Conte Sua História de São Paulo: meu “escritório” é o verde da Unidade do Sesc de Interlagos

Por Giuliana Pereira Agnelli Estrella

Ouvinte da CBN

Foto de arquivo da Unidade do Sesc de Interlagos cedido pela autora do texto

Pensar a cidade é pensar o todo, a junção do cinza com o verde.

Desde pequena sempre fui muito apaixonada pela “Selva de Pedra”, identificando suas belezas mesmo nos locais onde muitos não a encontravam, o que, com certeza, me fez vir a cursar arquitetura e urbanismo. O centro da cidade – o antigo e o novo, como costumam identificar – sempre me fascinou.

Foi minha mãe Maria Amélia que instaurou o hábito de frequentar as “áreas verdes” de São Paulo, me levando quase que diariamente ao parque. Na verdade, meu primeiro contato foi com a Praça Polidoro, no bairro da Aclimação, onde ia diariamente tomar meu banho de sol, ainda no carrinho de bebê.

Depois migramos para o Parque da Aclimação, local lindo lá no fiM dos anos 70, com seu lago central e a concha acústica; e, mais tarde, na juventude, para o Parque do Ibirapuera, onde, além de ter o privilégio de um respiro verde na cidade, ainda se unia ali a possibilidade de participar de atividades culturais e de lazer.

Seja para fazer uma caminhada, socializar, ficar de bobeira mesmo, curtindo um ‘ócio criativo’, nada melhor do que uma área verde, onde nos reconectamos e nos mimetizamos (ou tentamos) com a natureza, sempre tendo em mente a importância de um convívio respeitoso e de troca.

Nos últimos 8 anos de minha vida profissional, tenho tido o privilégio de trabalhar num ‘pulmão verde’ no extremo sul da Zona Sul da Cidade – a linda Unidade do Sesc Interlagos.

A área de 500 mil metros quadrados está às margens da represa Billings, um dos maiores mananciais em área urbana do mundo. No nome Interlagos, há referência à sua localização entre dois grandes lagos artificiais, as represas Billings e Guarapiranga, importantes reservatórios de abastecimento de água da cidade, mas que enfrentam graves problemas com o despejo de lixo e esgoto. Construídas com a finalidade de geração de energia, atualmente estas duas represas são responsáveis pelo abastecimento de bairros da região Sul e Sudoeste da capital, além de municípios da região metropolitana de São Paulo.

A Unidade vem desenvolvendo um processo de recomposição das suas matas ciliares através do reflorestamento das áreas que são contornadas pela represa Billings. O objetivo é garantir a proteção das nascentes e a produção de água.

Show de Roberto Carlos na inauguração/Foto cedida pela autora do texto

O espaço, que antes era uma fazenda, nos idos de 1975 foi aberto ao público como Unidade, inaugurada com um show do Rei Roberto Carlos, em uma área verde incrível. Essa área passou por muitas mudanças, espaciais e programáticas e tem caráter de parque, além de abrigar quadras para prática físico-esportiva, piscinas, quadras de tênis, ginásio, teatro, área de exposições, carreta BiblioSesc, entre tantos outros equipamentos culturais, socioeducativos, de lazer e saúde. À época de sua inauguração, na década de 70, a cidade ainda estava longe; ao ver os registros de imagens aéreas da época é visível como a cidade veio avançando e, a certo ponto, ‘passou’ a Unidade.

E esse caráter de “Parque” que tem foi o diferencial durante a pandemia, sendo uma das primeiras unidades do Sesc a reabrir as portas ao público, justamente num momento tão delicado, em que as pessoas estavam trancafiadas em casa, sem um espaço para tomar sol, caminhar, sentir a brisa e, literalmente, respirar…

É justamente esse local que me dá o orgulho de diariamente atravessar a cidade, e ver o impacto positivo que o contato com a natureza promove na vida das pessoas, e que está no cerne do trabalho do Sesc: a promoção do bem-estar. Realmente é um privilégio aqui estar, trabalhar para o lazer e cultura do público, ver cada criança maravilhada com um espaço tão rico e encantador, com uma vasta amostra das plantas nativas da mata Atlântica.

Um lugar onde, além de curtir e apreciar a paisagem, é possível discutir os conceitos e as possibilidades para o maior contato das pessoas com a natureza, a construção de hábitos saudáveis e, principalmente, a importância da conservação e entendimento sobre as áreas verdes.

Fica aqui minha declaração de amor à cidade de São Paulo em seu aniversário, e meu convite aos queridos e queridas radialistas da CBN, que sempre me acompanham no caminho de ida e volta do trabalho, e ao público em geral – venham conhecer e respirar o ar puro em Interlagos!

Giuliana Pereira Agnelli Estrella é personagem do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é de Cláudio Antonio. Seja você também um personagem da nossa cidade. Envie seu texto para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos, visite agora o meu blog miltonjung.com.br

Conte Sua História de São Paulo: o Pedro, o Lobo e os meus amiguinhos de corrida

Paulo Mayr Cerqueira

Ouvinte da CBN

Foto de Caique Araujo

Mil anos atrás, mesmo não sendo próximo a minha casa, costumava correr na Pista de Cooper do Parque do Ibirapuera. Estacionava o carro em uma travessa da 4º Centenário e caminhava um pouco.

Dois dias seguidos, um menino de uns três, quatro anos, que estava com a empregada no jardim de casa puxou conversa:

– Quem é você?

– Sou o corredor do Parque.

Parei e continuamos o bate-papo.

Na semana seguinte, ao me ver, chamou o irmão, um pouco maior, para me apresentar.

Meu já amigo, o Pefeli, e o novo, o Nirani.*

E assim foi indo. Com frequência, eles estavam por ali e conversávamos.

Então, no começo de dezembro, fiz uma fita K7 com a História do Pedro e o Lobo do músico russo ProKofiev, narrada por Roberto Carlos, no início do início da carreira do ídolo.

A ideia do autor era introduzir, de maneira lúdica, crianças no mundo da música erudita. Assim, cada personagem da história era representada por um instrumento de orquestra.

Em um envelope natalino, além da fita, o histórico, que xeroquei da contracapa, e um cartão meu de Feliz Natal. Eles não estavam em casa. Deixei com a empregada, já minha conhecida.

Dia 25 de dezembro, por volta de meio dia, antes de ir para o Almoço da família, passei por lá. Toquei a campainha. A avó, pelo interfone, perguntou quem era. Disse que havia deixado uma fita K7 para as crianças.

Ela:

– Não vai embora, não vai embora.

E veio correndo para o portão.

Novamente, os meninos não estavam. Ela contou que todos haviam se encantado comigo; e insistiu para eu tomar uma bebida com eles. Agradeci, mas não aceitei.

Hoje Pefeli e Nirani são homens feitos e talvez tenham um toca-fitas de museu só para, de vez em quando, ouvir com chiados a lembrança que o Corredor do Parque lhes deu.

Paulo Mayr Cerqueira e seus amigos, Pefeli e Nirani, são personagens do Conte Sua História de São Paulo. A sonorização é do Cláudio Antonio. Seja você também um personagem da nossa cidade: escreva seu texto e envie para contesuahistoria@cbn.com.br. Para ouvir outros capítulos da nossa cidade, visite o meu blog miltonjung.com.br ou o podcast do Conte Sua História de São Paulo.

Conte Sua História do Rádio em São Paulo: a disputa entre Roberto Carlos e Paulo Sérgio no rádio

Odnides Pereira

Ouvinte da CBN

Photo by Lukas on Pexels.com

Em 1959, quando nasci na Maternidade de Vila Maria, zona norte, a maioria das pessoas não tinha como comprar uma televisão. As notícias, histórias, músicas eram pelo rádio.

Morávamos em um cortiço na Vista Alegre, onde também viviam minhas tias. Quase todos os dias, elas se reuniam em volta do rádio para ouvir a Nacional. Gostavam do programa “História que o povo conta”, interpretadas por Silvio Santos. Éramos pequenos e morríamos de medo com o programa.

Mantivemos o hábito quando nos mudamos para uma casa na Vila Sabrina. No rádio, também havia uma disputa entre os cantores Roberto Carlos e Paulo Sérgio. O programa levava ao ar a música de um e de outro e os ouvintes escolhiam  a melhor. 

Eu e meu irmão, adolescentes, tirávamos sarro com as duas filhas de um dos nossos vizinhos. Toda vez que Paulo Sérgio ganhava a disputa. subíamos no muro e gritávamos para elas: “Paulo Sérgio é o melhor”, Tadinha, fãs do Roberto, elas até choravam. O troco vinha no dia seguinte quando Roberto Carlos era o vencedor. Só que a gente não chorava …

Nos anos de 1970, acordávamos com o Zé Béttio, na Rádio Record, que produzia o ruído de uma bacia d’água sendo despejada sobre os dorminhocos.  “Olha à hora, gente, olha à hora”, “joga água nele”, “acorda, gordo!” Entre uma fala e outra, havia burro zurrando, galo cantando e boi mugindo.

Não abandonamos o rádio nem mesmo quando meu pai conseguiu comprar uma televisão preto e branco. 

Depois que casei, em 1978, passei a levantar da cama com o rádio relógio ligado na Excelsior. E mais tarde, nos anos 90, conheci a querida CBN. 

Hoje, aposentado, com dois netos morando em casa, mantenho o hábito. Acordo às seis horas com as notícias do dia. No caminho da escola, levo os dois com o rádio na CBN, que também é minha companhia nas caminhadas diárias de seis quilômetros. Não desligo meu radinho de pilha nem mesmo na hora do banho ou nos fins de semana. Só mesmo quando quero ouvir música busco a Alpha FM, mas volto em seguida para me atualizar na CBN.

O certo é que aqui em casa não sabemos viver sem ouvir os programas de rádio.  

Odnides Pereira é personagem do Conte Sua História de São Paulo, especial 100 anos de rádio. A sonorização é do Cláudio Antonio. A partir de outubro, voltamos a nossa programação normal. Então, aproveite e escreva agora mais um capitulo da nossa cidade. Envie seu texto para contesuahistoria@cbn.com.br 

“É proibido proibir” ganha de goleada

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

Caaras

 

O Brasil, sétima economia do mundo, é de extremos. Impedíamos a moderna história nacional proibindo a publicação de biografias não autorizadas, enquanto países desenvolvidos mantinham uma abertura absoluta, permitindo edições de toda espécie.

 

Há uma semana, o STF mudou tudo. “Cala a boca já morreu” disse a ministra Carmen Lúcia, relatora do processo que derrubou a exigência de autorização prévia para biografias. Nessa longa batalha, a vitória unânime não foi a única vantagem, pois vilões e heróis foram identificados.

 

“Roberto Carlos em detalhes” foi recolhido por ação do “Rei”, que alegava intromissão na sua vida e no seu bolso. Certamente mais no bolso porque o livro de Paulo Cesar de Araujo não apresenta nenhuma faceta negativa. É como se fora escrito por um fã.

 

Caetano Veloso, o autor de “É proibido proibir”, impediu a publicação de sua biografia após sete anos de elaboração. Além disso, deve ter sido consultor da ex-mulher para através do “Procure Saber”, após reunir Chico Buarque, autor de Cálice, Gil e o próprio Caetano, todos vítimas da censura e exilados durante o período ditatorial, saírem a público com Roberto Carlos em defesa da proibição às biografias não autorizadas.

 

A biografia de Mick Jagger na edição brasileira não contém a parte do canil, por exigência da apresentadora Luciana Gimenez.

 

Lily Safra conseguiu no Brasil o que não obteve na Europa. Proibiu a publicação de sua biografia.

 

Livros

 

Paulo Coelho, o mais bem sucedido escritor brasileiro de todos os tempos, talvez o mais criticado, e dono do melhor exemplo, pois abriu a Fernando Morais a sua vida, não gostou da biografia feita, mas liberou-a, se posicionou em relação aos 9×0 na Revista Época:

“Depois que Roberto Carlos conseguiu o que quis, largou o grupo. A culpa ficou com os chamados progressistas. Porque, do Roberto Carlos, todo mundo esperava uma atitude assim, mas ninguém esperava do Caetano, do Gil, do Chico. Os artistas que apoiaram o cantor na luta pela proibição de biografias não autorizadas caíram numa “armadilha de quinta categoria, como patinhos”

 

Será que é a credulidade apontada por Paulo Coelho que explica os “progressistas” ou seria a ganância?

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

O Rei está nu, e foi o Réu quem denunciou

 

Por Carlos Magno Gibrail

 

 

Roberto Carlos ficará para a história definitivamente como cantor e censor. Como Rei, estará mais para o personagem da fábula de Christian Andersen: um monarca que desfilava com traje imaginário e era aplaudido pelos súditos, que, coniventes, não viam a sua nudez.

 

Este maio de 2014 também ficará para a história do Brasil. As dezenas de biografias censuradas e outras tantas a se fazer, deverão estar em breve liberadas. No início do mês a Câmara Federal aprovou emenda que autoriza a publicação de biografias sem a aprovação do biografado. Sistema democrático que responsabiliza o escritor, mas o libera na busca de todos os aspectos que possam compor a trajetória da personalidade estudada.

 

Na metade do mês, Roberto Carlos entrou no STF Supremo Tribunal Federal com um pedido para participar da discussão das biografias. Através do Instituto Amigos, criado por ele para poder entrar como parte interessada.

 

Na terceira semana de maio, o escritor e réu do Rei no processo cível e criminal que Roberto Carlos lhe dirigiu pelo livro “Roberto Carlos em detalhes”, surpreendeu a todos. Lançou a sua própria biografia na relação com o Rei. O Réu e o Rei, Paulo C. Araujo, Companhia das Letras, R$ 34,90, 528 páginas.O livro escancara os absurdos que fama e poder podem interferir unilateralmente nos comportamentos, procedimentos e julgamentos. O seu autor, o jornalista e biógrafo Paulo Cesar de Araujo, fã desde os 11 anos, poupa o autor e cantor, mas não esconde a agressividade que Roberto Carlos como censor lhe dedicou. Disse em entrevista ao Jornal da CBN que “Roberto Carlos será o último censor do Brasil”. E, aí assume a criança da fábula, que sem medo, grita cruelmente: “O Rei está nu”.

 

Este é o verdadeiro Roberto Carlos!

 

Vale aqui colocar a advertência da VEJA sobre o livro O Réu e o Rei: “os advogados de Roberto Carlos estão lendo o livro. Por via das dúvidas, é melhor correr para garantir o seu exemplar”.

 

Ouça aqui a entrevista de Paulo C. Araujo, ao Jornal da CBN:

 

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Milton Jung, às quartas-feiras.

A autobiografia cantada do Rei Roberto Carlos

 

O cantor Roberto Carlos, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, disse que pode aceitar a lei que permite a publicação de biografias não autorizadas, que está em discussão no Congresso Nacional, mas com algumas restrições. Os comentários do Rei inspiraram o encerramento do Jornal da CBN, nesta segunda-feira. Ouça, divirta-se e discuta.

 

No Reino das Biografias

 

Por Carlos Magno Gibrail

Roberto Carlos não gosta nem mesmo de caricatura

 

Essa nossa mania de chamar de “Rei” personalidades do mundo pop tinha mesmo que sair da metáfora e extrapolar ao mundo das divindades. É o que está acontecendo com Roberto Carlos, o cantor. E, com o beneplácito geral, até mesmo da mídia, que nem liga ao fato de RC não atender jornalistas. Exemplo disto é o tom da coluna da Mônica Bergamo, ontem, destacando ações dos advogados do cantor a quem usar o nome ou a imagem do “Rei”.

 

Tema antigo, mas atualizado em virtude da tramitação no Congresso, através da CCJ Comissão de Constituição de Justiça, cujo relator Alessandro Molon (PT-RJ) conseguiu aprovar, há duas semanas, em caráter conclusivo, isto é, sem necessidade de ir a plenário, o Projeto das Biografias 393/2011. Entretanto o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), evangélico, apresentou recurso, sem data prevista para votação em Plenário. Desta forma, o Projeto não vai direto ao Senado e a parte mais importante que é a liberação para biografar pessoas com dimensão pública será ponto central das discussões. Marcos Rogério exemplifica sua preocupação: “Imagine que um adversário seu resolva fazer uma biografia para te atacar ou até mesmo que um aliado resolva te promover”. Por aí percebemos qual é a intenção do deputado que registra também a dificuldade de estabelecer a dimensão pública do biografado, obstáculos visivelmente sem consistência.

 

Diante disso, a preocupante demora na futura tramitação no Congresso recebeu um alento. Eis que o “Rei” Roberto Carlos não gostou de um desenho seu estampado em uma dissertação de mestrado e enviou uma notificação extrajudicial à autora, Maíra Zimmermann. Aluna do Centro Universitário SENAC, com o apoio da FAPESP, publicou pela Editora Estação das Letras e Cores o livro “Jovem Guarda, Moda Música e Juventude”. A obra contempla seu trabalho acadêmico que se propõe a analisar o contexto da formação do mercado consumidor jovem resultante dos novos aspectos comportamentais da década de 60, e associado ao início da sedimentação do prêt-à-porter brasileiro.

 

A sintonia fina do trabalho, a extensão estritamente acadêmica, o específico mercado potencial, nada disso inibiu o “Rei”, cujos advogados argumentaram: “a própria capa do livro contém caricatura do notificante e dos principais integrantes da jovem guarda sem que eles nem sequer fossem notificados”.

 

Nem D.Pedro II, Imperador de fato, numa época em que havia escravos, ousou usurpar o direito da caricatura aos súditos.

 

Acreditamos que a extrapolação de Roberto Carlos contribua para chamar a atenção dos parlamentares ao exagero a que a atual legislação permite chegar. Além do impedimento às informações históricas de personalidades relevantes da vida brasileira, cria-se combustível para ações doentias como esta.

 


Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.

O cigarro do Ronaldo

 

Por Dora Estevam


 
O cigarro é mesmo o vilão. Digo isso porque foi só o jogador Ronaldo se despedir do futebol e pronto – o agora-eu-posso falou mais alto. Ele e o amigo Roberto Carlos caíram num cigarrinho. E, a se notar na foto, estava bem gostoso.
 
Confesso que fiquei desapontada com os moços tragando e conversando numa boa. Não quero me meter na vida deles, mas não combina. Não cai bem para jogadores experientes como os dois.

Sabe-se agora que eles fumam há bastante tempo e o tema teria sido assunto interno da seleção brasileira na Copa de 2006. A imagem feita pelo repórter fotográfico José Mariano, da Agência Estado, apenas escancarou o hábito.

Conhece aquele ditado: “o que os olhos não veem o coração não sente”

É por aí.
 
Pelas notícias já soubemos de muitos envolvimentos dos garotão com mulheres, travecas, baladas … mas com cigarro? Ainda se fosse um astro de Hollywood poderia dizer que começou a fumar porque fez um personagem que pedia esse comportamento. Mas creio que não é o caso.


 
Mesmo em Holly agora a onda é usar o cigarro eletrônico. Johnny Depp usou um no filme “O Turista”. A cena aparece logo no inicio do filme. Dá para ver bem como funciona. Para atores que não fumam  o cigarro eletrônico aparece até na versão sem nicotina.
 
O aparelhinho é todo equipado com um inalador, um cartucho, um atomizador ou chip e uma bateria recarregável. Ele acende na ponta simulando um cigarro de verdade. Até a fumaça sai da mesma forma.
 
Calma, calma, antes que digam e “daí esta fumaça …”! Ele vaporiza a nicotina, ou seja, a fumaça é apenas um vapor. Dizem que é mais saudável por só possuir nicotina, e que tem menos substâncias tóxicas que as 4 mil que um cigarro comum possui. Para quem quer parar de fumar, eles são vendidos com menos nicotina ou até sem.


 
O uso do cigarro eletrônico já virou febre em todo o mundo, mas no Brasil nem pensar. A Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária reprova o aparelho. Desde 2009 a importação do dispositivo eletrônico está proibida. É que a Anvisa não sabe até que ponto o seu uso pode prejudicar a saúde.

De volta a dupla RR. Se ao menos os dois estivessem fumando um desses sem nicotina, quem sabe abrandaria a decepção.
 
Mas é isso, o cigarro é um vício e tem muita gente que recorre a ele. Poderia ser na bebida, nas drogas, na comida ou sexo. Existem milhões de pessoas que tentam parar mas não conseguem. É muito difícil mesmo, por isso é um vício.
 
E o vício agora declarado também é do Ronaldo e do Roberto Carlos.
 
Que pena!
 
Dora Estevam é jornalista e escreve sobre moda e estilo de vida no Blog do Mílton Jung

Heródoto, quantas emoções

 

Herodoto e Roberto Carlos "Fake"Depois da revelação de sua performance como apresentador de festival universitário de música nos tempos da Jovem Guarda, não chega a ser surpresa a foto recebida pelo Blog do Mílton Jung.

O remetente que pediu para não ter seu nome divulgado garante que o da direita é o jornalista Heródoto Barbeiro, da rádio CBN. Mas na camisa, o dial em destaque é o da rádio Caramelo, emissora comunitária que foi ao ar neste fim de semana, na Grande Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes-SP. Porém, como o mesmo tentou me convencer de que Heródoto está abraçado e sorridente ao lado do Rei Roberto Carlos, que também teria visitado a cidade, quem sou eu para não acreditar ?

Conto com a perspicácia do ouvinte-internauta da CBN para responder a tantas dúvidas. Afinal, quem é quem nesta foto ? O homem do topete é o Heródoto Barbeiro que conhecemos ou apenas um clone ? E o rapaz de cabelos grisalhos caídos sobre os ombros seria mesmo Roberto Carlos ?

Ouça aqui mais um sucesso exclusivo do Selo CBN SP com destaque para a voz do mestre Heródoto Barbeiro (atualizado às 12:37)