Quem não lê, encolhe

 

Por Devanir Amâncio
ONG Educa SP

A Estrada de Itapecerica,altura do número 1.530, região do Campo Limpo , Zona Sul, tem um dos grafites mais provocativos da Cidade: O “Leia Mais ! Gente Muda” , que retrata uma figura humana  encolhida  – parecida com extraterrestre –  olhando um livro aberto.  Não é possível identificar o autor da obra de arte. Seu nome foi manchado pela pichação.

Foto-ouvinte: Mobílias em chamas

 

Móveis queimados
 
Por Devanir Amâncio
ONG EducaSP

Para o desespero dos profissionais da reciclagem e dos ambientalistas , o lobby do incinerador  trabalha a todo vapor  para limpar a cidade de São Paulo. Enquanto isso,há muito tempo,  a queima de  parte do lixo doméstico já é feita na Rua Modelar,no Capão Redondo, Zona sul. As chamas e a fumaça preta  que saem do “crematório”, no espigão da Cohab Adventista , podem ser vistas  da Subprefeitura de Campo Limpo.
 
                                                                                       Devanir Amâncio

Tiririca serve até pra tapa-buraco

 

Buraco na Zamora

Foi o aposentado Antonio Queiroz quem teve a ideia: vamos chamar o Tiririca pra tapar o buraco. Sem perder tempo, escreveu a carta para o deputado eleito pelo sei-lá-que-partido e passou o papel entre os vizinhos do Parque Independência, na zona sul. Em um dia, foram mais de 220 assinaturas, contou Devanir Amâncio, da ONG Educa SP, e colaborador deste blog.

O apoio à iniciativa dá a dimensão do problema que os moradores da rua Zamora enfrentam há seis meses. Ninguém na prefeitura deu ouvidos às reclamações até agora. Quem sabe com a intervenção do “querido deputado federal Tiririca” – conforme escrito no abaixo-assinado – o prefeito Gilberto Kassab mande tapar o buraco que atrapalha a vida da turma. Antonio, que mora em frente ao buraco, acredita que Tiririca tem mais força que Beto Tatu, para atender aos apelos do povo. “Para a Prefeitura estamos cansados de pedir”, lamenta o aposentado.

CBN SP estará no Parque do Povo, nesta terça-feira

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Distante, sim. Nunca afastado. Por isso, sei que nesta terça-feira, a Cátia Toffoletto mostrará aos ouvintes do CBN São Paulo a estrutura à disposição no Parque do Povo, área verde bem ao lado da Ponte Cidade Jardim e Marginal Pinheiros, na zona sul da capital. Este será o terceiro local visitado por ela na séria “Parques de São Paulo” que se iniciou semana passada.

Resultado de intensa luta do paulistano, o parque foi reintegrado à cidade em 2008, pois durante décadas esteve ocupado de forma ilegal por grupos particulares que exploravam a área. Ironicamente, sua recuperação ocorreu graças a iniciativa privada que para explorar a construção de prédio nas redondezas foi obrigada a investir na construção do Parque do Povo.

No quadro de imagens acima, além de fotografias feitas pela Cátia Toffoletto você verá imagens enviadas por ouvintes-internautas dos parques da Água Branca, da Luz e do Povo. A escolha do local visitado pela reportagem da CBN também tem a participação do público que envia suas sugestões para nós por e-mail ou as deixa registrada no blog.

Como estou de férias, sugiro que o seu material com nome do parque, histórias ou personagens interessantes seja enviado para fabíola.cidral@cbn.com.br.

Foto-ouvinte: Escuridão no Jardim Ângela

 

Sem luz

Se você não é capaz de enxergar muita coisa nesta foto, não se preocupe. Esta é, também, a visão dos moradores da rua Aurélio Neves, Sapopemba, zona leste de São Paulo. De acordo com Carlinhos Cobra, os moradores continuarão “cegos” enquanto a prefeitura estiver “surda” às reclamações. Há um mês, as luzes dos postes se apagaram e os pedidos se iniciaram. Até agora nenhuma previdência foi tomada.

O problema que o Carlinhos conta não é um privilégio dele. O maior número de reclamações feitas à Ouvidoria de São Paulo se refere a iluminação pública. No terceiro trimestre deste ano foram registradas 549 queixas de pessoas que haviam solicitado o serviço da Ilume, mas não foram devidamente atendidas.

Para fazer reclamações à Ouvidoria:

* Pelo telefone 0800-175717 das 9h às 17h.

* Pessoalmente, das 9h às 17h, na Avenida São João, 473, 16º andar, Centro.

* Por fax: 3334-7132.

* Correios: Avenida São João, 473 – 16º andar – Centro – São Paulo – SP – CEP 01035-000

Subprefeito reconhece falhas na Ilha do Bororé

 

A casa na Ilha do Borore

A esperança é pouca para quem mora na Ilha do Bororé e arredores. É o que constato após ouvir o subprefeito da Capela do Socorro Valdir Ferreira falar das carências não apenas do local, mas de todo o bairro do Grajau, extremo sul de São Paulo. Sem verba e sem poder, tem pouco o que fazer – foi o que deixou claro na entrevista ao CBN SP. Se o assunto for creche municipal, iluminação pública, construção de vias para acesso entre outras melhorias necessárias, os moradores terão de esperar uma decisão da prefeitura.

Ouça a entrevista com o subprefeito de capela do Socorro, Valdir Ferreira.

Sobre a varrição, Valdir Ferreira disse que só é feita em vias com calçamento. E no Bororé existe apenas uma. O restante da Ilha tem serviço de limpeza mas sem a frequência que a região exige, principalmente por ser uma área de preservação.

Nem mesmo o número de moradores é conhecido pelos administradores. O subprefeito diz que devem ser 7 mil pessoas por lá, mas confessa ser difícil acompanhar o crescimento por ser área de grande adensamento. Tem muitos locais ocupados irregularmente e, segundo Ferreira, isto atrapalha as negociações para construção de creche, escola e equipamentos públicos.

Não concorda que os moradores do Bororé estejam abandonados. O Grajau, está. Não por esta administração, tenta nos convencer. Foram anos sem investimento, comenta.

E a creche ?
Ainda depende da secretaria de educação – diz o sub

E o calçamento da estrada que dá acesso à Ilha ?
Ainda depende da Secretaria do Verde – diz o sub

E as pessoas ?
Estamos conversando – diz o sub

E a Bororé?
Vai continuar esperando – digo eu.

“Preciso que alguém ajude” diz moradora da Bororé

 

Ilha do Bororé

Na Ilha do Bororé desde 1994 e em São Paulo desde 1970, Dona Zinha tem uma batalha neste momento: terminar a creche para as cerca de 300 crianças que vivem no afastado bairro da zona sul da capital. Para chegar lá é preciso pegar a balsa na região do Grajaú e isso pode levar até cinco horas nos fins de semana quando aumenta o número de pessoas que vão aproveitar a represa de Guarapiranga e os sítios que têm na região.

Para quem está lá todos os dias, como Antônia Batista Santos, nome de batismo, há pouco para ser apreciado. Não dá tempo. É preciso cuidar do prédio da associação comunitária, pedir dinheiro para ampliar o salão da creche, se preocupar com a sujeira que fica após a passagem de turistas e os problemas na única escola – estadual – que tem na região.

Ouça a entrevista de Zinha, ao CBN SP

Nessa segunda-feira, alertamos para os problemas da Ilha do Bororé, no CBN SP, e no Blog, inclusive com uma sessão de fotografias (veja aqui). Desde lá esperamos uma resposta da prefeitura de São Paulo, ou da subprefeitura de Capela do Socorro, ou de qualquer autoridade pública interessada em atender às reclamações da comunidade.

Em três dias de buscas, ficaram claros os motivos que levam à carência na Ilha do Bororé. Nenhuma resposta até agora, nenhuma intenção em dar entrevista sobre o tema, nenhum respeito aos cerca de 3 mil moradores da Ilha. Uma vergonha para a maior cidade do País.

Com mortes, São Paulo vive prévia das chuvas de verão

 

Corrego Zavuvus, Americanopolis

Fatalidade. Assim o subprefeito de Cidade Ademar José Rubens Domingues Fo. descreveu a morte de um casal que estava no carro arrastado pelas águas do córrego Zavuvus, na noite de segunda-feira.

Descaso da prefeitura. É o que dizem integrantes do Fórum Social da Cidade Ademar e Pedreira cansados de esperar uma atitude do poder público na região onde milhares de pessoas vivem em situação de risco.

Desrespeito. É o que se enxerga nas imagens feitas pela repórter Cátia Toffoletto e nas entrevistas em que os moradores dizem estar esperando há seis meses pela conclusão do processo de remoção prometido pela prefeitura.


Ouça a reportagem da Cátia Toffoletto

Na entrevista ao CBN SP, o subprefeito Domingues disse que a retirada de 30 famílias ocorrerá em breve, medida que se soma a ações que estariam sendo realizadas, em caráter emergencial – conforme ressaltou -, para desassoreamento dos dois principais córregos que passam pelos distritos de Cidade Ademar e Pedreira.

Carro ficou alagado no Corrego Zavuvus, Americanopolis

O córredo Zavuvus, que engoliu mais dois corpos na noite de segunda, e o do Cordeiro representam risco permanente para a população, lembra Airton Goes, do Fórum, em mensagem enviada ao CBN São Paulo. E os problemas não se resumem a falta de saneamento:

Parte dos moradores da Pedreira – que fica na divisa com Diadema – tem que recorrer ao município vizinho para receber atendimento médico, o que é uma vergonha para a cidade mais rica do país. Isto porque faltam até equipamentos públicos de saúde. Há anos a população reivindica duas unidades de saúde: uma no Jardim Novo Pantanal e outra no Jardim Miriam.

A Cátia ouviu moradores que descreveram os problemas que se acentuam com a chegada das chuvas de verão. Não parecem confiar tanto assim nas medidas adotadas pela prefeitura.

De qualquer maneira, perguntei ao subprefeito qual a esperança de que a situação de perigo estaria contornada a partir de dezembro, no período de temporais:

Ouça a entrevista com Ademar José Rubens Domingues Fo.

Ficha Limpa faz propaganda na sujeira

 

Entulho no metrô Capão Redondo

Por Devanir Amâncio
ONG Educa São Paulo

A mini montanha de entulho, em frente ao Metrô Capão Redondo,na avenida Carlos Caldeira Filho com Estrada de Itapecerica, Zona Sul, tem até um fusca. O entulho ainda tem um morrinho de chão batido – cercado pelo conformismo – que é usado por crianças em suas brincadeiras com pipas em dias de sol e vento. Agora eleva o nome de um candidato que, no cavalete, se apresenta como Ficha Limpa. O local goza de grande visibilidade. O importante é aparecer!

Foto-ouvinte: Foi-se o sofá, sobrou o lixo

 

Entulho no Capão

Recebi o seguinte recado, via Devanir Amâncio, do seu Antônio Ventura, que abrilhantou o blog ao discursar contra o despejo de entulho em uma das esquinas da Cohab Adventista, no Capão Redondo, zona sul:

Sabe aquele sofá que eu subi em cima pra falar umas verdades, a Prefeitura levou embora ,assim que falou na rádio. Levou só o sofá, o entulho ainda  tá lá … falei sobre isso até  com o pessoal de um vereador que  pinta  lâmpadas em muro, mas não adiantou nada.