Por Carlos Magno Gibrail
Do tiroteio entre o pai de Fernando Collor e Góes Monteiro, que a má pontaria de Arnon de Melo resultou na morte do suplente de Senador José Kairala diante de mulher e filhos que assistiam à sua estréia no Senado, ao pronunciamento de Cristovam Buarque, pedindo o fechamento do Congresso Nacional, nada a acrescentar a respeito de ética, civilidade e moral.
De quatro de dezembro de 1963 até ontem, apenas constatar, que udenista e pessedista foram absolvidos e que Buarque não pode estar falando sério.
Às vésperas de completar 183 anos não é o fechamento do Senado e da Câmara que irá resolver os problemas, pois representar o povo, legislar e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos é função essencial ao Estado democrático.
Exemplo vivo da primeira Lei de Parkinson sobre o aumento dos cargos e funções, a Câmara ainda apresenta um órgão como o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que é a disfunção da própria função.
Tudo indica, entretanto que a exposição que a mídia contemporânea passa a exibir tenderá a inibir os desmandos financeiros e administrativos.
Os dados são provocativos, para 513 deputados, 104 diretores, 3470 servidores concursados, 1350 comissionados, 11500 secretários parlamentares, 2300 terceirizados, totalizando quase 20000 funcionários, mais os aposentados, consomem R$2,6 bilhões dos R$3,5 bilhões da Câmara para 2009.
Temos então 32 funcionários para cada deputado, enquanto nos EUA são 15, no México 6 e na Índia 6.
Comparando o custo mensal com a renda per capita:
Brasil US$49800, 126 vezes a renda per capita – EUA US$30000, 8 vezes – Inglaterra US$26600, 8 vezes – Alemanha US$15200, 5 vezes – França US$9800, 3 vezes.
Entretanto se Buarque, educador experimentado se atentasse para a fala da classe teria percebido que a solução já foi sugerida.
“Cheguei aqui como um alienígena, um estranho, mas não vou deixar passar em branco meu mandato de jeito algum. Estou vivendo do dinheiro do povo, a serviço do povo, e para ele vou trabalhar loucamente. Aos 70 anos resolvi que agora é hora de limpar minha alma para mandá-la de volta a Deus polida, pelo menos com atitudes.” Clodovil Hernandes.
Brigou com o Presidente Chinaglia logo no primeiro pronunciamento, no dia seis de fevereiro de 2007. Clodovil reclamava da falta de educação, do barulho, das longas e improdutivas sessões, do andar arrastado da vida pública. Um estilista, só, não faz verão, mas talvez possa ter alinhavado para o futuro.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 280/08, apresentada em julho do ano passado, não saiu do lugar. Clodovil quis, explicitamente, uma Câmara dos Deputados mais enxuta, com apenas 250 representantes, com um mínimo de quatro e o máximo de 35 vagas por Estado. “A composição da Câmara dos Deputados resulta em um Parlamento com diversidade de idéias, bastante plural, o que é imensamente positivo. Mas o atual número de deputados me parece excessivo, mormente em um momento em que a sociedade se volta contra a classe política e exige a depuração de seus quadros”, disse em sua justificativa.
Nem da Universidade, nem da Política nem das Grandes Corporações, mas do mundo da Moda a observação mais aguda relativa ao Plenário da Câmara, onde 513 deputados se desrespeitam em todos os sentidos. Não ouvem, circulam, não sentam, dormem. Leem jornal, telefonam, conversam, algumas vezes dançam, tentam se esmurrar, etc.
Eu acredito que a maioria dos brasileiros não daria nem assistiria aula numa classe em que ninguém prestasse atenção em quem fala. Não trabalharia numa empresa em que ocorresse o mesmo.
E você?
Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e às quartas escreve aqui no blog sempre atento a tudo o que dizem e deixam de fazer lá no Congresso.
Mílton Jung 
Que saudades dos áureos tempos de Teotônio Vilella, Nelson Carneiro, Ulisses Guimarães!
Que saudades do tempo em que se dizia “Nobre Deputado, Nobre Senador”!
Hoje a maioria dos Parlamentares brasileiros chafurdam na lama podre da possilga em que eles próprios transformaram, a outrora respeitadíssima casa do povo.
Dói na alma de qualquer brasileiro, despeijar uma montanha de dinheiro para manter esta casta abjeta que não dão a mínima pro país e são um péssimo exemplo para a sociedade.
Eles são a vergonha da nossa querida pátria!
É claro que ainda existem raríssimas e honrosas exeções. Porém, essa nobre e minguada parcela acabam se nivelando por baixo, ao se tornar omissa e consequentemente conivente com o dantesco quadro atual.
A minha vontade é de ir hoje mesmo a Brssília e numa ação, mesmo que quixotesca,dizer a eles; Ou vocês trabalham e se comportam dignamente para fazer jus ao que ganham ou eu serei forçado a expossá-los da minha casa!!!
Temos que resgatar a nossa dignidade para fazer valer a nossa cidadania e o primeiro passo para isso, é nos mobilizarmos para exigir uma reformulação nas leis constituintes e a atualização do nosso combalido Código Penal. Afinal, cuidar do Brasil é tarefa, dever e obrigação de todos os brasileiros.
Zezé Dias
http://www.aguasevidas.blogspot.com
E-mail: aguasevidas@gmail.com
Apesar das raríssimas excessões, por causa da corrupção que aumenta vertiginosamente, juntamente com os demais escândalos e desmandos na politica brasileira, sinceramente a cada dia está ficando muito difícil confiar em políticos em geral.
Uma laranja podre contamina o resto.
O senado e a câmara parecem um mercado de peixe!
Um falando na tribuna ew o resto nem aí, falando no celular, conversando sei lá o que com “os coleguinhas” ao lado e por ai vai.
Fala sério!
Precisamos dar um basta urgente nessa situação.
O POVO tem que mudar isso pois não somos representados na grande maioria.
Parlamentares analfabetos, preguiçosos e parasitas atuando em benefício próprio ou de grupos privados. Esses mancham a imagem de um poder que cria as LEIS desse país. Aqueles que tem ideologia e servem ao cidadão são uma minoria.
Vamos fechar para balanço.
Carlos, O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO! Vc lembra disso? UNIDOS conseguimos derrubar uma ditadura, conseguimos eleições diretas e até derrubar um presidente. Depois disso, o povo se desuniu e ficou a mercê da UNIÃO de políticos e empresários unidos para um bem comum: O DELES.
Discussões intelectuais sobre este assunto, como disse um internauta neste Blog, são importantes, mas, é chover no molhado. Precisamos de líderes que popularizem mais uma vez o patriotismo e, quem sabe assim, UNIDOS o povo vença .
Milton e os colaboradores deste Blog, estão fazendo sua parte, destaco um tal Carlos Magno Gibrail. Torçamos para que, os muitos Miltons e Carlos Magnos que existem em nosso país, arregacem as mangas tb.
Abraços
Claudio fechar não. Já quanto a ser analfabeto, quer dizer que os escolarizados ou possuem ensino superior são mais honestos? acho que não é por aí
Joildo o fechar para balanço é no sentido de “parem as máquinas” (só isso).
Vamos ver onde estamos (POVO) errando com nossos representantes.
Como eu disse tudo junto, não me fiz entender.
Esclarecendo então.
Analfabetos, preguiçosos e parasitas eu criticava a postura pessoal nas idéias (criação e produção) e no posicionamento parlamentar (grite o mais alto que puder, para defender suas ideologias).
Eu critico o analfabeto de ação. Aquele político que se elege em nome de milhares de pessoas e quando chegam no parlamento viram “MOITA”, se escondem e pronto.
E eu não disse e nem associei nível superior ou alfabetização à honestidade.
Você que está me indagando se eu acho isso.
Claro que não! Eu fico frustrado ( não posso escrever o que gostaria), quando eu vejo um parlamentar ser eleito em nome de milhares de pessoas e a gente sabe que ele está ali vendo a bioada passar.
E quando um parlamentar trabalhador, produtivo e inteligente (na minha opinião), como o Senador Cristóvam Buarque diz o que pensa de verdade do parlamento.
No outro dia, por razões óbvias, tem que ficar desmentindo tudo.
Eu seria expulso por “falta de decoro” mas subiria na mesa e gritaria “EU PENSO COMO ELE”. O POVO está de saco cheio dessa casa improdutiva.
Para variar eu acabei me alongando. Abraços amigo.
O Parlamento brasileiro virou uma casa de gangues… da pior espécie. Fingem que se reunem e fingem que votam leis para melhorar o País, enquanto na verdade, estão lá para auferirem ganhos pessoais, favores, dinheiro e poder. Infelizmente não vejo muito saída, pois mudanças têm que ser votadas pelos próprios (o maior exemplo de raposa cuidando do galinheiro).
Carlos, escrevi um comentariozão, mas a máquina (!?) engoliu ele. Recortei, colei, palpitei… e nada.
Como não desisto fácil – tenho sol em capricórnio -, lá vai mais um.
Reli com atenção os comentários anteriores e…
“Parlamentares analfabetos, preguiçosos e parasitas atuando em benefício próprio ou de grupos privados. Esses mancham a imagem de um poder que cria as LEIS desse país. Aqueles que tem ideologia e servem ao cidadão são uma minoria.”
não entendo por que o Claudio Vieira precisou se explicar. Está claro. Temos sim, parlamentares semi-analfabetos que não seriam incorporados a nenhuma empresa séria. Temos os preguiçosos, os parasitas, os dissimulados, os bons, os esforçados, e temos doutores também. Qualquer um desses pode e tem atuado em benefício próprio e ponto final.
Parece que neste país passou a ser politicamente incorreto dizer “analfabeto”, “inculto”, e outros quetais. Falta de dignidade e de caráter não é previlégio de ninguém.
Você leu que os digníssimos gastam mais de 6 mil por mês de conta de celular?
A filha do Tião Viana (PT-AC) foi de férias para o México, levou o celular do papai e gastou 14 mil. Filha de parlamentar vale por dois.
Antes que eu me esqueça. Que tal deixarmos as siglas pra lá e focarmos no caráter e nas ações de cada um?
Parabéns pela abordagem,
ml
A “não proposta” de Christovam Buarque, apesar de ser apenas uma provocação do senador, para mim não é absurda. Certamente o Brasil precisa de um senado. Mas não tem. Esta casa que consome bilhões por ano não me representa de forma alguma, nem a alguém que eu conheça. Os senadores, assim como deputados e demais parlamentares, estão lá apenas para votar propostas de aumento de salário e mordomias, arrancando deliberadamente mais e mais dinheiro nosso para não fazer coisa alguma de útil (e nós consentimos). Então, esta casa pode ser fechada sem prejuízos à sociedade. Aliás, muito pelo contrário! Com o 10% do que economizaríamos, poderíamos abrir um Senado. Agora com maiúsculas!
Nota: os brasileiros dão e assistem aulas em salas nas quais ninguém presta atenção, muito menos permite que os outros prestem. Não é opção, é a situação do ensino mesmo: a escola não tem o que oferecer ao estudante e nem como cobrar algo dele.
Abraços,
Grilo D
Zezé Dias, acredito que precisamos fazer uma análise mais apurada do voto que damos.
É bem verdade que votamos em determinada pessoa e ela muda.
Veja o caso da Soninha em SP Cap.
Mudou o posicionamento.
O remédio hoje é apostar nas denúncias e apertar na comunicação como agora estamos ambos fazendo.
Abraço
Carlos Magno
Armando Italo, em primeiro lugar quero te cumprimentar pela persistência em atuar com os comentários, contribuindo para a dinâmica dos temas.
Hoje o Milton falou na foto da janela do seu apartamento.
Lamentável.
Carlos Magno
Claudio Vieira, tenho a impressão que o melhor é agirmos energicamente com palavras e votos.
Fechar seria amputar o membro ferido. Não lhe parece mais indicado tratá-lo?
Abraço
Carlos Magno
Beto , pode se incluir neste grupo que está usando a palavra para reagir.
Não tenho dúvida que o sexto poder, a imprensa, é o grande canal de acompanhamento , análise e denúncia.
Vamos agir com a arma mais contemporânea, que é a interatividade da internet e usando também todos os demais canais de divulgação.
Vamos escancarar o que está no Senado, Câmara,Assembléia Legislativa e Câmara Municipal de todo o Brasil.
Vamos provocar a discussão da mudança das regras de representação, bem como a diminuição do número de participantes e representantes do povo brasileiro.
Abraço
Carlos Magno
Joildo Santos, é verdade , precisamos controlar e punir.
Acredito que para o crime pecuniário o melhor exemplo é a punição pecuniária.
Abraço
Carlos Magno
Claudio Vieira, as suas colocações também ficam bem como metáforas. É como as entendemos melhor.
Acredito que a questão é mais de cultura do que de erudição. Ou seja , um ser inteligente é o que precisamos, quer tenha erudição ou não.
O que não queremos é o inescrupuloso, sem ética.
É sempre bom lembrar que em tempos idos , o LULA disse horrores dos parlamentares de Brasilia e quase foi linchado , metafóricamente e realmente.
Abraço
Carlos Magno
André, a saida é trocar a equipe.
Particularmente acho que um grande problema é que o cargo público quando passa a ser tratado como carreira para toda a vida é ruim.
Sei que é uma tese dificil de aceitar, mas ao ser assim colocada . o politico começa a fazer como os executivos privados, que priorizam sempre a carreira individual.
De outro lado há problemas de ordem operacional e administrativa. Por exemplo, já imaginou você numa reunião com 513 pessoas. E com um grande detalhe, ninguém presta atenção em nada, todos fazem o que bem entende, etc?
Precisamos trocar a equipe, seus membros, e também o tamanho dela , assim como as normas éticas, operacionais e administrativas.
Não lhe parece?
Maria Lucia, muito bem vindo o seu comentário.
Quanto aos analfabetos, se tiverem inteligência até que não há mal nenhum.
Entretanto acho dificilum analfabeto poder fazer alguma coisa ,dada a complexidade da rotina parlamentar.
É uma atividade tão importante que passa a ser um risco introduzir não letrados em função tão especifica.
O Clodovil, inteligente, perspicaz,perceptivo e bem intencionado, não conseguiu aprovar projetos absolutamente geniais.
Decidiu contratar uma consultoria para poder enfrentar o time dominante e as tramitações rotineiras.
Infelizmente não pudemos provar da sua experiência.
Vamos á luta pela palavra.Ou não?
Grande abraço
Carlos Magno
Grilo D, aposto totalmente na renovação dentro do caminho que a lei permite.
É só votar diferente. Ou até votar em ninguém.
Quanto as salas de aula, não sei se você tem experiência como professor ou como aluno.
De qualquer forma, temos hoje todo o tipo de escolas.E também todo o tipo de professor.
A disciplina varia também não só pelo tipo de escola, mas também em função da região.
Por exemplo, cidades mais conservadoras mantem, mais disciplina do que as regiões mais descontraidas. Como por exemplo as cidades de praia.
Como professor de cursos de Pós Graduação testemunho que tanto Escola, Tipo de Curso e Região fazem diferença, tanto disciplinarmente quanto técnicamente.
Prefiro sempre o meio termo. É bastante desagradável por exemplo ver aluno saindo da sala para atender celular, ou pedir para ir embora sabendo que perderá matéria importante.
É preciso refletir sobre o baixo nivel de leitura da juventude.
É necessário valorizar mais o conhecimento do que a “vantagem”. O “Gerson” é abominável.
Abraço
Carlos Magno
Carlos Magno tratá-lo (Congresso) foi isso mesmo que eu quiz dizer no fundo no fundo e quando eu digo que penso como o Senador Cristóvam Buarque me senti como ele, pois ele disse, eu escrevi.
É perfeitamente possível um Congresso fechar para balanço sem extinguí-lo. O que o POVO quer é ação prática e menos retórica. Essa turma do bolinha que se reuni todo dia para trocar gentilezas e aprovar coisas em benefício próprio é que nos irrita como eleitores.
Na verdade somos acusados de votar errado e isso não é bem assim não. O que é votar errado? Onde diz isso no manual. Portanto nós sabemos muito bem porque o Clodovil não conseguiu e nunca ninguém irá coseguir mudar essa representação distorcida do POVO, sozinho é claro.
Isso só vai mudar quando povo e imprensa exigirmos ao mesmo tempo com pressão e prática nossas aspirações em relação a essa representatividade parlamentar que hoje é do “vento”.
Tem parlamentar inteligente, semi-analfabeto, produtivo, preguiçoso, competente, imcompetente etc… Tem de tudo naquela casa, essa não é a discussão que deve ser feita. Pouco me importa se são assim ou assado. Apenas vejo que não trabalham para o POVO. O poder executivo para governar distorce o debate das idéias e vende a alma para se manter no poder. Quem perde é o POVO, o país.
Deixando bem claro que isso não é previlégio deste presidente e o sistema democrático precisa ser reparado para antes de ontem.
Essa é a minha opinião e tão somente, abraços.
Claudio Vieira, a sua manifestação é um dos caminhos para que através da pressão se inicie um processo de mudança.
De minha parte acredito mais no uso do proprio ferramental que possibilitou a entrada de pessoas erradas no Congresso. É pelo voto que podemos renovar .O processo será demorado, pois como disse o André fazer com que estes congressistas mudem regras que não iráo manter os beneficios é algo dificil.
Será necessária muita transparência, que podemos consegui-la pefa força da imprensa.
Claro, a imprensa não comprometida.
Vamos a luta. Ou não?
Abraço
Carlos Magno
É isso aí Carlos Magno. Que bom seria se toda a população resolve-se pressionar em conjunto pelas mudanças. Abraços.
oi milton jung! bom dia eu escuto todos os dias a cbn eu acho sua voz linda e vc tambem !com carinho do ouvinte !valquiria-ermelino matarazzo-sp