Airton Ferreira da Silva, o Pavilhão, zagueiro como poucos que tiveram na história do futebol brasileiro, chegou acompanhado por amigos e apoiado em uma bengala. Tive o atrevimento de apertar-lhe a mão e dirigir-lhe um sincero muito prazer. O rosto está envelhecido, sinal de uma doença que não perdoa nem os merecedores da imortalidade.
Iúra, que um dia chorou emocionado ao me ver, menino, entristecido por uma derrota qualquer, também estava lá. Muito mais gordo do que na época em que era conhecido como o Passarinho, mas com o mesmo sorriso. Tarciso também sorria e foi saudado pela torcida assim que perceberam a presença dele. Apesar da idade, ainda conserva muito do Flecha Negra que conquistou o título mundial de 1983.
China, que na função de capitão ergueu o troféu de um dos muitos títulos que comemorei, está bem mais largo do que na época em que dominava o meio campo gremista. Anchieta, o capitão dos Andes, elegante como seu futebol, desce as escadas de cabelos grisalhos. Mazaropi passa correndo, o jogo estava para começar, incentivando aqueles que o aplaudiam.
O desfile de ídolos na noite desta quarta-feira no Olímpico Monumental foi intenso, assim como meu orgulho de ver que parte da história deste clube reverenciava a presença de meu parceiro de torcida. Após muitos anos, nós dois não conseguimos lembrar quando foi a última vez, voltei ao estádio ao lado de meu pai, aquele que me levou para comemorar o primeiro título de campeão, em 1977.
E não eram apenas meus ídolos que faziam questão de estender a mão para ele. Antes mesmo de cruzarmos o Pórtico dos Campeões, torcedores gritavam seu nome e acenavam. Já nas cadeiras cativas, a saudação acompanhada do grito de gol que marcou sua carreira (gol-gol-gol) sinalizava a lembrança ainda viva na memória daquela legião de gremistas.
Os místicos lamentavam a ausência dele no microfone da radio Guaíba: – Você era pé-quente ! O compositor gaudério o homenageou com um apelido que nos fez rir: – Este é o Frank Sinatra do rádio gaúcho. Havia os que se cutucavam e comentavam em voz baixa como se não quisessem incomodar. Mesmo destes não consegui esconder minha satisfação pela homenagem.
Há 30 anos, quando deixei a casa onde morava em direção ao estádio, de mãos dadas com ele, caminhávamos em busca de um título jamais comemorado por mim; nessa noite de quarta, fiz o caminho inverso, saí do estádio para a casa, com o braço sobre os ombros do meu pai na certeza de que, tendo acontecido o que tinha de acontecer dentro de campo, aquele era meu maior troféu.
Obrigado, Boca
É um privilégio decidir um título de Libertadores com um time que tem a história do Boca Juniors.
Em memória
A imortalidade não se perde em uma final de campeonato; se conquista com uma história de vida.
E para sair de férias
Muito obrigado aos amigos, leitores, ouvintes e internautas que me escrevem desde o fim da partida. Fico feliz de saber que enquanto assistiam ao jogo de alguma maneira lembraram deste jornalista. É muito mais do que eu poderia merecer.
Mílton Jung 
muito, mas muito mais que um troféu mesmo Milton…que todos entendessem que o futebol resgata momentos como estes…parabéns….pelo vice também :))
É muito difícil encontrar um bom amigo mesmo que seja nas frequencias do radio, mais difícil ainda deixá-lo e impossível esquecê-lo.
Boas Ferias Milton !!!
Milton. Não fique triste. Infelizmente na nossa vida perdemos algumas, mas também ganhamos outras.
Milton, bom dia!
Você é ótimo quando escreve, fico emocionada com suas palavras, não fique triste pela derrota, na realidade não foi uma derrota e sim uma grande conquista para historia do Grêmio, pense que ainda tem muitos outros campeonatos pela frente e você com certeza estará lá para comemorar, o futebol é uma das poucas alegrias que nos temos como noticia quando acordamos. Boas férias.
Um forte abraço,
Vanessa Regina
Milton Muito Bom dia ,
Gozação a parte é incrivel mais vc se tornou pra mim o GREMISTA que eu me lembro toda vez que o gremio entra em campo.vc sabe que tirar uma casquinha é inevitavel ainda mais eu sendo SPFC.Daqui a 12 anos vcs voltam meus parabens pelo vice campeonato.rsrsrsrs
Mílton,
Lugar de “Imortal” é na Academia Brasileira de Letras…
Boas férias! Abraço.
Milton,
Parabéns pelo texto maravilhoso. Mostra porque tem tantos fãs, inclusive eu. Já sinto saudades de sua companhia matutina e desejo de coração que tenha ótimas férias.
Futebol é isso e muito mais. Mas muito menos também. Mais emoção e menos violência. Mais alegria e menos raiva. Mais Milton Jung e Menos Organizadas…..
Mas, desculpe… é gozação também….então,
CHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA GRÊMIOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO………………..
Te amamos….
Roberto
BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!!
BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!!
BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!!
BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!!
BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!! BOCA!!!
HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!!
HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!!
HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!!
HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!! HEXA!!!
Imortal morreu! kkkkkk
Já vai tarde! E como você gosta tanto da Martaxa, aproveita pra viajar de avião com ela, relaxar e gozar!
Fala Mílton! (e com acento)
Sou louco por esse Riquelme, coisa rica mesmo, além de meter dois chocolates no Grêmio ainda tem um representante on-line garantindo o bom fluxo de comentário no Blog! Mas deixando o Riquelme com a sua ÚLCERA PÉPTICA de lado, valeu a pena até mesmo a derrota, porque afinal quem com um troféu destes se preocupa tanto com o Tricolor! Sobrou fé faltou bola , disse o jornal, e pro amigo aí de baixo falta sossego no coração! Vai Milton, vai com a Marta sem a Marta, vai tarde porque descanço sempre vem bem, e faz o que o Riquelme disse (e olha que ele não faz isso sempre!) Relaxa e goza! Beijo no Coração!
Pra ter idéia de como o cara é ruim, até seus ouvintes preferem comentar os comentários, ao invés de comentar seus posts!
BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!!BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!!
BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!! BOCAAAAA!!!!!!!
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Olá Milton.
Eu entrei no blog curiosa para saber o que estariam comentando, sobre o dia de ontem, eu como muitos outros que não são gremistas, mas torcendo pelo grêmio por influencia da sua torcida, e quando não deu, lamentei. Mas vão ter outras oportunidades. Quanto ao seu texto, emocionante,
muito gostoso de ler, até reconforta.
Até a volta, boas férias.
Quanto ao seu texto, concordo com o que já comentáram
Milton, amei seu post de hoje… Mesmo tendo torcido para o Boca (amo os portenhos), fiquei muito emocionada com as suas palavras.
Seu troféu é muito mais valioso do que qualquer taça que o Grêmio possa conquistar!
Eu e minha mãe estamos sentindo sua falta, volte logo das férias 🙂
Abração, sucesso!
Bom dia meu querido Pimpãp El reportero, afinal não deu, como não daria para nenhum time brasileiro enfrentar o Boca guri, o tal tricolor paulista só chegou porque o Boca não participava , a festa foi linda e o Gremio fez o que pode e parabens a você por essa visão do futebol, lendo a sua cronica lembrei da época que ia aos estadios ver meu curingão, abraços e ótimas férias
Futebol Brasileiro? bahhhhhhh.
Parabéns pela forma e pelo conteúdo de seu comentário. EXCEPCIONAL !
Quanto ao jogo, nada a declarar, pois futebol é isso aí, vitórias e derrotas.
Em relação aos comentários dos leitores, nada de novidade, apenas paixão,fanatismo e uma ou outra razão.O que aliás são ingredientes do futebol, este esporte que tanto gostamos.
Grande abraço
Milton
O comentário acima , que fala sobre forma e conteúdo,saiu sem identificação. Como acho fundamental a assinatura e não aprecio o anonimato, venho trazer a minha assinatura.
Grande abraço
Carlos Magno
voce não deveria tirar ferias, mas como gosto muito de voce boas ferias e não fique triste com o seu gremio, lutou até o fim.
abraço
Pois é, o Riquelme não gosta de você, mas veja bem, tudo tem o seu valor, mesmo sem gostar ele te escuta e não só isso lê o que você escreve e também lê o que os outros escrevem sobre você! Interessante esse negócio da raiva contida de alguém que não se conhece, porque mesmo com um número enorme de locutores e de emissoras de rádio e de programas espetaculares, o cara para justamente pra te escutar. É tudo que o IBOPE precisa, não gostem de mim, mas escutem! Afinal a unanimidade é realmente burra, já dizia o cara aquele!
Agora sim que úlcera péptica arrebenta!