jornal da CBN, e aos domingos, às 11 da noite, em horário alternativo. Colaboraram com o Mundo Corporativo Juliana Causin, Luiza Silvestrini e Debora Gonçalves.

Nos bancos nem tudo está na palma da mão

 

Por Ricardo Ojeda Marins

 

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Tudo na palma da mão. É essa a promessa, ao menos nas campanhas publicitárias, da maioria dos bancos brasileiros a seus clientes. Cada um a seu jeito transmite a ideia de que tudo pode ser resolvido pela internet, e, principalmente, pelas plataformas “mobile” em canais dos bancos como celular e tablet.

 

Recentemente, tive uma experiência no mínimo inacreditável com o Bradesco Prime. Já descontente com o banco, há algum tempo, pelo atendimento dos gerentes, excluí os cartões de crédito do serviço de débito automático e optei por efetuar o pagamentos por boleto bancário. Minha fatura mais recente do Visa Infinite foi entregue em meu endereço um dia após o vencimento. Tentei fazer o pagamento em atraso na internet do próprio banco. Não era possível. Liguei no Fone Fácil (central de atendimento a clientes) e fui informado de que faturas vencidas somente poderiam ser pagas em agências do banco. Simplesmente inacreditável, em pleno 2014, um cliente ter que ir pessoalmente à agencia para efetuar um pagamento. Imaginei que fosse um erro de orientação, porém, através do Alô Bradesco, onde formalizei reclamação, a necessidade deste procedimento foi confirmada.

 

O Bradesco Prime já esteve presente anteriormente em meus artigos para o Blog do Mílton Jung com questões que envolviam atendimento e benefícios reduzidos a clientes de cartões de crédito. As empresas no mundo globalizado investem em tecnologia, centrais modernas e equipadas, mas pelo que percebo o Bradesco anda para trás, diferentemente de seu concorrente mais direto, o Itaú. Pelo atendimento que venho recebendo na agência e nas centrais de relacionamento, me parece que o banco não investe em pessoas. Esquece de treiná-las, capacitá-las e motivá-las para a função.

 

Com relação a essa minha recente reclamação, a sensação que os atendentes passaram era de que eles simplesmente liam a informação, sem sequer entender o cliente ou usar de empatia. Nesse caso, porém, o problema vai além do atendimento pessoal, está relacionado aos processos usados pela instituição.

 

Como foi resolvido o problema? Indo pessoalmente efetuar o pagamento na agência do banco, e com juros pelo atraso. Nem tudo está na palma da mão.

 

Ricardo Ojeda Marins é Professional & Self Coach, Administrador de Empresas pela FMU-SP e possui MBA em Marketing pela PUC-SP. Possui MBA em Gestão do Luxo na FAAP, é autor do Blog Infinite Luxury e escreve às sextas-feiras no Blog do Mílton Jung.

Me dá um dinheiro aí !

 

Por Abigail Costa

Experimente contar um problema pra alguém.

– Isso não é nada!
– Imagine que….

Como se problema tivesse dimensão de mais ou menos, maior ou menor.
É problema e pronto.
Simples ? Não.

Fulano tem uma dívida, você ganha um pouco mais do que ele.
Logo, você vai dar uma força para cobrir a conta bancária do camarada.
Isso é o que ele espera, claro o teu salário é maior!
Mas e as suas despesas ? Elas também não são maiores ?

Tenho vivido fases parecidas.
Não se iluda, não falo de “gordos rendimentos”, mas dos que ainda acreditam que a obrigação é sempre dos outros.

Esse era um assunto que realmente não me incomodava. Deixava rolar.
Passou a incomodar quando começei a perder amigos e dinheiro.

É assim:

– Preciso da sua ajuda. No fim do mês, eu pag….

Sempre no fim de um mês que nunca chega.
Ele fugindo de você, e você sem jeito de cobrar.

E vem o pensamento:
– Por que não apliquei esse dinheiro na bolsa, lá se perdesse sabia do risco.

Passei por uma saia justa outro dia.
Eu e ele.
Quando desliguei o telefone, fiquei com raiva de mim.
Repeti em alto e bom som:
– Eu não aprendo !

Do fim do mês vai ficar para o dia 15.
Você acredita?
Quer apostar?
Não faça isso.
Corremos o risco de perder.
De novo.

Abigail Costas é jornalista, escreve às quintas-feira no Blog do Mílton Jung e, que fique claro, nunca me emprestou dinheiro.

Erro na Inspeção gera nova obrigação a atrasados

 (atualizado em 23.02, 10h48)

A prefeitura de São Paulo fez mais uma barbeiragem na inspeção veicular e decidiu jogar para o contribuinte a responsabilidade da solução do problema. Um erro no sistema de processamento de dados impedia o agendamento da inspeção pelos donos de veículos que não realizaram até 30 de janeiro o serviço referente ao ano de 2009. Hoje, a prefeitura anunciou que o proprietário que enfrentou esta dificuldade terá de comparecer na sede da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente para comprovar o pagamento da taxa de desbloqueio e inserir seus dados no sistema eletrônico.

A taxa de desbloqueio no valor de R$ 44,18 é uma espécie de multa devido ao não cumprimento da obrigação da inspeção no ano passado. Depois de pagá-la, o proprietário tem de agendar o serviço em um dos postos da Controlar, empresa contratada pela administração municipal.

O site da Controlar informa que os boletos de pagamento para desbloqueio, emitidos entre os dias 1º e 4 de fevereiro, apresentaram erro no código de barras e o pagamento não estava sendo aceito na rede bancária. Continuar lendo

Trapalhada leva governo a mudar prazo de pagamento do IPVA

 

Foram necessários dois dias de transtornos para o Governo de São Paulo anunciar mudanças no pagamento do IPVA, adiando as datas para os veículos com placas final 1,2 e 3. Até ontem, a Secretaria Estadual da Fazenda se negava a mudar o prazo de vencimento alegando que cerca de 1 milhão de proprietários de veículos haviam conseguido fazer o pagamento e que o sistema estava apenas lento, mas não havia parado. Não resistiu ao segundo dia de reclamações e no fim da tarde divulgou nota que reproduzo a seguir.

Antes uma lembrança e uma constatação: Ano passado foi o mesmo fiasco do tal “sistema” (que costuma não ter nome) e fica muito claro que a infra-estrutura projetada para atender o contribuinte pelos meios eletrônicos está aquém das necessidades.

Vamos as novas datas de pagamento, em São Paulo:

Os contribuintes que não conseguiram pagar o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) por conta da lentidão do sistema verificada em determinados horários na rede bancária, terão uma nova oportunidade para efetuar a operação. O governador José Serra determinou que os proprietários de veículos com placas final 1 (com vencimento no dia 8/1), final 2 (que venceu na segunda-feira, 11/1), e os de final 3, que vencem nessa terça-feira, 12/1, poderão quitar o imposto ou optar pelo parcelamento no período de 22 a 26 de janeiro. A Secretaria da Fazenda vai ajustar seu sistema para que esta operação seja realizada e os contribuintes tenham acesso aos benefícios previstos nas regras do IPVA.

Falha no sistema não adia pagamento de IPVA em SP

 

Pelo segundo ano consecutivo (que eu lembre), o paulista enfrenta dificuldade para pagar o IPVA devido a problemas no sistema eletrônico. Desde a abertura dos bancos, os proprietários de carros com placa final 2 reclamavam do atendimento lento e ineficiente. “O sistema está fora do ar” era o que se ouviu dos funcionários dos bancos. Na internet, a vida não era mais fácil.

O governo do Estado de São Paulo admite o transtorno causado ao contribuinte, mas diz apenas que se o pagamento não foi feito nesta segunda, ele ainda pode se beneficiar do desconto de 3% até o dia 21 de janeiro, mas é preciso “antecipar o licenciamento do veículo, quitando o IPVA e os demais débitos, como seguro obrigatório DPVAT, taxa para emissão do documento de licenciamento e multas”.

Leia a justificativa para a dificuldade imposta ao contribuinte e a explicação de como pagar o imposto:

Em determinados horários e instituições bancárias, o sistema online de pagamento de IPVA apresentou lentidão hoje (11/1) em razão de concentração de pagamentos em alguns períodos do dia. Estes picos de demanda provocaram, em alguns casos, maior tempo de resposta dos servidores da Prodesp e espera para a geração de comprovante de pagamento nos guichês e terminais de auto-atendimento. Dados preliminares revelaram que, até as 16h30, foram realizados um total de 1 milhão de pagamentos no sistema bancário.

O sistema se manteve ativo, sem interrupção de comunicação, durante todo o dia, apesar da lentidão verificada em períodos de grande concentração. Em situações como essa, em que há dificuldades na operação do sistema on-line, as instituições bancárias estão autorizadas a utilizar sistema de contingência, possibilitando o recolhimento do IPVA, mesmo que ocorra instabilidade na comunicação entre seus sistemas operacionais e os da Secretaria da Fazenda, operados pela PRODESP.

O contribuinte que eventualmente não conseguiu efetuar o pagamento com o desconto de 3% poderá ainda fazê-lo até o dia 21/01 e garantir o benefício. Para isso, basta antecipar o licenciamento do veículo, quitando o IPVA e os demais débitos, como seguro obrigatório DPVAT, taxa para emissão do documento de licenciamento e multas. O proprietário do veículo poderá também efetuar o pagamento integral do imposto no mês de fevereiro, sem o desconto.