A saudade do reencontro

Por Abigail Costa

Saudade. Uma palavra deliciosamente dolorosa.
Sem masoquismo, mas esse sentimento é do bem.

Falta se sente de gente boa, que é ou  foi amada.
Lembranças, de lugares marcantes.
Ausência, do que se foi, do que se perdeu, mas que valeu a pena. De situações engraçadas.
Viagens, trabalhos, horários. Estilos  diferentes de vida,  e  uma sintonia que quebra distâncias.

Já dizia a melodia: Pode o tempo passar, tudo acontecer….
E acontece, passa. O que não pode  passar  é  a saudade de  pessoas importantes pra nós.
E como certas pessoas fazem falta.

Passam dias e meses e a necessidade de um reencontro pode ser sentida. Esta se faz presente.

Reencontro. Hora de conversas sinceras, de dar gargalhada. De falar, falar:
– Desculpe, quase não te deixei falar, estava com saudade.

Isso é um elogio. Uma declaração de amizade.
Um selo de garantia no reencontro.

A quem tem o privilégio de poucas, mas boas amizades, aproveite os reencontros.
Antes tarde…

Abigail Costa é jornalista e se reencontra com a gente todo quinta-feira aqui no blog.

5 comentários sobre “A saudade do reencontro

  1. ai…. suas palavras de hoje só fizeram aumentar a saudade (e que saudade) que sinto da minha família e das minhas “raízes”…
    de vez em quando dói tanto que sinto até o cheiro das flores do jardim da minha avó.
    essa palavra faz sofrer; mas faz sentir vivo!
    beijo

  2. Big,

    “pra fazer um samba com beleza, é preciso um bocado de tristeza”….
    Mas o sofrimento pela sua ausência nem se compara ao prazer de poder te reencontrar.

  3. Muito bom quando reencontramos um amigo, que não viamos a muito tempo.
    Relembramos o passado distante, rimos, choramos, nos abraçamos.
    Tenho saudades da minha famiia, dos meus tempos de criança, das minhas idas de bicicleta a o Aeroporto de Congonhas aos domingos a tarde apreciar as clássicas aeronaves, com seus potentes motores turbochargers, roncando, os Constelattions, os DC3, DC6, Convair, Viscount, Scandia, e outros, pousar e decolar.
    Das matas que foram dizimadas no bairro que nasci e cresci, de jogar bola nos terrenos, de empinar papagaios, as pipas, quadrados, das festas juninas nas ruas com suas fogueiras, fogos, dos carnavais de rua, das guerras das bisnagas de água na rua, do sangue de diabo, dos bailes de formatura, e tanta coisa que se foi, mas foi muito bom!
    saudades de poder ficar brincando na rua sem asfalto até as oito horas da noite , iluminadas com lâmpadas incandecentes, sem nenhum perigo, os nossos pais e vizinhos sentados em suas cadeiras na porta de casa nas noites de calor, sem medo de se ser assaltado, sequestrado.
    Saudades do grupo escolar e dos mestres rigorosamente respeitados.
    Da São Paulo da garoa,
    abraços

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